terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Deputado bolsonarista vai para o esgoto?

Por Altamiro Borges

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), um bolsonarista truculento e histérico, não gostou da decisão da 44ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo que o condenou a indenizar em R$ 70 mil o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de suas baixarias e ataques nas redes sociais.

O cínico fascistoide considerou a sentença "um exagero". Só por que o parlamentar sem qualquer decoro e civilidade chamou o magistrado de "cabeça de ovo" e "cabeça de piroca"? Ou por que vomitou na internet agressões do tipo: "Alexandre de Morais você é um lixo" e "você é um esgoto"? A indenização até que foi pequena, uma merreca!

Jornalões abafam carreatas contra Bolsonaro

Bolsonaro deixa órfãos Doria, Moro e Maia

Por Fernando Brito, em seu blog:


A direita ex-bolsonarista – porque, afinal, foi bolsonarista, com mais ou menos vergonha, nas eleições de 2018 – está absolutamente baratinada.

DEM e PSDB, partidos que seriam núcleo de suas plataformas para 2022 mostraram-se não apenas controláveis por Jair Bolsonaro como irremediavelmente divididos em sua caciquia, o primeiro entre Rodrigo Maia e ACM Neto e o segundo entre Doria e Aécio Neves.

Não contem que o acerto Bolsonaro-Centrão não inclua 2022, como vem sendo dito por muitos analistas políticos.

Não é negócio fechado, mas é promessa de compra e venda destas para ser considerada.

Bolsonaro não tem partido e tudo indica que não venha a ter senão para cumprir formalidades. O próprio Aliança pelo Brasil, lançado em novembro passado, com fanfarras, urros e o sutil número (ou calibre) 38, está esquecido faz tempo.

Arthur Lira sinaliza que a guerra continua

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


A oposição perdeu uma disputa de consequências importantes mas não devemos nos impressionar com a vitória do bolsonarismo, nem também subestimá-la. Bolsonaro segue sendo o polo dominante e atraente no jogo, mas agora será refém do Centrão, pagará caro por cada dia no cargo e verá a oposição parlamentar se ampliar.

O agravamento da pandemia, com a contribuição decisiva da necropolítica governamental, também pautará o Congresso, concorrendo com o Planalto ou decidindo contra o governo.

Ontem mesmo os novos presidentes da Câmara e do Senado defenderam bandeiras caras à esquerda e ao Brasil lúcido, como a vacinação urgente e o retorno do auxílio emergencial.

O esquema de corrupção judicial da Lava-Jato

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A Lava Jato é o maior esquema de corrupção judicial do mundo. Não se conhece precedente histórico de processo sistemático e sistêmico de corrupção do sistema de justiça de um país como o promovido pela Lava Jato na perseguição a Lula e ao PT.

A história é repleta de casos de golpes de Estado, atentados contra o ordenamento jurídico, rupturas institucionais e outras modalidades de quebras da ordem democrática. Mas não se encontram registros de semelhante organização criminosa, estruturada e atuante nas distintas instâncias do judiciário e formada por agentes do próprio sistema de justiça, para atentar contra a ordem jurídico-institucional.

Para o jurista e professor Lenio Streck, “não há escândalo similar. Não se tem conhecimento que, em um estado constitucional, tenha havido esse grau de uso do direito contra os adversários e inimigos. O Brasil, nesse ponto, é campeão de lawfare”, disse ele.

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Arthur Lira, o ditador da Câmara Federal

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados


Por Altamiro Borges

Arthur Lira, o líder do Centrão, projetou-se na política como "soldado" do golpista corrupto Eduardo Cunha. Foi promovido a "general" pelo fascista Jair Bolsonaro. Eleito presidente da Câmara Federal na noite desta segunda-feira (1), ele já dá sinais de que será um ditador. Seu primeiro ato a frente do cargo foi anular a proporcionalidade na composição da Mesa Diretora da Casa.

No mesmo golpe, Arthur Lira também cancelou a formação do bloco que apoiou a candidatura de Baleia Rossi (MDB), principal adversário do bolsonarista na eleição. Ele era formado por 10 siglas (PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede). O ditadorzinho alegou que o bloco partidário foi formalizado após o prazo estipulado e convocou nova eleição.