quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Temer realiza expurgos no Planalto

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Em julho, o governo Michel Temer deu início a exonerações em massa na Esplanada dos Ministérios. Para abrir espaço e acomodar aliados da base, o governo decidiu retirar ocupantes de cerca de 2 mil cargos de confiança da gestão da presidenta Dilma Rousseff.

Na prática, a operação ganhou conotação de perseguição política. Isso porque, mesmo sob a condição de presidente interino, Michel Temer colocou, semanas antes, um auxiliar na Casa Civil, sob o comando do ministro Eliseu Padilha, para esmiuçar e investigar a ficha de nomeados e servidores tanto em cargos importantes como em postos estritamente técnicos.

Temer, Maia e a nova direita no poder

Por José Reinaldo Carvalho, em seu blog:

Desde o infausto dia 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados, ao protagonizar uma vergonhosa jornada de reacionarismo político, tomou a decisão primordial de desferir o golpe de Estado, a frente unida da direita brasileira, formada por PSDB, PMDB, DEM, PSD, PSB, PPS e o mal chamado Centrão, toma impulso na agressão à democracia e à própria instituição parlamentar, numa sucessão vertiginosa de ações.

Pelo fomento à comunicação alternativa

Por Jamil Murad

Vivemos um período de centralização e grande poderio dos enormes conglomerados midiáticos que defendem interesses próprios. A concentração dos meios de comunicação impede a diversidade informativa e cultural e afeta a democracia.

É preciso fazer mais do que a denúncia do monopólio da mídia. O Estado pode e deve contribuir com outros importantes setores da comunicação, como a comunitária e alternativa.

A comunicação comunitária na cidade de São Paulo é riquíssima, conta com rádios e jornais comunitários que ajudam a formar a identidade cultural de nossa metrópole. Assim como a mídia alternativa que ultimamente tem cumprido fundamental papel para arejar o debate que muitos vezes é interditado pelas empresas que formam os monopólios de comunicação.

Mídia e Lava-Jato assassinam reputações

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Noticia a Folha que a Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito que investigava o senador Humberto Costa, do PT. Trecho da matéria:

(...) a delegada da PF Graziela Machado da Costa Silva e Silva afirma que o pedido de arquivamento se deu por falta de provas que comprovem "configuração de solicitação e/ou recebimento de vantagem indevida".

"Sendo assim, esgotadas as diligências vislumbradas por esta autoridade policial, não foi possível apontar os indícios suficientes de autoria e materialidade a corroborar as assertivas do colaborador Paulo Roberto Costa", justificou.


Movimentos de uma democracia incompleta

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Brasil é o país dos extremos, vítima de movimentos pendulares radicais.

Determinadas tendências vão se radicalizando pela inércia, sem que sejam contidas por fatores moderadores. Quando assumem proporções intoleráveis, são sucedidas por movimentos contrários que, primeiro corrigem os excessos anteriores para, depois, promoverem sua própria radicalização. E não há freios, amortecedores para reduzir a intensidade desses movimentos.

A corrupção e a seletividade da mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na noite da segunda-feira (8), em São Paulo, o jornalista Paulo Moreira Leite e o advogado Ricardo Gebrim, da coordenação da Consulta Popular, participaram de debate sobre mídia, política e corrupção no Brasil. Segundo eles, a seletividade dos grandes meios de comunicação na cobertura e denúncia de casos de corrupção é um grave problema para a democracia e serve a interesses estritamente privados.

Temer e o desmonte das políticas sociais

Por Patrus Ananias, na revista Teoria e Debate:

Os mais duros críticos da obra de Karl Marx são os que melhor atestam na prática a procedência de algumas de suas afirmações. A que diz respeito ao primado do econômico, por exemplo. As questões políticas e sociais se submetem de forma abusivamente explícita às exigências cada vez mais impositivas de poderosos interesses econômicos e que muito bem se utilizam de uma estranha e ardilosa entidade: o mercado todo-poderoso, cada dia mais personificado, quando não divinizado. O mercado, oráculo incontrastável dos nossos tempos, envia sinais que se tornam ordens inquestionáveis independentemente de suas consequências sociais e humanas; o mercado age, reage, fica calmo ou fica nervoso segundo as circunstâncias; direciona a aplicação dos recursos; estabiliza ou desestabiliza, à luz de seus critérios e conveniências sempre enigmáticos, governos e sociedades, pelo menos por algum tempo – o tempo do ganho, do lucro dos que querem controlar pelo dinheiro os destinos dos povos e da humanidade.

A relevância da EBC para a democracia

Do site do FNDC:

Fortalecer a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é garantir que o Brasil possa continuar construindo sua experiência de comunicação pública a partir da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal previstos na Constituição Federal. Essa foi mensagem que a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, passou aos participantes do seminário realizado pelo Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional para discutir o papel da EBC e da comunicação pública no país, na última segunda-feira (8/8).

Centrais convocam protesto nacional

Do site da CTB:

As principais centrais sindicais brasileiras organizam para a próxima terça-feira (16) um grande ato em defesa do emprego e das garantias de direitos da classe trabalhadora. A mobilização ocorerrá em todo o país e, em São Paulo, se reunirá na avenida Paulista, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a partir das 10 horas.

O fascismo, o rabo e o cachorro

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O fascismo vive, historicamente, de grande absurdos e de um processo crescente, paroxístico, de negação da realidade, que troca a verdade por um determinado paradigma mítico que a substitui na mentalidade dos povos, levando-os a cometer supremas imbecilidades.

O movimento que levou Mussolini ao poder, baseava-se, entre outras coisas, na ideia de que um dos povos mais misturados do planeta, nos últimos dois mil anos, o italiano, situado no encontro de todas as esquinas do mundo - a África e a Europa, o Oriente e o Ocidente, o Leste e o Oeste - fosse descendente puro dos romanos - já então miscigenados de escravos e bárbaros por gerações - que habitaram a Península Itálica há 2.000 anos.

A derrota da censura na Rio-16

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

O início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, foram marcados por cenas de brutalidades e autoritarismo por parte da Polícia em relação ao público que tentou se manifestar contra o golpe em curso no Brasil.

Ao contrário do que aconteceu durante a Copa do Mundo, quando a grande mídia amplificou os insultos, de cunho machista, que a presidenta Dilma sofreu por parte de quem estava (nos lugares mais caros) na estréia da seleção brasileira, o golpe perpetrado pelas elites conta com todo aparato policial para reprimir quem levante um simples cartaz com os dizeres “Fora Temer”.