sábado, 16 de setembro de 2017

"Folha" exige provas para acusar Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em um país em que as pessoas só leem manchetes sem sequer passar os olhos nas matérias a que essas manchetes remetem – e isso acontece tanto nos veículos impressos quanto no Facebook –, as primeiras páginas dos jornais se tornaram quase que veículos de comunicação à parte.

Então vamos falar de primeiras páginas. A da Folha de São Paulo deste sábado, 16 de setembro, por exemplo.

Artistas viraram pornografia para MBL

Por Ivana Bentes, no site Mídia Ninja:

O Santander Cultural de Porto Alegre cedeu ao obscurantismo e acaba de fechar, neste domingo, 10/09, uma exposição com cerca de 270 obras de arte em que as questões de gênero, diversidade, queer, temáticas LGBT são tratadas.

A pressão veio de movimentos como o MBL que postou no seu site e página do Facebook, matéria incitando o ódio, acusando o curador de perversão, ameaçando e agredindo verbalmente os visitantes e artistas (ver relato no FB) em nome da moral e dos bons costumes!



O suicídio político de Ciro Gomes

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                              

Um dos episódios importantes da semana política foi a movimentação de Ciro Gomes em direção ao eleitorado de centro-direita. Não que em algum momento sua retórica mais à esquerda tenha convencido os que acompanham sua trajetória errática. Mas, esperava-se que perto de completar 60 anos, ele fosse capaz de deixar para trás sua vocação para manobras políticas desastradas.

Antes de dar crédito às delações de um vil traidor como Palocci, Ciro batia duro no golpe, embora não poupasse Lula e o PT de críticas. Mas todas feitas com moderação, na expectativa de que, com o eventual impedimento de Lula, ele pudesse herdar pelo menos parte dos milhões de votos do ex-presidente.

Vai engavetar, querida Dodge?

Porto Alegre, pasto de nazistas

Por Flavio Aguiar, no blog RS-Urgente:

Soube que o espaço Santander Cultural antecipou o fim de sua exposição artística “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira” porque os fanáticos do movimento MBL a atacaram, e atacaram seus frequentadores. Que estes herdeiros dos Freikorps futuramente hitleristas – base que foram dos SA e dos SS – tenham atacado a exposição e seus frequentadores não surpreende. O que surpreende é a inércia das autoridades diante deste ato de barbárie, porque pelo visto a coibição dele ficou entregue à iniciativa dos frequentadores e aos seguranças particulares.

Para além da austeridade: "heresias" da ONU

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“A economia global parece travada em seu caminho para a recuperação”, aponta novo estudo das Nações Unidas, Para além da austeridade, que contradiz grande parte do que advogam membros do governo do Temer e os economistas brasileiros conservadores que palpitam diariamente na mídia tradicional. A austeridade fiscal é apontada como o principal entrave à retomada mais vigorosa da economia mundial.

O estudo carrega pouco mais nas tintas e decreta que “a prosperidade para todos não pode ser proporcionada por políticos com fixação na austeridade, por empresas que buscam ganhos monopolistas (rent-seeking) e por banqueiros especuladores”. Em outro termos, o relatório afirma que as promessas, de sociedades mais justas e de menor desigualdade, entre as nações não foram cumpridas.

Capa facínora da IstoÉ esquece Aécio e Temer

Da revista Fórum:

A revista ‘Istoé’, que faz questão de atacar o PT em todas as suas edições, se supera. Desta vez, a publicação chegou ao ponto de ignorar os fatos apenas para criar uma narrativa negativa à Lula, Dilma e ao Partido dos Trabalhadores como um todo ao sair, na edição deste final de semana, com uma capa que coloca os petistas no mesmo barco de figuras como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-deputado federal Eduardo Cunha ou ainda o ex-governador Anthony Garotinho – eles e outros são os “facínoras”, e a reportagem se propõe a responder a pergunta de como o Brasil “foi parar nas mãos dessa turma de delinquentes”.

A “caixinha” milionária do Temer

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

É curiosa a trajetória de Adhemar de Barros e a de Michel Temer, duas referências políticas de São Paulo de quem todo mundo ouviu falar, a partir do comportamento de ambos no trato com o dinheiro público, após alcançarem ou se aproximarem do poder.

Adhemar intrometeu-se pela prefeitura de São Paulo e o governo paulista. Disputou a Presidência da República, nos anos 1950, e perdeu. Temer, vice-presidente da República, costurou o golpe contra Dilma Rousseff e venceu.

Redes sociais estão idiotizando as pessoas

Do blog Socialista Morena:

Um dos criadores do twitter, Evan Williams, disse esta semana que a eleição de Donald Trump comprova como as redes sociais “têm o poder de idiotizar as pessoas no mundo inteiro”. A declaração foi feita ao canal 4 da BBC, em uma entrevista onde Williams foi instado a explicar se a rede que criou, na qual Trump é viciado, teve um papel importante em sua eleição, como o próprio marido de Melania afirma. Parece incrível, mas o presidente dos Estados Unidos passa o dia tuitando e há quem tema que suas frases polêmicas (para dizer o mínimo) possam ser capazes de causar a terceira guerra mundial.

A pergunta que não quer calar: e o Aécio?

Por George Marques, no site The Intercept-Brasil:

Delações, inquéritos, denúncias, sentenças. A cada dia não param de surgir nomes de políticos envolvidos em escândalos nos quatro cantos do país. Com a divulgação da delação da JBS há quatro meses, um nome dado como certo para cair de vez nas garras da Justiça era o do senador e candidato derrotado à presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG). Gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da empresa, ele chegou a ser afastado de suas funções parlamentares, mas retornou em julho. Agora, procura ser discreto, enquanto aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida por um pedido de prisão pendente, feito pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ao todo, Aécio responde a nove inquéritos na Corte, mas segue incólume.