domingo, 5 de agosto de 2018

Quem é o general Mourão, vice de Bolsonaro?

Da revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, anunciou seu vice neste domingo 5. Após negociações frustradas com a advogada Janaína Paschoal e sondagens ao 'príncipe' Luiz Phillipe, descendente da família imperial, o deputado confirmou a escolha do nome do general da reserva Hamilton Mourão como integrante de sua chapa.

A indicação foi confirmada em nota pelo PRTB e a oficialização ocorrerá em convenção nesta tarde. Ao jornal Estado de S.Paulo, Mourão afirmou ter aceito o convite e se disse "honrado".

Gabeira é o novo ídolo dos bolsominions

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos momentos mais bonitos da sabatina de Bolsonaro na Globo News se deu quando o candidato disparou: “Você sabe que sou apaixonado por você, né, Gabeira?”

Ao final, se animou mais: “Vou dar um abraço hétero no Gabeira agora!”

Conquistou o coração dos bolsominions. Mas Fernando Gabeira é ídolo da extrema direita há algum tempo.

Vou repetir o que escrevi aqui:

As mulheres e a sombra do golpe

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

Este ano comemoramos os 12 anos da Lei Maria da Penha sob a sombra de um golpe que sequestrou, não apenas os 54 milhões de votos que elegeram Dilma Rousseff, mas qualquer possibilidade de avanço para as políticas de combate à violência contra a mulher.

O governo ilegítimo compôs uma equipe de homens brancos, retirou o status de Ministério da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e vem, sistematicamente, cortando recursos para a área. Já se vão quase 2 anos que Michel Temer ocupa, sem votos, o cargo máximo do país, e a pasta já passou por 3 subordinações: começou pelo Ministério da Justiça, foi para a Secretaria de Governo e agora integra o Ministério dos Direitos Humanos.

A guerra na direita pelo discurso do ódio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não tem mais centro-direita no Brasil.

Essa é a impressão que fica dos movimentos dos dois principais candidatos da direita, Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin, depois de “resolvida” a indicação de seus candidatos a vice.

Bolsonaro, depois de suas viagens espaciais por estações lunáticas e delírios imperiais, escolheu o General Hamilton Mourão, numa escolha que a ele soma bem pouco e, infelizmente, é terrível para o Exército Brasileiro, seja porque o general será o ordenança do ex-capitão, seja porque estimula atos de indesejável indisciplina como os que o próprio Mourão protagonizou.

PT-PSB, o jogo prático

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

No primeiro momento haverá choro e ranger de dentes, gente chateada no PT e no PSB.

A militância, hoje, reprova os acordos pragmáticos, mas os dois partidos fizeram o que os outros gostariam de fazer: uma aliança informal, baseada na troca de apoios estaduais, com ganhos bilaterais.

Depois desse acordo, depois da aliança do Centrão com Geraldo Alckmin e do consequente isolamento de Marina, Bolsonaro, Ciro Gomes e demais, crescem as chances do irônico retorno da polarização PT-PSDB no segundo turno.

O debate no STF sobre o direito ao aborto

Da Rede Brasil Atual:

O primeiro dia de audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação que pede a descriminalização do aborto, nesta sexta-feira (3), mesclou argumentos técnicos com depoimentos pessoais emocionados. A Corte irá julgar, ainda sem data definida, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, proposta em 2017 pelo Psol.

A ação pede aos ministros para excluir da incidência de dois artigos do Código Penal (124 e 126) os casos de abortos praticados até a 12ª semana de gestação. A segunda parte da audiência será realizada na segunda-feira (6), quando serão ouvidas mais 26 entidades, mesmo número de hoje. A relatora é a ministra Rosa Weber.

Meirelles é boi de piranha

Por Aluisio Arruda, no site Vermelho:

Meu pai era boiadeiro no Pantanal de Mato Grosso, na época região do maior rebanho bovino do país. Para conduzir as boiadas ele levava junto um boi velho, que ao atravessar o rio era lançado para desviar os cardumes de piranhas.

O boi velho dos partidos de direita e do Centrão que se aglutinam em torno de Alckmin é um pau mandado dos americanos que chefiou o Ministério da Fazenda do governo Temer e atende pelo nome de Henrique Meirelles, atual candidato à presidência pelo MDB.

Interpol põe em xeque conduta de Moro

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

A Interpol eliminou o nome de Rodrigo Tacla Duran da lista de procurados internacionais. Para justificar a retirada do alerta vermelho contra o advogado que trabalhou para a Odebrecht, a agência de investigação internacional apontou que a conduta do juiz Sérgio Moro viola a legislação da Interpol.

Ao decidir, a Comissão da Interpol colocou em dúvidas a confiabilidade do julgamento de Moro sobre Durán. "A Comissão considerou toda a informação relevante para determinar se a defesa demonstrou de maneira confiável a probabilidade de que ocorreu a negação flagrante de um julgamento justo", publicou.

Que Congresso queremos no Brasil?

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

A composição do próximo Congresso, caso não haja mudança relevante no humor do eleitor, pode ser mais atrasada, fisiológica e pró-mercado do que a atual. Por isso a importância de a esquerda e a centro-esquerda priorizarem a eleição de deputados e senadores para impedir que o pior aconteça.

A prática política dos parlamentares acomodados em partidos de centro, centro-direita e direita, independentemente da visão ideológica do futuro presidente da República, vai continuar a mesma. Ou seja, eles vão tentar manter e até ampliar o balcão de negócios dos últimos dois anos, tanto via partidos quanto por intermédio de bancadas informais, pelas razões a seguir.

Direito ao aborto bate à porta do STF

Manifestação de mulheres pela legalização
do aborto no Rio de Janeiro, em 2016
Por Debora Diniz, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Há mais de uma década o aborto bate à porta da Suprema Corte brasileira. Em 2004, o primeiro caso foi de um habeas corpus, descrito entre os juristas como um “caso concreto”, isto é, situações em que por trás dos papéis há pessoas. Gabriela Cordeiro era uma jovem mulher, grávida de um feto com anencefalia, que pedia o direito ao aborto. Ela foi inicialmente à justiça de sua cidade e dali teve início uma longa peregrinação. Quando os ministros da Suprema Corte se reuniram para decidir se poderia ou não haver direito ao aborto para Gabriela, o parto já havia acontecido e um atestado de óbito indicava a breve sobrevida da filha.

A quem interessa o complexo de vira-lata

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

''O que efetivamente separa o americano do brasileiro é que o primeiro legaliza a corrupção de modo profissional, deixando para os amadores brasileiros expedientes como esconder dinheiro ilegal na cueca. ''

Um destes registros mordazes do sociólogo Jessé Souza, ex-presidente do IPEA (Instituto de Pesquisas Aplicadas) e professor titular de Sociologia da Universidade Federal do ABC, está na alentada introdução de 44 páginas que precede a atual edição de seu livro Subcidadania Brasileira. ''Outra distinção é que o americano não atenta contra a própria economia, como fez a Lava Jato, '' ele escreve. A ''(...) Lava Jato, essa filha da sociologia do vira-lata, destrói as empresas e a riqueza nacional. ''

Bolsonaro não é um espantalho

Por Valerio Arcary, na revista Fórum:

Enganam-se os que pensam que Bolsonaro é, somente, um espantalho. Um espantalho político é uma ameaça imaginária. Ele não é um “bode dentro da sala”. É uma ilusão conspiratória pensar que Bolsonaro foi projetado pela classe dominante para favorecer Alckmin como um mal menor, diante do desgaste sofrido pelo PSDB e a ruína de Aécio Neves. Ilusões conspiratórias são muito populares, mas são uma armadilha mental muito comum. Pior ainda é imaginar que aqueles que, a partir da defesa da candidatura Boulos/Guajajara, alertam o perigo que Bolsonaro representa estão superestimando suas forças para legitimar o apoio crítico a uma candidatura do PT. Devemos nos proteger do enviezamento da razão.

O Judiciário que não queremos

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Neste vasto mundo chamado ‘civilização ocidental’, os conceitos de democracia e democracia representativa aparecem imbricados, quando se colocam, como questões cruciais, a legitimidade do poder e da representação, ambas decorrentes da soberania popular (única fonte de poder democrático), que se expressa mediante o voto em eleições periódicas e universais. Isso está muito bem definido no parágrafo único do art. 1º da nossa lei maior: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Repúdio ao atentado terrorista na Venezuela

Do site do Cebrapaz:

O atentado com drones ocorrido neste sábado (4) em Caracas, que tinha como alvo o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, merece de todos os humanistas e democratas a mais veemente manifestação de repúdio.

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) há tempos vem advertindo que os setores da direita venezuelana, financiados e dirigidos pelo imperialismo estadunidense, colocam a paz da nação irmã e da própria região em perigo com seus métodos antidemocráticos e terroristas.