quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Netflix e crise afundam TVs por assinatura

Por Altamiro Borges

Na semana passada, uma notícia deve ter apavorado as emissoras de tevê por assinatura, em especial o Grupo Globo – que domina o grosso deste mercado. A Netflix, que exibe séries e filmes pela internet, anunciou um crescimento recorde no último trimestre de 2016. A empresa ianque adicionou 7,05 milhões de novos assinantes, a maior parte (5,1 milhões) fora dos EUA. Agora, do total de 93,8 milhões de membros, 47% estão espalhados pelo mundo. Um dos locais de maior expansão do serviço foi exatamente o Brasil – que virou um laboratório da estratégia bem sucedida de crescimento da Netflix no mundo.

Ódio à Marisa Letícia: caso antropofágico

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, sofreu um acidente vascular cerebral e está internada, em estado grave e em coma induzido, em São Paulo.

Bastou isso para que as áreas de comentários dessa notícia em veículos de comunicação fossem invadidas por enxames de semoventes destilando ódio e desejando dor a ela e, principalmente, a ele através do sofrimento dela.

De igual virulência, porém em menor quantidade, o mesmo show de horrores aconteceu quando Thomaz, filho do governador Geraldo Alckmin, morreu em um acidente de helicóptero em abril de 2015. Naquela época, muitos foram os idiotas que chamaram isso de ''justiça divina''.

O xadrez da substituição de Teori

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o neo-garantismo do Supremo

Durante toda a AP 470 e a Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal abdicou de sua função de última trincheira contra o arbítrio e de defensor da Constituição – até o limite do endosso a um golpe parlamentar.

Quando os abusos da Lava Jato excederam, ensaiou-se um grupo garantista dentro do Supremo, preparado para atuar quando o caso chegasse lá. Era composto de Ricardo Lewandowski, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Teori Zavascki.

Morte de Teori: Faça parecer um acidente!

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

Uma simples pesquisa no Google revela quantas vezes a frase “faça parecer um acidente” foi usada na literatura ou por cineastas para se referir aos criminosos nas mais diversas situações em que se tentou encobrir um “crime perfeito”. É absolutamente natural que o país esteja acompanhando com perplexidade os desdobramentos das investigações sobre a morte de Teori Zavaski, ministro do STF e relator da Lava Jato. Afinal de contas, enquanto as probabilidades matemáticas quase impossíveis tornam difícil acreditar que tenha ocorrido um acidente, a conspiração para eliminar uma figura tão importante no cenário político do país torna-se quase unanimidade.

Dilma denuncia ao mundo o golpe no Brasil

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A presidenta deposta, Dilma Rousseff (PT), iniciou neste mês uma série de viagens ao exterior para denunciar o golpe que levou Michel Temer e sua turma ao poder. A viagem, que vai até o dia 5 de fevereiro, começou pela Espanha, na terça-feira (24), quando Dilma esteve em Sevilha, no seminário organizado pelas universidades da Espanha e Portugal. De acordo com a programação, Dilma abriu o evento com a palestra inaugural "O ataque à democracia no Brasil e na América Latina".

A quem serve o desemprego da Era Temer?

Por Henrique Domingues, no site da UJS:

A grave recessão econômica somada à inversão do projeto político causada pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff coloca o povo brasileiro diante de velhos fantasmas do passado. Parece que, do dia para a noite, voltamos duas décadas no tempo e manchetes dos anos 90 começaram a dar a tonalidade das notícias da grande mídia: privatizações, inflação, aumento da violência, da desigualdade, da intolerância, desprestígio internacional, desemprego.

Trump, Temer e o Itamaraty

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

Um dos principais instrumentos programáticos utilizados para legitimar a operação do golpeachment foi o documento “Ponte para o Futuro”, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, vinculada ao PMDB. O material foi divulgado em outubro de 2015, em operação coordenada pelo presidente da entidade e amigo pessoal de Temer, Wellington Moreira Franco.

Consumada a deposição inconstitucional e ilegítima de Dilma, o responsável pelo texto foi convidado para ocupar uma Secretaria toda especial no interior da Presidência da República. Ficou encarregado pelo programa de parcerias para investimentos com o setor privado, com o objetivo de levar adiante os processos de privatização e concessão de toda a parte da infraestrutura do País. Nunca é demais lembrar que pesa contra ele um conjunto de denúncias e processos de corrupção contra o político carioca, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato.

O que aprender com a crise sindical nos EUA

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Há muitas estórias sobre o sindicalismo norte-americano. Algumas foram até popularizadas em filmes que mostram traços de gangsterismo, penetração da máfia etc. Mesmo os que conhecem apenas superficialmente aquele mundo (nisso me incluo), sabem da tradição “apolítica” dos sindicatos, do controle estrito que os “staffs” de dirigentes “técnicos” mantêm, subordinando a participação e a mobilização dos trabalhadores ao ritual das negociações fechadas com o patronato.

De fato, por outro lado, nem tão apolítico é esse sindicalismo. Desde os anos 1930, quando a classe trabalhadora branca foi beneficiada pela legislação de Roosevelt, os sindicatos têm sido um elemento fundamental nas coligações do Partido Democrata. E desde os anos 1950, sobretudo, a central sindical (AFL-CIO) tem se alinhado fortemente com a política externa norte-americana, nos seus traços mais imperialistas.

Eros, Tanatos e o ódio à família Lula

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O advento das redes sociais e o aumento do acesso a elas pela inclusão digital certamente carregam virtudes e benefícios. No Brasil, entretanto, as redes têm servido também para revelar um traço horrível de parcela dos brasileiros: o ódio e sua violência latente, a intolerância, a incapacidade de aceitar a divergência e conviver com o outro, a ausência absoluta de compaixão por aquele que “não é do meu lado”, não pensa como eu, não se parece comigo. 

Em um povo que em outros tempos se dizia regido por Eros – deus do amor e do prazer na mitologia grega, que se manifestaria através da alegria, do carnaval e da leveza da alma brasileira – de repente surgem grupos dominados por Tanatos, o instinto de morte e destruição, permeado pela completa ausência da compaixão, sentimento distintivo da humanidade. Nos últimos dois dias, a pulsão de Tanatos manifestou com toda a sua força bruta, na violência das agressões, pelas redes, a dona Marisa Letícia Lula da Silva, que enfrenta em coma induzido as consequências de um acidente vascular cerebral.

Acidentes nas marginais. Cadê o Doria?

Da revista Fórum:

As consequências de um aumento de velocidade nas duas maiores vias de São Paulo, as marginais Pinheiros e Tietê, começam a aparecer menos de dois dias após sua implantação. Ao reduzir os limites de velocidade, o ex-prefeito Fernando Haddad se baseou em estudos que garantiam menos acidentes e um aumento da velocidade média dos veículos. O atual prefeito João Doria (PSDB), no entanto, resolveu ignorar os fatos e cumprir sua promessa populista de campanha de aumentar as velocidades e o resultado é um acidente a cada 4 horas e uma lentidão maior do tráfego.

Luta de classes na 'reforma' da Previdência

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Na década passada, a primeira leva de trabalhadores nascidos após a Segunda Guerra Mundial (conhecidos como a geração do baby boom) chegou à idade de se aposentar, um fato que trouxe considerável pressão sobre os orçamentos da seguridade social. Com o fraco crescimento das finanças públicas, decorrente de uma pequena expansão do Produto Interno Bruto (PIB) na maioria dos países, desde então a ofensiva neoliberal contra a previdência pública começou a fazer com que em muitos países estourassem grandes manifestações de trabalhadores. O dilema decorre de uma pergunta que a humanidade precisa responder: envelhecer é uma coisa boa ou ruim? Em sua essência, trata-se evidentemente de uma coisa boa. Afinal, a maioria das pessoas prefere viver mais a viver menos.

Ives Gandra Filho, o aliado dos patrões

Por Natália Rangel, no site da CTB:

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, vem sendo defendido por setores conservadores para assumir a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os entusiastas da ideia estão o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o ministro do STF Gilmar Mendes e o deputado e pastor Marco Feliciano, liderança da bancada religiosa do Congresso.

Ligado à Opus Dei, Gandra já expressou em artigos sua oposição à realização de pesquisas com células tronco, afirmou que o casamento entre homossexuais é tão impróprio quanto a união de "um homem com um cavalo" e que mulheres devem submissão aos homens, assim como os filhos devem obedecer aos pais.