segunda-feira, 19 de novembro de 2018
O drama humanitário da caravana aos EUA
Charge: Hajo/Holanda |
O drama da caravana com milhares de migrantes da Guatemala, Honduras e El Salvador com destino aos Estados Unidos retrata a catástrofe social e econômica do modelo econômico e social que vem sendo reinserido na América Latina. Fala-se em sete mil pessoas, mas há jornais que calculam o dobro disto.
Nos Estados Unidos, a resposta do presidente Donald Trump tem sido à base das ameaças e da truculência. Além das represálias econômicas aos países originários da marcha, mesmo com governos servis ao regime de Washington, ele mobiliza seu aparato militar para conter os migrantes.
#LulaLivre no G-20 em Buenos Aires
Reuniões de líderes internacionais como a do G-20, que acontecerá em Buenos Aires no dia 30 de novembro e 1o de dezembro próximos, costumam ter dois efeitos correlatos: a grande atenção de toda a mídia planetária; e os protestos de grupos contrários a ordem econômica mundial defendida por esse e outros organismos globalistas, como o Banco Mundial, o Fórum Econômico Mundial de Davos, a Organização Internacional do Comércio, etc.
Moro e a "fantasia da perseguição política"
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Numa mudança de planos, Sérgio Moro pediu exoneração do cargo de juiz federal e será ex-juiz quando o ato for publicado, provavelmente na segunda-feira.
Mas, nos derradeiros dias de toga, age como em todo o tempo em que esteve à frente da lava Jato: faz política.
Em entrevista a IstoÉ – aliás, outra vez dentro de seu ‘ex-gabinete” na 13ª Vara Criminal de Curitiba – dá uma nova sentença sobre o ex-presidente Lula – “é o mentor” do esquema criminoso que teria desviado R$ 6 bilhões da Petrobras.
Numa mudança de planos, Sérgio Moro pediu exoneração do cargo de juiz federal e será ex-juiz quando o ato for publicado, provavelmente na segunda-feira.
Mas, nos derradeiros dias de toga, age como em todo o tempo em que esteve à frente da lava Jato: faz política.
Em entrevista a IstoÉ – aliás, outra vez dentro de seu ‘ex-gabinete” na 13ª Vara Criminal de Curitiba – dá uma nova sentença sobre o ex-presidente Lula – “é o mentor” do esquema criminoso que teria desviado R$ 6 bilhões da Petrobras.
As bravatas de Trump e Bolsonaro
Por Reginaldo Nasser, no site Carta Maior:
Tem se estabelecido uma espécie de cumplicidade, voluntária ou não, entre presidentes que assumem novos governos, e jornalistas e analistas no que se refere, principalmente, no anúncio de inovações e mudanças.
Ultimamente, um dos temas que mais tem chamado a atenção são os assuntos internacionais. Lembram-se do governo golpista de Temer quando anunciou José Serra para ministro das relações exteriores? Nem bem tomou posse já se falava numa espécie de “doutrina Serra”, que durou pouco. Mas, logo veio Aluísio Nunes, que foi também anunciado com pompas e circunstâncias e, acreditem, ele ainda é ministro, mas nem parece de tão insignificante que é sua presença.
Tem se estabelecido uma espécie de cumplicidade, voluntária ou não, entre presidentes que assumem novos governos, e jornalistas e analistas no que se refere, principalmente, no anúncio de inovações e mudanças.
Ultimamente, um dos temas que mais tem chamado a atenção são os assuntos internacionais. Lembram-se do governo golpista de Temer quando anunciou José Serra para ministro das relações exteriores? Nem bem tomou posse já se falava numa espécie de “doutrina Serra”, que durou pouco. Mas, logo veio Aluísio Nunes, que foi também anunciado com pompas e circunstâncias e, acreditem, ele ainda é ministro, mas nem parece de tão insignificante que é sua presença.
Um país à espera da nau dos insensatos
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A imagem do título desse comentário me ocorreu durante o almoço num pé-sujo limpinho, aqui ao lado de casa.
No boteco barulhento, ao ver o noticiário na TV à minha frente, e ouvindo as conversas a meu lado, a vida continuava absolutamente normal.
Enquanto traçava uma bela feijoada de cumbuca, notei que nas mesas vizinhas, em vez dos pedreiros e porteiros habituais, ali estavam hoje jovens da classe média bem vestidos, que trabalham nas lojas chiques dos Jardins.
Médicos cubanos e o agressivo Bolsonaro
Do jornal Brasil de Fato:
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que na última quarta-feira (14) ofereceu "asilo" a cidadãos cubanos, tentou dificultar a permanência de familiares de médicos da ilha caribenha no Brasil durante seu sétimo mandato como deputado federal. Por meio de uma emenda, apresentada em 5 de maio de 2016, o então parlamentar do Partido Social Cristão (PSC) propôs que os dependentes legais dos médicos intercambistas fossem proibidos de "exercer atividades remuneradas, com emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social pelo Ministério do Trabalho e Emprego".
Um governo de destruição
Por Wilton Cardoso Moreira, no Jornal GGN:
Há uma grande possibilidade do governo Bolsonaro ser apenas de destruição, sem criar nada no lugar.
O superministro Moro fez carreira prendendo, muitas vezes sádica e ilegalmente, os políticos, arrancando urros de prazer da massa sedenta por vingança contra os poderosos. É um justiceiro megalomaníaco e narcisista, cujo senso de justiça se resume à punição, mesmo que à margem da lei. Quanto mais poder tiver, mais punições espetaculosas ele promoverá.
O superministro Moro fez carreira prendendo, muitas vezes sádica e ilegalmente, os políticos, arrancando urros de prazer da massa sedenta por vingança contra os poderosos. É um justiceiro megalomaníaco e narcisista, cujo senso de justiça se resume à punição, mesmo que à margem da lei. Quanto mais poder tiver, mais punições espetaculosas ele promoverá.
Quem são os youtubers de Bolsonaro?
Charge: Rico |
O presidente eleito já deixou claro que seguirá à risca os passos de Trump na estratégia de enfrentamento da imprensa. Além de vetar a presença de determinados jornalistas em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito, Bolsonaro também tentou proibir a entrada de jornalista no plenário do Congresso para a comemoração dos 30 anos da Constituição Federal.
Além disso, tem ficado claro o uso de uma tática para desmoralizar a imprensa: pessoas ligadas a Bolsonaro vazam informações para jornalistas, que são publicadas. Logo em seguida, bolsonaristas negam tudo, sempre em tom de deboche, colocando dúvidas sobre a confiabilidade da imprensa. Bolsonaro passará o mandato jogando essas cascas de bananas no caminho do jornalismo.
A Internacional da Direita
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
A evidência de que o plano de governo só começa a ser elaborado agora, os desatinos em política externa, a negligência parlamentar e até mesmo as dúvidas sobre o êxito do programa econômico ultraliberal (apesar da crença do mercado) despertam dúvidas em alguns (esperança para outros) sobre sua duração.
Bola de cristal ninguém tem mas uma coisa é certa: a extrema direita que ele representa é tosca e áspera mas está se organizando para um reinado longo e articulado internacionalmente.
A evidência de que o plano de governo só começa a ser elaborado agora, os desatinos em política externa, a negligência parlamentar e até mesmo as dúvidas sobre o êxito do programa econômico ultraliberal (apesar da crença do mercado) despertam dúvidas em alguns (esperança para outros) sobre sua duração.
Bola de cristal ninguém tem mas uma coisa é certa: a extrema direita que ele representa é tosca e áspera mas está se organizando para um reinado longo e articulado internacionalmente.
O padrão Bolsonaro de comunicação
Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:
A Folha de S.Paulo, depois da derrota do seu candidato no primeiro turno, parece sem rumo. Chama o gesto repulsivo do presidente eleito, simulando o uso de armas, ao lado do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, de simples gesticulação. Quem ele ameaçava? Os juízes ou os trabalhadores? Essa resposta a Folha não deu.
O jornal O Estado de S.Paulo demite uma cronista por ter criticado as propostas do então candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro. Toma essa decisão depois de vê-lo eleito, numa atitude nítida de subserviência. A TV Gazeta demite quase toda a equipe de jornalismo e amplia o aluguel ilegal de sua grade de programação para a Igreja Universal, apoiadora do próximo governo.
A Folha de S.Paulo, depois da derrota do seu candidato no primeiro turno, parece sem rumo. Chama o gesto repulsivo do presidente eleito, simulando o uso de armas, ao lado do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, de simples gesticulação. Quem ele ameaçava? Os juízes ou os trabalhadores? Essa resposta a Folha não deu.
Villas Bôas, o general enigmático
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
O entrevistador não fez a pergunta que haveria de ser posta a bem do esclarecimento: explique melhor, general, que significa no limite? Interpretação inevitável: o comandante percebeu a presença de comandados dispostos a um gesto tresloucado e com autoridade para executá-lo.
O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, é um general enigmático. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada na segunda 12, afirma que Bolsonaro não significa a volta dos militares, mas também admite que, ao condenar a impunidade às vésperas do julgamento do habeas corpus de Lula, agiu “no limite”.
O entrevistador não fez a pergunta que haveria de ser posta a bem do esclarecimento: explique melhor, general, que significa no limite? Interpretação inevitável: o comandante percebeu a presença de comandados dispostos a um gesto tresloucado e com autoridade para executá-lo.
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