quinta-feira, 29 de março de 2018

O PSDB diante do atentado contra o Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O PSDB perdeu uma oportunidade histórica de se posicionar no campo democrático, na luta contra o fascismo e em defesa do Estado de Direito. O partido prova assumir uma trajetória não só hiper-conservadora, como também autoritária.

O partido tucano não condenou categoricamente o atentado contra Lula. Ao contrário: ou aplaudiu ou silenciou e se omitiu. O PSDB se mostrou dividido entre 2 facções.

Uma delas é integrada por dirigentes que aplaudiram o atentado terrorista. Neste agrupamento estão irmanados o presidente nacional e candidato presidencial pelo PSDB, Geraldo Alckmin, e o prefeito MBL João Dória.

Contra a escalada fascista, pela democracia

Foto: Mídia Ninja
Do Blog do Renato:

O Partido Comunista do Brasil repudia os atos de violência contra a caravana do ex-presidente Lula no sul do país ocorridos desde o seu início. Nesta terça-feira (27), no interior no Paraná, assumiu a feição de atentado político, “de emboscada”, quando dois ônibus que transportavam jornalistas e convidados foram atingidos por balas.

É inadmissível a leniência e a omissão dos governos estaduais e também do governo federal em garantir a segurança do ex-presidente e de sua comitiva, da qual também chegou a fazer parte a ex-presidenta Dilma Rousseff. As bárbaras agressões físicas e até ​com ​armas de fogo tentam impedir o direito constitucional de ir e vir de dois ex-presidentes da República.

Os cúmplices paulistas do atentado a Lula

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

O fato mais grave do dia não é o atentado a tiros à comitiva do presidente Lula, no Paraná.

O fato mais grave do dia é o aval que Geraldo Alckmin e João Doria deram à tentativa de homicídio do líder petista e seus companheiros.

Da disputa de narrativas sobre a morte – e a vida – de Marielle Franco, passamos, neste caso, à uma desfaçatez ainda maior. Agora a extrema-direita não está tentando fazer valer alguma calúnia de que Lula seria amigo de Marcinho VP ou se andava com bandidos.

Lula: 'O culpado desse ódio chama-se Globo'

Em Curitiba (PR), 28/3/18. Foto: Ricardo Stuckert
Da Rede Brasil Atual:

No ato que encerrou a quarta etapa da Caravana de Lula pelo Brasil em Curitiba, a defesa da democracia e a condenação aos atos de agressão sofridos pela comitiva do ex-presidente deram a tônica de vários dos discursos feitos na noite desta quarta-feira (28).

"Nós não podemos jamais nos dividir naquilo que é central. O Brasil vive há dois anos sob um comando golpista. Sofremos um golpe que, além de antidemocrático, tem um sentido antinacional, ressaltou a pré-candidata à presidência da República Manuela d'Ávila (PCdoB). "É o golpe da entrega do Brasil, do pré-sal, do congelamento dos investimentos sociais. Que pensa a partir da judicialização da política, para que Lula não possa concorrer às eleições."

Quem puxou gatilho contra Lula foi Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Ministério Público acolheu representação do Coletivo de Advogados pela Democracia (CAAD) contra dez suspeitos do atentado a bala contra o ex-presidente Lula. Foi fácil identificar os suspeitos através de grupos de whats app nos quais foi tramado o ataque ao ex-presidente. Todos os suspeitos são de grupos que apoiam Jair Bolsonaro.

Matéria da revista Brasil de Fato revelou uma coleção impressionante de prints de conversas dos criminosos em grupos de Whats App nos quais combinaram os ataques ao ex-presidente Lula e à sua comitiva.

“A culpa é do PT” até na hora de levar tiro

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Se alguém é assassinado neste país hoje ela será uma vítima ou a culpada de sua própria morte, a depender da raça, gênero, classe social, origem, orientação sexual e posição ideológica. Se for branco ou homem ou rico ou heterossexual ou de direita ou tudo isso junto será vítima. Se for negra ou pobre ou LGBT ou de esquerda ou tudo isso junto, “está colhendo o que plantou”.

Foi assim com Marielle e é assim com os ataques a bala contra a caravana do ex-presidente Lula. Felizmente, ninguém se feriu. Mas é preocupante que um governador de Estado do PSDB, adversário do petista, culpe a vítima pela violência sofrida, incitando a que haja mais violência ideológica. “Eles estão colhendo o que plantaram”, disse Geraldo Alckmin, ecoado pelo aliado João Doria. “O PT sempre utilizou da violência, agora sofreu da própria violência.”

Viver no Brasil está virando um calvário

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em qualquer país civilizado do mundo um atentado contra um ex-presidente da República seria motivo de comoção generalizada e objeto de repúdio por parte das forças políticas e da sociedade. Aqui não são poucos os que põem a culpa na vítima.

O bárbaro assassinato da vereadora Marielle Franco, trucidada por denunciar a violência praticada por agentes do Estado contra negros, pobres e favelados, e a chacina dos jovens de Maricá são retratos sem retoques do Brasil de hoje.
 

O novo codinome da privatização

Por Gilberto Bercovici e Felipe Coutinho, no site Carta Maior:

Pesquisa recente apontou que 70% dos brasileiros são contra a privatização da Petrobrás, enquanto 78% são contra o capital estrangeiro na companhia. (Folha de S.Paulo, 2018) Talvez por isso a atual direção da Petrobras evite usar a palavra “privatização”. Sob o eufemismo “parcerias e desinvestimentos”, o plano estratégico tem a meta de privatizar US$ 34,7 bilhões de ativos da estatal entre 2015 e 2018. (Petrobras, PNG 2017-2021, 2016) (Petrobras, PNG 2018-2022, 2018).

As privatizações têm sofrido questionamentos na Justiça e no Tribunal de Contas da União (TCU). Em março de 2017, a Petrobras divulgou que “adaptou o seu programa de desinvestimentos à sistemática aprovada pelo TCU”. A adaptação teve resultado sobre as vendas em andamento e não surtiu efeito sobre os projetos cujos contratos de compra e venda já haviam sido assinados.

Temer e a regulamentação da Lei da Grilagem

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

Em 15 de março de 2018 foram publicados os Decretos n. 9.309; 9.310; e 9.311, que regulamentam a Lei n. 13.465/2017, por sua vez derivada da Medida Provisória 759, de 22 de dez/2016, conhecida como a MP da Grilagem – sobre a qual já discutimos em artigo anterior. A lei derivada da MP expressa o projeto do atual governo em relação ao ordenamento territorial do país; enquanto os três decretos autorizam os órgãos públicos a por a mão na massa para executá-lo.

Deputados tentam calar o Sindifisco-MG

Do site do Sindifisco-MG:

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) está sendo processado por três deputados federais mineiros – Raquel Muniz, Mizael Varella e Diego Andrade – em razão da campanha publicitária contra a reforma da Previdência assinada pelo sindicato e veiculada em todo o Estado. Os deputados foram citados nas peças da campanha como parlamentares que apoiam a reforma, com base em levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).