domingo, 31 de janeiro de 2021

Greve dos caminhoneiros apavora Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O "capetão" Jair Bolsonaro, que já apoiou locaute de caminhoneiros para desestabilizar governos, está apavorado com a greve da categoria prevista para esta segunda-feira (1º). O farsante finge ceder às reivindicações do setor, ameaça reprimir e aposta na divisão da categoria. Apesar de tudo, o movimento cresceu nos últimos dias.

Segundo levantamento da CNN-Brasil, a paralisação "foi convocada pela Associação Nacional dos Transportes Autônomos do Brasil (ANTB), integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC). A ANTB representa cerca de 4.500 caminhoneiros em todo país". Na sequência, a própria CNTRC aderiu à greve.

Bolsonaro já insinua até recriar ministérios


Por Altamiro Borges

Na convenção do PSL que aprovou a candidatura de Jair Bolsonaro, em julho de 2018, o general Augusto Heleno cantarolou: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". E teve otário que acreditou nessa bravata moralista. Hoje, o “capetão” cede tudo à turma de fisiológicos e pragmáticos do Centrão para se manter no poder. Até insinua que pode recriar três ministérios.

Nessa sexta-feira (29), em cerimônia oficial em Brasília, o presidente afirmou que vê "clima" para criar os novos cargos caso o governo vença a eleição para as presidências da Câmara Federal e do Senado. Foi uma típica oferta do "balcão de negócios". Pouco depois, diante da chiadeira – até de bolsominions menos tapados –, Jair Bolsonaro desdisse, como é do seu feitio.

Depois da Ford, Zara e 3M fecham e demitem

Situação dos povos indígenas na pandemia

Retrato da crise do trabalho no Brasil

MST: Em defesa da vida e da esperança!

Ilustração: Danila Silva
Do site do MST:

Ancoradas e ancorados pela mística rebelde e cultivada com a cultura camponesa, a Coordenação Nacional do MST, no marco dos nossos 37 anos, reuniu-se de forma remota no período de 28 a 30 de janeiro de 2021, contando com cerca de 1000 delegadas e delegados de todo país, com o objetivo de analisar a conjuntura nacional, internacional, nos aprofundar no estudo da questão agrária, projetar a Resistência Ativa e a construção permanente da Reforma Agrária Popular.

Covas encerra licença médica no Maracanã

Reprodução do Twitter
Por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), encerrou nesta sexta-feira (29) uma licença médica de 10 dias. Aparentemente recuperado, Bruno Covas foi um dos 5 mil torcedores autorizados a assistir à final da Copa Libertadores neste sábado (30), no Maracanã. De acordo com imagens e informações que circularam em redes e portais de notícias, a condição prevista pela Conmebol (confederação responsável pela competição) não parece ter sido cumprida. Para admitir essa cota de convidados no estádio, a entidade exigia distanciamento para evitar aglomeração.

A maior façanha de Bolsonaro (por enquanto)

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Aprendi, ainda menino, que é essencial reconhecer características e até mesmo eventuais qualidades tanto em adversários como em inimigos. Esse reconhecimento é essencial na hora de planejar o combate.

Acontece que quando se trata de enfrentar alguém irremediavelmente desequilibrado, um primata sociopata, garimpar qualidades é tarefa quase que impossível. Características, tudo bem. Mas qualidade, e ainda mais eventuais façanhas...

Eis porém que, de repente, ao repassar a semana pela memória, percebo que está sendo cometida uma injustiça enorme com Jair Messias.

Despenca, e isso a cada hora, uma avalanche de críticas contundentes contra ele e o general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, seu cúmplice no maior genocídio jamais cometido em nosso país e um dos maiores do mundo ao longo de pelo menos o último século.

Bolsonaro acena com xêpa de cargos

Por Fernando Brito, em seu blog:


Depois de promover uma “farra de emendas” para ganhar votos na eleição da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro acena agora aos deputados com um lote de ministérios – Esporte, Cultura e Pesca – para sacramentar o que parece ser a maioria de votos que conseguiu por lá.

É provável, mesmo, que tenha esta maioria e que Rodrigo Maia venha a pagar por ter caminhado tanto tempo sobre o muro em relação ao governo, mas isso aí é café pequeno para os apetites que o Centrão pretende satisfazer com a eleição de Artur Lira à cadeira de mando da Câmara.

O que eles querem, mesmo, é o Ministério da Cidadania e sua Bolsa Família, de preferência turbinado por um novo benefício emergencial. A Saúde, outro pomo do desejo, não é para agora: é uma “fria” com pandemia, cloroquina e falta de ar na sala.

O ano que não quer ir embora

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:


Ou o planeta que parou de girar no falso documentário 'Morte a 2020'

Já houve um ano, o de 1968, que não conseguiu, na sua época, desaparecer para ser esquecido.

O ano do famigerado A-I5 no Brasil é histórico e acabou eternizado num livro clássico que o consagrou para sempre. Agora, 2020 segue na mesma direção: estrebucha, e também por motivos funestos se perpetua.

Registrado num pequeno filme de 70 minutos, Death to 2020, traduzido como 2020 Nunca Mais é uma das produções da Netflix mais acessadas neste mês de janeiro - provavelmente pela necessidade de distensão das platéias, de rir ou pelo menos de sorrir um pouco, assaltados que estamos por eventos sombrios, por dois vírus - corona e política federal - há um/ dois anos.

Com Câmara no bolso, Bolsonaro se salva!

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A instalação do títere do Bolsonaro na presidência da Câmara dos Deputados tem duplo ganho para o regime dos generais.

Por um lado, representa um passo perigoso de hipertrofia e concentração do poder fascista-militar. Controlando a Câmara, o “Partido Militar” aperta o garrote sobre as instituições, controla abertamente outro poder de Estado e avança com sutileza e suavidade o processo de fechamento/tutela do Congresso.

Tudo feito de modo “asséptico”, sem precisar de “um soldado e um cabo” e, também, sem precisar disparar sequer um único tiro de fuzil. Para não parecer um golpe militar sobre o poder civil.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Dudu Bananinha indenizará repórter da Folha?

Da eleição na Câmara ao leite condensado

Governo foi às compras e esqueceu a vacina

O jornalismo sob assédio judicial

Crimes da Lava-Jato e a inocência de Lula

É necessária uma nova teologia da libertação?

Para onde vai a economia do Brasil?

Os ataques de Bolsonaro ao jornalismo

A violência contra a mulher em dados

Pazuello na berlinda e fura-filas da vacina

Governo libera R$ 3 bi para comprar votos

Por Altamiro Borges

Temendo a abertura de processo de impeachment e entraves para a sua pauta fascistoide no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro abriu as torneiras dos cofres públicos e já liberou R$ 3 bilhões para os parlamentares. O esforço maior do governo é para garantir a vitória já no primeiro turno de Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara Federal, em 1º de fevereiro.

A denúncia sobre o descarado “balcão de negócios” foi publicada pelo Estadão nesta sexta-feira (29). O jornal "teve aceso a planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, com os nomes dos parlamentares contemplados com os recursos 'extras', que vão além dos que eles já têm direito de indicar". A lista inclui 250 deputados federais e 35 senadores.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sentença de Moro tem que ser anulada

Bolsonaro sofre tombo nas redes sociais

Elite constrói um mundo pior no pós-pandemia


Por Bepe Damasco, em seu blog:


Logo depois que a Organização Mundial de Saúde reconheceu oficialmente que o mundo estava sendo assolado por uma pandemia, em março de 2020, não faltaram vaticínios de que a humanidade seria forçada a avançar no pós-pandemia.

Jornalistas, analistas, acadêmicos e até políticos e economistas conservadores sustentavam que o modelo atual de governança global e de organização da sociedade se esgotara, bem como o padrão de consumo baseado na exploração selvagem dos recursos naturais.

A maior tragédia de saúde em 100 anos levaria finalmente à afirmação do bem coletivo em detrimento do individualismo, ao fim dos ataques neoliberais ao investimento público e à derrota dos arautos da financeirização da vida e adoradores do Deus Mercado.

Falta compromisso com a vida no Amazonas

Reprodução: Junio Matos
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Desde que iniciamos o ano de 2020, não consigo abordar outro assuntou que não seja o avanço da pandemia no mundo, no Brasil, mas, sobretudo, no meu estado do Amazonas.

Ainda em abril e maio de 2020, Manaus virou notícia internacional por conta do colapso do sistema de saúde. A crise fez com que pessoas morressem não apenas pelo vírus, mas morressem pela falta de assistência. Hoje, lamentavelmente, vemos a situação se repetir com uma dose de gravidade ainda maior.

Oxigênio hospitalar

Além do colapso do sistema de saúde, da falta de leito, da falta de atendimento, na capital e no interior do estado, há mais de duas semanas convivemos com a falta do insumo fundamental à manutenção da vida, que é o oxigênio.

Saída da Ford do Brasil não é caso isolado

Da Rede Brasil Atual:


De acordo com Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL Global Union, o encerramento das atividades da Ford no Brasil é resultado da ausência de uma política industrial. Além disso, o enfraquecimento do mercado interno e o desastroso combate à pandemia também colaboram para o agravamento do cenário econômico.

“Infelizmente é uma porteira que está se abrindo. A saída da Ford não é um fato isolado. O Brasil está sofrendo um processo de desindustrialização já há algum tempo”, disse ele em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta sexta-feira (29).

Atingindo a marca de mais de 14 milhões de desempregados, “a situação tende a se agravar”, segundo Sanchez, já que o governo Bolsonaro reluta em prorrogar o auxílio emergencial.

As provas da promiscuidade de Curitiba

Por Fernando Brito, em seu blog:


Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.

Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.

Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.

Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.

Crimes de Bolsonaro justificam o impeachment

Editorial do site Vermelho:


Com a lista detalhada dos crimes cometidos por Bolsonaro na sua ação paralisante ante o coronavírus – crimes cometidos por ignorância, arrogância e desprezo pela vida dos brasileiros – seis partidos de posição apresentaram, nesta quarta-feira (27), o 63º pedido de impeachment do presidente.

Os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e REDE justificam a exigência do fim do mandato de Bolsonaro por sua evidente responsabilidade pela catástrofe em Manaus (AM), mas vão além e listam as omissões e a ausência de medidas do presidente em relação à epidemia que já matou mais de 220 mil brasileiros.

E afirmam: “Tal postura, omissões e descasos com a saúde dos brasileiros, foram tecnicamente identificados em Acórdão do Tribunal de Contas da União (Autos da TC 016.708/2020-2)”.

O rótulo de "liberal" e os canastrões

Por Luis Felipe Miguel

Um dos problemas do liberalismo no Brasil é que o rótulo de "liberal" foi usurpado por canastrões caricatos, que o reduzem a uma forma rasa de cinismo.

Um deles é Hélio Beltrão Jr., a quem a Folha dá, semanalmente, espaço para difundir asneiras austríacas. E também, como faz hoje, falar sobre a conjuntura.

A coluna tem o título pouco elucidativo "Histeria generalizada", mas a linha fina deixa claro qual é o tema: "A incompetência do Executivo será avaliada em 2022".

Em suma, a "histeria" é a campanha pela retirada de Bolsonaro do cargo.

Beltrão Jr. diz que governo "é barulhento" e reconhece até que "cometeu erros" - mas "sobretudo, erros de comunicação".

As elites e o impeachment à brasileira

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Nossa história nos está dando uma oportunidade única: ver, através de casos concretos, todos recentes, o que pensam e como atuam as elites brasileiras – os muito ricos, a cúpula dos Poderes, os chefes militares, os barões da imprensa e sua turma – em relação à instituição do impeachment presidencial.

Por extensão, como se comportam e quanto prezam as instituições democráticas, de forma geral.

Em trinta anos, o sistema politico lidou com quatro situações de impeachment, o que é, provavelmente, um recorde mundial.

Dois foram concluídos, com as destituições de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Um foi rapidamente abortado, quando Michel Temer sobreviveu a uma denúncia de extrema gravidade, pior que as enfrentadas por seus dois antecessores. Nem Collor havia sido flagrado armando jogadas com um corruptor confesso.

Mourão é um troglodita inepto

Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:

Hamilton Mourão foi humilhado e pisoteado em praça pública, com requintes de sadismo, por Bolsonaro, nesta quinta (28).

“Se quiser escolher ministro, se candidate em 2022”, sentenciou o titular do Planalto.

Mourão é um obtuso, cuja cabeça só serve para seguidas aplicações de Henê Maru, que lhe garante reluzentes cabelos pretos.

Em 2015 exibiu toda sua estupidez em ameaça golpista contra Dilma Rousseff, o que lhe valeu a destituição do Comando Militar Sul.

É um troglodita inepto até para conspiratas.

Sindicalismo como polo de nacionalidade

Por João Guilherme Vargas Netto


A maior vitória sindical durante o século XXI (e me refiro a uma vitória no palco mundial) foi a conquista, a garantia e a legalização da política de valorização do salário mínimo no Brasil, agora abandonada pelo governo.

As centrais sindicais durante uma década travaram uma luta constante, unitária e opiniática com a realização das marchas à Brasília e a inestimável ajuda do Dieese exigindo a valorização, garantindo sua continuidade (nos governos FHC e Lula) e conquistando a lei que institucionalizou (com a presidente Dilma) a conquista.

Ao agirem assim as centrais sindicais demonstraram sua relevância na sociedade brasileira reivindicando uma política (e negociando sua validação) que ia muito além – em termos sociais – de suas bases organizadas e se concretizava em ganhos para milhões de trabalhadores (formais e informais), para os aposentados, para as prefeituras e, no fim das contas, para toda economia brasileira.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Emissoras de TV omitem ‘apartheid’ de Israel

Por Altamiro Borges

As emissoras de TV têm dado grande destaque à vacinação contra a Covid-19 em Israel. De fato, o país é o líder mundial na imunização. A mídia colonizada evita criticar, porém, a postura discriminatória do governo sionista. Em matéria postada na terça-feira (26), a BBC News-Brasil denunciou mais essa ação criminosa.

Segundo a reportagem, "enquanto 28% da população israelense havia sido vacinada até segunda-feira (25), quase 5 milhões de palestinos nos territórios ocupados e na Faixa de Gaza permaneciam excluídos". Várias organizações internacionais de solidariedade já batizaram essa política genocida de "apartheid" sanitário.

Bolsonaristas já festejam vitória de Lira

O avanço da Covid e o atraso das vacinas

O julgamento de Lula

A bomba nuclear de Paulo Guedes

Chacina de Unaí e a chaga da impunidade

O avanço da segunda onda da Covid-19

Fora Bolsonaro!

Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amaral

O Fora Bolsonaro só pode realizar-se mediante o impeachment, a alternativa constitucional de que dispõe o presidencialismo.

Impeachment não é mera decisão político-jurídica. Antes de tudo, compreende movimento social poderoso, alcançando todos os segmentos da opinião nacional. No fundo, trata-se de reação da soberania popular traída pelo cometimento de crimes de responsabilidade.

O ápice do movimento é a homologação pelo Congresso. Na formalidade jurídica do impeachment o parlamentar cumpre seu papel premido entre vantagens que podem auferir do governante ameaçado e a preservação de sua própria legitimidade política.

Símbolos nacionais e a desconstrução da nação

Por Silvio Tendler


Graciliano Ramos escreveu que o esporte nacional não deveria ser o futebol mas a rasteira, esporte pelo qual passar a perna no próximo é virtude.

Furar a fila para a vacina ou engavetar 60 pedidos de impeachment não fazem diferença. Trata-se da construção do Estado de bem estar individual.

A política deixou de ser um programa de ação ideológico para converter-se num trampolim de sucesso pessoal.

A transferência de renda dos pobres para os ricos, cuja diversão é acumular fortunas, é encarada com naturalidade.

A solidariedade é praticada com a parcimônia necessária para não aparentarmos indiferença diante da miséria alheia.

Só otário acreditou na “vacina privada”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Desde ontem cedo, este blog vem advertindo que esta história da compra de 33 milhões de doses da vacina da Astrazêneca era uma “marketagem macabra“.

Acreditou que isso iria sair só quem é muito otário e achava que, pressionada pelo mundo inteiro para entregar as vacinas que já vendeu e ainda estão na promessa, a Astrazêneca ia vender uma enorme quantidade destas para um grupo de empresários brasileiros.

Um destes otários foi o senhor Jair Bolsonaro, que hoje de manhã anunciou que “o governo é favorável a esse grupo de empresários trazer vacina a custo zero pro governo”.

O papel dos militares no ascenso do Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A atuação criminosa do governo Bolsonaro no morticínio de Manaus recolocou a questão dos militares no centro das discussões. O fato de o ministro da saúde ser um general da ativa do Exército Brasileiro [EB] aguça a preocupação a este respeito.

O debate público sobre a questão militar revela a incompreensão [ou negação] reinante, no meio político e intelectual, sobre o papel que os militares tiveram na gênese, e, depois, na evolução do atual momento histórico.

É notória esta incompreensão/negação e, também, a relutância – sem argumentos plausíveis ou referências empíricas – em se admitir a direção e a responsabilidade central dos militares neste brutal processo de devastação do país.

Brasil pode bancar o auxílio emergencial

Por Umberto Martins, no site da CTB:


Para justificar a completa inoperância do governo diante da crise sanitária e o fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro apelou a mais um fake news ao afirmar que o Brasil está quebrado.

Ele tem a chave do cofre público e sabe que não é verdade. Tanto sabe que consumiu nada menos que R$ 1,8 bilhão em compras escandalosas e suspeitas de guloseimas, valor com o qual – se julgasse prioridade – o Palácio do Planalto poderia adquirir 2,2 milhões de vacinas contra a covid-19.

O ministro Paulo Guedes provavelmente também sabe que, com reservas superiores a US$ 350 bilhões, o país não está quebrado e desfruta de uma posição financeira confortável, diferentemente do que ocorreu na crise da dívida externa em 1981. Ou durante o governo Sarney, em 1987, e no início do segundo governo FHC, em 1998. Naqueles anos o Brasil de fato foi à lona, quebrou. Estrangulado pelo endividamento externo, viu o crédito internacional e as reservas secarem de um momento para o outro e o país insolvente foi às portas do inferno, digo FMI.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Movimentos sociais exigem "CPI da Covid-19"

Por Altamiro Borges


Com a presença de mais de 500 organizações populares, uma plenária virtual realizada nesta terça-feira (26) decidiu convocar uma megacarreata contra o “capetão” Jair Bolsonaro e apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação genocida do governo na pandemia do coronavírus – já batizada de CPI da Covid. O clima está esquentando!

A proposta inicial é de que o megaprotesto ocorra em 21 de fevereiro. Antes disso, como forma de preparação, de esquenta, seriam feitas carreatas em bairros populares nas principais cidades do país já a partir da próxima semana. A plenária unitária teve a participação das frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo, que reúne o grosso dos movimentos sociais brasileiros.

Faustão vai deixar a TV Globo. O que houve?

Pobreza cobra conta de Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

A notícia encontra-se no Datafolha. A queda na aprovação de Bolsonaro encontra-se na faixa mais pobre de brasileiros, aqueles que tem renda mensal até 2 salários mínimos.

Ali, a taxa de reprovação do governo subiu de 26% para 41%, empurrando o índice geral para 40% negativos de hoje em dia, situação que coloca Bolsonaro e seu governo na posição de alvo do descontentamento popular, como há muito não se via.

O debate sobre o retorno do auxílio emergencial é urgente e sua negativa é uma escancarada confissão política - só confirma o desinteresse de Bolsonaro e Paulo Guedes pela proteção aos mais pobres.

Do ponto de vista de quem tem comida na mesa, carro na garagem e escola para os filhos, é sempre fácil dizer que o auxílio emergencial custa caro. Matematicamente, o preço equivale a 13 anos de Bolsa Família.

Violência contra jornalistas bate recorde

Por Jana Sá, no site Saiba Mais:

Se no mundo inteiro 2020 mostrou a importância do jornalismo para a democracia, no Brasil o ano foi marcado pela violência contra os jornalistas no exercício da profissão. O ano mais violento desde 1990, quando se deu início aos levantamentos. Foram 428 casos de violência, 105,77% a mais que o já alarmante número de 208 ocorrências registradas em 2019.

Os dados integram o relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020”, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e foram divulgados nesta terça-feira, 26. Os números apresentados foram coletados por meio das denúncias apresentadas à Federação e Sindicatos de Jornalistas, além da análise das notícias publicadas pelos veículos de comunicação.

Crise em Manaus: governo sob investigação

Editorial do site Vermelho:


O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de investigação que, por vias transversas, pode envolver todo o governo.

Aras pediu ao Supremo a investigação da ação (ou falta de…) do ministro Eduardo Pazuello na catástrofe que acometeu Manaus, onde dezenas de pessoas morreram por asfixia, pela falta de oxigênio nos hospitais locais. E pela recomendação de formas inadequadas, como o “tratamento preventivo” – leia-se uso de hidroxicloroquina – , para combater a Covid-19, ineficazes, e não recomendadas por médicos e cientistas.

O leite condensado de Bolsonaro

O terraplanismo de araque de Bolsonaro

Jair Bolsonaro: inimigo dos jornalistas

A mobilização pelo impeachment de Bolsonaro

O neoliberalismo agravou a pandemia

Com Bolsonaro, pandemia vai se agravar

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A incompetência do ministro-pastor no Enem

Por Altamiro Borges


A incompetência é a marca do laranjal. Parece ser uma exigência curricular para compor o ministério de Jair Bolsonaro. Eduardo Pazuello, o general da Saúde, é a prova mais grotesca desse desastre. Mas ele não está só. Até o ministro da Educação, Milton Ribeiro, já ingressou no time dos incapazes. No segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (24), a prova teve 55,3% de abstenção – um recorde histórico. Contra todos os alertas sobre a pandemia, o "pastor" insistiu na ação criminosa!

Covid ceifou 11 milhões de empregos no Brasil

Ilustração: Ben Wiseman
Por Altamiro Borges

Estudo divulgado nesta segunda-feira (25) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que a pandemia da Covid-19 no Brasil teve impacto negativo sobre o emprego quase duas vezes superior à média mundial. De acordo com o levantamento, as perdas no país equivalem a 11,1 milhões de postos de trabalho, o quarto número mais elevado do mundo em termos absolutos.

Como explica Jamil Chade em artigo publicado na Folha, “esse número inclui as pessoas que foram demitidas, as pessoas que abandonaram o mercado de trabalho e aquelas que tiveram suas horas de trabalho reduzidas. Os dados brasileiros revelam um tombo bem maior que a média global”. Em termos de horas trabalhadas, a perda foi de 15%.

Falta de oxigênio pode afetar outros estados

Bolsonaro no embalo do "bum bum tam tam"

A pandemia e o genocida. Impeachment já!

FSM-2021: Luta democrática e comunicação

A importância do Fórum Social Mundial​-2021

Impeachment: Bolsonaro pode cair?

Milhões vão passar fome. “E daí?”

Bolsonaro, inferno na terra
Por Fernando Brito, em seu blog:


Pesquisa Datafolha, com resultados divulgados hoje, mostra que 40% dos brasileiros (86 milhões de pessoas) receberam uma ou mais parcelas do auxílio emergencial e, deles, 69% não têm mais nenhuma renda com que contar.

Isto é, perto de 60 milhões de pessoas estão chegando ao fim de janeiro sem qualquer renda, alguns ainda tendo como saída o que puderam guardar das “vacas gordas” que lhes foram os R$ 600 e depois a metade disso, do ano que passou ou que ainda têm alguma parcela atrasada para “rapar o tacho”.

Um pouco menos, perto de 43 milhões, se considerarmos o que já relatavam perda de renda na pesquisa. Ou, ao contrário, um pouco mais, pois a pesquisa é feita pelo celular e isso provoca distorções.

Bolsonaro entra no seu inferno astral

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


Os cenários econômicos brasileiros, e a formação de expectativas, são definidas da seguinte maneira:

1. O mercado dá o tema, impreterivelmente em cima de expectativas de curtíssimo prazo, uma frase de Bolsonaro, uma reafirmação da Lei do Teto, uma promessa de reforma, um avanço no negócio da privatização, um conjunto de irrelevâncias, que nada diz sobre o cenário real da economia.

2. A imprensa repercute, sem nenhuma visão de conjunto, em uma mediocrização pouco vista em 50 anos de história do jornalismo econômico brasileiro. Tratam cada episódio como se fosse decisivo, quanto muito, influenciam apenas o próximo vencimento de opções.

3. Em cima desse efeito manada, os verdadeiros estrategistas deitam e rolam. Eles analisam os temas centrais e, a partir deles, traçam uma linha de médio prazo, sobre o que pode acontecer com a economia. Traçada a linha, vão comendo pelas bordas, comprando quando os indicadores estão abaixo da linha, vendendo quando acima.

Quais os pontos relevantes a se considerar (há muito tempo, saliente-se)?

Inimigos da humanidade merecem a Haia

Por Marcelo Zero

Bolsonaro não é apenas um grave problema para o Brasil e os brasileiros.

Ele é grave ameaça ao planeta e à humanidade.

No início, ele era visto como uma ameaça global “apenas” por causa de seu ativo antiambientalismo.

Ele e Ricardo Salles se dedicaram a “abrir a porteira” para o “deixa queimar”. Viam e veem as questões ambientais, que afetam todo o planeta, como uma espécie de “frescura” de país desenvolvido, que atrapalha a ocupação predatória da Amazônia e outras regiões do país.

Mais recentemente, no entanto, ele e seu governo passaram a ser vistos também como grave ameaça sanitária global, em razão do total descontrole da epidemia no Brasil.

Esse descontrole tem levado ao surgimento de variantes mais agressivas do coronavírus, o que preocupa muito outros governos do planeta.

Faustão vai deixar a Globo. O que houve?


Por Altamiro Borges


Após 32 anos no comando do programa “Domingão do Faustão”, o apresentador Fausto Silva confirmou nesta segunda-feira (25) que deixará a TV Globo até o final de 2021. A notícia agitou as redes sociais. De imediato, o império midiático afirmou em nota que a saída foi uma “decisão do apresentador” e que “só cabe respeitar e aplaudir a história que ele construiu” na emissora.

Mas há controvérsias sobre a razão da saída. Como aponta Mauricio Stycer no UOL, “a informação oficial difere parcialmente da justificativa, apresentada pelos colunistas Flavio Ricco e Daniel Castro, de que Faustão não teria aceitado a proposta de fazer um programa semanal às quintas-feiras, em 2022, tendo preferido encerrar o contrato no final deste ano”.

Centrão já comemora a eleição de Arthur Lira

Por Altamiro Borges

A turma do Centrão já dá como certa a vitória de Arthur Lira (PP-AL), o candidato de Jair Bolsonaro e das milícias de ultradireita, na disputa pela presidência da Câmara Federal, em 1º de fevereiro. Em entrevista à revista Época, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, disse em tom arrogante que considera "a eleição resolvida".

Nas contas da velha raposa política, "Arthur já está com mais de 300 votos. Agora temos o apoio do PSL. E tem ainda o DEM que não formalizou apoio ao bloco dele [Baleia Rossi, do MDB). Resta saber se o Baleia vai desistir". Pode ser jogo de cena do chefão do PP, mas é bom ficar esperto e não subestimar o inimigo – que é ardiloso e conta com inúmeros recursos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Zara e 3M também fecham unidades e demitem

Por Altamiro Borges

Depois da Ford, que fechou três fábricas, encerrou suas atividades no Brasil e demitiu 6 mil operários, outras empresas seguem o mesmo trágico caminho – o que enterra as bravatas do ministro Paulo Guedes sobre a “retomada em V” da economia. Agora, 3M e Zara anunciam o fechamento de unidades de trabalho.

Segundo notinha da Folha, publicada na sexta-feira (22), "a multinacional 3M anunciou que irá fechar sua fábrica em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, até o meio do ano. Com isso, 120 funcionários serão demitidos. A produção local, voltada ao segmento odontológico, será transferida para Sumaré, também no interior paulista".

A tragédia no Amazonas e a crise política

As condições jurídicas para o impeachment

Seis mil ficam sem emprego com saída da Ford

A estética bizarra do bolsonarismo

Por que a saúde de Manaus entrou em colapso?

A lógica absurda de Miriam Leitão

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro) ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.

Os nossos dramas atuais

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Volto a falar da nossa conturbada conjuntura política e econômica. O político prevalece sobre o econômico, como de costume. Mais do que de costume. A razão é que o Brasil tem um governo excepcionalmente inepto, que funciona como entrave para a economia em todas ou quase todas as áreas relevantes. O Brasil é o último dos países do G20 (o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo e a União Europeia) ainda governado por um trumpista. No mundo inteiro, inclusive e notadamente nos Estados Unidos, a onda de extrema-direita dos últimos anos começou a refluir.

Falando sério sobre a terra de Simón Bolívar

Por Bepe Damasco, em seu blog:

As imagens de caminhões venezuelanos cruzando a fronteira brasileira, para levar oxigênio e impedir que mais pessoas morram asfixiadas, e o acordo inédito e histórico que o governo do presidente Nicolás Maduro fez com a CUT, CTB e centrais sindicais visando a ampliação do fornecimento desse insumo essencial à vida, levantam pontos importantes de reflexão sobre o país vizinho.

Vale destacar que o exercício genuíno da solidariedade entre os povos latino-americanos prevaleceu sobre os ataques sistemáticos do governo neofascista brasileiro à soberania da Venezuela.

Até de força-tarefa golpista na fronteira entre os dois países o governo Bolsonaro participou, bem como da “visita” acintosa e provocativa do então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima. Sem falar no apoio decidido do Itamaraty bolsonarista ao farsante Juan Guaidó.

Em Manaus, general Pazuello está desenganado

Por Fernando Brito, em seu blog:

Eduardo Pazuello foi para Manaus e, segundo sua própria assessoria, o ministro da “não tem voo de volta a Brasília”.

Oficialmente, claro, o presidente da República mandou-o comandar a ação do governo federal na crise sanitária amazonense até que ela esteja equacionada.

Na prática, manda o ministro para fora do alcance da grande mídia, impede-o de dar suas desastrosas entrevistas temperadas a coices e tenta evitar a iminente explosão de nervos que ele vem sinalizando.

O exílio manauara serve também para tentar tira-lo do furacão representado pelo pedido de abertura de inquérito feito pelo Ministério Público que deve ser aceito pelo STF e converter-se numa investigação policial.

A notícia-crime contra Pazuello e Bolsonaro

Por Altamiro Borges


O cerco vai se fechando contra os genocidas do Palácio do Planalto. A revista Época registrou que "o ministro Ricardo Lewandowski enviou nesta sexta-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime que pede a investigação de Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello por supostos crimes de prevaricação e exposição da vida de outras pessoas em risco".

Segundo a notinha, "o pedido foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela bancada do PCdoB na Câmara Federal. O partido solicitou investigação contra Bolsonaro e Pazuello pela falta de oxigênio em hospitais no Amazonas. Os parlamentares afirmaram que o presidente e o ministro fizeram pouco caso da crise".

domingo, 24 de janeiro de 2021

Bolsonaro leva maior tombo nas redes sociais


Por Altamiro Borges


O negacionismo do governo, que causa milhares de mortes por Covid-19, agora está fragilizando o bolsonarismo num terreno em que antes ele imperava: o das redes sociais. Levantamentos feitos pela revista Veja na edição desta semana mostram o tamanho do tombo do "capetão" e de suas milícias digitais com sua pulsão pela morte.

A matéria confirma que "a aposta de Jair Bolsonaro num discurso negacionista e que descredencia a eficácia das vacinas já provocou arranhões na imagem do presidente... O tombo foi tão grande que aliados do presidente não conseguiram emplacar nenhuma narrativa coesa em defesa do governo".

Bolsonaro já enfrenta “tempestade perfeita”

Os cenários para a crise que se aprofunda

Charge: Marcio Baraldi
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Os sinais já vinham desde a virada do ano.

Mas se agudizaram com o caos em Manaus e a incapacidade do governo federal de providenciar as vacinas... E os sinais vêm tanto do andar de baixo, quanto do andar de cima.

A Globo, via Merval Pereira, porta-voz da família Marinho, já apoiara o afastamento do presidente.

O Estadão, jornal que dialoga com parte da classe média paulistana e é gerido por um comitê de bancos, defendeu agora em editorial o afastamento imediato de Bolsonaro.

A Folha abriu espaço para uma (boa) reportagem mostrando com gráficos e tabelas todos os crimes e atos inconstitucionais de Bolsonaro, que ensejam o pedido de impeachment.

A elite econômica está atônita com a incapacidade do governo de estabelecer um horizonte razoável no combate à pandemia. Sem a vacina, comércio/serviços/turismo não voltam ao normal.

Impeachment: unir forças contra Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Desde que tomou posse como presidente da República, em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro acumulou, até hoje, 61 pedidos de impeachment. São 2.4 pedidos por mês, apresentados à Câmara dos Deputados – número que se acelerou visivelmente desde o início da pandemia, em março de 2020 – de lá pra cá são 54 pedidos, ou quase 5 por mês.

Há pedidos para todos os gostos, da esquerda à direita – incluindo partidos como o PCdoB, PT, PDT, e o direitista Novo. Na avaliação popular, diz a última pesquisa Exame/Ideia, sua aprovação despencou de 37% a 26%. Já o Datafolha indica que a reprovação do saltou de 32% para 40%. Sendo a maior queda de aprovação de Bolsonaro desde que ele assumiu a presidência da República Os números indicam que uma grande quantidade de eleitores que, iludidos com o discurso de uma política nova, deram a ele a vitória em 2018 se sentem traídos e agora lhe dão as costas.

O genocídio documentado de Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O crime de genocídio cometido por Bolsonaro e seus militares está documentado no estudo Mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à COVID-19 no Brasil, elaborado pelo CEPEDISA [Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário] da Faculdade de Saúde Pública da USP com a ONG Conectas Direitos Humanos, e coordenado pela professora da Faculdade de Saúde Pública da USP Deisy Ventura.

Este abrangente trabalho, publicado no Boletim Direitos na Pandemia nº 10 do CEPEDISA, catalogou e analisou 3.049 normas concernentes à pandemia expedidas pelo governo federal entre março de 2020 e janeiro de 2021, assim como declarações de agentes públicos acerca do tema, sobretudo o presidente Bolsonaro.

Para os autores, esta “inflação normativa reflete o descalabro da resposta brasileira à pandemia”, e “corrobora a ideia de que onde há o excesso de normas há pouco direito”.

“O que nossa pesquisa revelou é a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República”, concluem.

Governo Biden: De onde menos se espera...

Por Marcelo Zero

“De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”, dizia o sábio Barão de Itararé.

Para aqueles que esperavam que a política externa de Biden viesse a produzir avanços significativos em relação ao desastre de Trump, a audiência pública no Senado com Antony Blinken, próximo Secretário de Estado dos EUA, foi um balde de água fria, principalmente no que tange à América Latina.

Há a promessa, é claro, da mudança de métodos.

Blinken e Biden dizem querer colocar os “valores norte-americanos” da democracia e dos direitos humanos no centro da política externa norte-americana e liderar pela força do exemplo e não pelo emprego da força.

Prometem, assim, investir na diplomacia, na reconstrução de alianças e no multilateralismo.

Juram que usarão a força militar apenas como “último recurso”.

Crônica de um genocídio anunciado

Por Frei Betto, em seu site:


Tudo indica que o Brasil será o último país a ter a sua população imunizada contra a Covid-19 e, em breve, haverá de superar os EUA em número de mortos, devido ao descaso do governo Bolsonaro. Nesta terceira semana de janeiro, já temos mais de 112 mil vítimas fatais. A cada dia, mais de mil pessoas morrem contaminadas pelo coronavírus.

Bolsonaro sofre de tanatomania, tendência patológica de satisfação com a morte alheia. Agora a situação se agrava com a falta de oxigênio e leitos nos hospitais. Terrível paradoxo: falta oxigênio aos pacientes dos estados do Amazonas e do Pará, ambos na Amazônia, tida como pulmão do planeta. Muitos morrem por asfixia. E ironia do destino: Maduro, execrado pelo governo, reabastece o Amazonas de oxigênio.

Globo tenta desconstruir o monstro que pariu

Por Jair de Souza

Por quase 30 anos, Bolsonaro andou perambulando entre o baixo clero parlamentar, se envolvendo nas politiqueirias de baixo nível características desse segmento político, defendendo os interesses de grupos milicianos nas periferias do Rio de Janeiro, cuidando de garantir uma boquinha na política para cada um de seus filhos.

Sua presença e projeção em termos de política geral não ia além das declarações em favor da tortura e de torturadores que se esmerava em fazer toda vez que alguma câmara de televisão se aproximasse dele. Mas, em razão de sua absoluta insignificância, não eram muitas as que se dispunham a isso.

No entanto, tudo mudou a partir do momento em que a rede Globo e o conjunto das elites vinculadas aos interesses financeiros e imperialistas tomaram a decisão de eliminar o protagonismo do PT para que elas voltassem a assumir diretamente o controle do governo da nação, que haviam perdido em 2002.

As cinco tarefas estão sendo cumpridas

Por João Guilherme Vargas Netto


Quero fazer um balanço dos cinco pontos de concentração de tarefas determinadas unitariamente pelas direções das centrais sindicais em sua reunião do dia 5 de janeiro e que estão sendo cumpridas em toda a rede sindical.

Começo pela solidariedade social com o belo exemplo da iniciativa para ajudar na chegada urgente de oxigênio a Manaus. Depois da reunião do dirigente Sergio Nobre com Delcy Rodriguez, a vice-presidente da Venezuela, da reunião dos dirigentes com outras autoridades diplomáticas e industriais, o país irmão já nos mandou uma carga de cilindros e pretende fazer mais e nós estamos articulando a ajuda a eles com peças de reposição que estão em falta no país devido ao criminoso embargo norte-americano.

Estudo pode embasar pedido de impeachment

Bolsonaro e Pazuello sabotam as vacinas

A estratégia de propagação do coronavírus

Começou a vacinação. E agora?

Povo vai às ruas contra Bolsonaro

A desastrosa diplomacia de Bolsonaro

sábado, 23 de janeiro de 2021

Ataques à China afetam vacinação no Brasil

A pandemia e as trapalhadas de Bolsonaro

Fora Bolsonaro: impeachment já!

O combate ao trabalho escravo

Racismo e a elite do atraso no Brasil

Violência policial e juventude negra

Bolsonaro está cada vez mais isolado

Para entender o caos em Manaus

Não dá pra fugir do crime de responsabilidade

O futuro do Brasil com Biden na Casa Branca

O crime em Brumadinho faz dois anos

Pandemia, Bolsonaro e as Forças Armadas

O que Manaus está dizendo para o Brasil?

A cultura assassinada no Brasil

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Valor não acredita mais na “retomada em V”

Por Altamiro Borges

Adorador da agenda ultraneoliberal do rentista Paulo Guedes, o jornal Valor foi um dos que apostou suas fichas na "retomada em V" da economia brasileira - queda brusca seguida de crescimento acelerado. A torcida não durou muito tempo e agora até o veículo da cloaca burguesa já admite que o Brasil é "um país à deriva". O czar da economia é um desastre!

Em artigo publicado nesta sexta-feira (22), a colunista Claudia Safatle se mostra pessimista: "Há fortes indicações de que a recuperação em V foi curta, durou dois trimestres (terceiro e quarto trimestres de 2020) e perdeu fôlego. Um voo de galinha já bem conhecido dos brasileiros".