domingo, 16 de dezembro de 2018

Um Berlusconi é demais. Seis, então...

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

Durante os dez anos em que morou e trabalhou na Europa, o jornalista paulista Pablo Guelli via ''os desmandos dos jornais e TVs do Berlusconi - ou seja, praticamente de todo noticiário vindo da Itália", ele diz. Começou então a pensar em fazer e escrever o roteiro de um documentário, um filme que mostrasse a absurda concentração dessa indústria da informação nas mãos de uma oligarquia restrita como ocorre no Brasil.

Agora, quatro anos depois, Guelli, de 43 anos, chega à finalização do seu documentário sobre esse tema com o título mais do que inquietante: O país dos seis Berlusconis. ''Me pareceu uma analogia pertinente'', ele ressalta durante a entrevista à Carta Maior, por email.

Carta de Lula aos médicos cubanos

Do site Lula:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou neste fim de semana uma carta aos médicos cubanos que participaram nos últimos anos do programa Mais Médicos no Brasil. No texto de agradecimento, Lula reconhece os laços criados entre os profissionais de saúde e as comunidades mais pobres do país, que antes do programa conviviam com a falta de atenção básica. “Que coisa bonita uma ilha latino-americana que exporta médicos para o mundo. Muito melhor do que países ricos que exportam soldados e derrubam bombas em comunidades pobres. Cuba exporta vida, carinho, saúde”, escreveu Lula. Leia a íntegra da carta:

Consumismo, pesadelo sem fim?

Por William Mebane, no site Outras Palavras:

Os primeiros bens genéricos foram aqueles baseados em um único modelo universal. O modelo preto T, da Ford, é o exemplo clássico. A produção em massa permitiu uma enorme economia de escala e com redução de custos nunca antes realizada. A função básica do transporte rodoviário de pessoas foi satisfeita.Mas empresas temiam que, com produtos genéricos, todas as necessidades seriam logo satisfeitas e pouco restaria para produzir. Um primeiro passo para superar isso foi a introdução de mais escolhas, de acordo com a capacidade de compra. Uma grande diferenciação de produtos foi introduzida por meio das diferenças de preço e qualidade.

Os ataques aos direitos humanos na rede

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Em audiência pública realizada nesta quinta-feira (13) na Comissão de Direitos Humanos do Senado, em Brasília (DF), especialistas de diferentes entidades compartilharam preocupações com o contexto de disseminação de informações falsas e ataques aos direitos humanos em redes sociais.

A ONG SaferNet Brasil, por exemplo, recebeu, desde 2005, mais de 2 milhões de denúncias envolvendo crimes de ódio. O avanço da extrema direita no país também se refletiu nas redes: somente no período do segundo turno das eleições presidenciais deste ano a entidade registrou 39 mil denúncias.

O Brasil embrenha-se na selva

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Não, não vou falar de Lord Keynes. A memória do grande pensador inglês é de exclusiva competência do professor Belluzzo, neste momento indignado nos precórdios com a presença do presidente eleito na festa da vitória do Palmeiras no Brasileirão. Eu, torcedor palestrino nos meus tempos escolares, lamento que a taça tenha sido erguida pelo tonitruante capitão, bem como as suaves carícias recebidas por ele de Luís Felipe Scolari.

A relação de Bolsonaro com o Congresso

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O presidente eleito, sob o argumento de que a estrutura partidária está viciada e só age à base do toma lá dá cá, fez campanha prometendo que não negociaria com os partidos a formação de seu governo, mas, tão logo eleito, passou a negociar indicações com as bancadas informais, temáticas ou transversais, que se articulam no Congresso para a defesa de interesses setoriais.

Na formação do primeiro escalão de seu governo, aparentemente foi coerente, na medida em que não consultou os partidos nos casos em que recrutou filiados em alguns deles. Entretanto, há três equívocos nesse raciocínio, que precisam ser explicitados, além de mostrar a mistificação retórica que isso representa.

Eduardo Bolsonaro, o idiota diplomático

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – um tosco na corte de Rio Branco

O titulo do artigo foi tomado emprestado de um clássico do continente, o "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano".

As sandices ditas por Eduardo Bolsonaro no Twitter seriam apenas isso: sandices de um palpiteiro de rede social, não fosse a circunstância de que se trata do responsável, de fato, pela política externa brasileira, por herança paterna. É um completo sem-noção, inclusive sobre o peso da palavra de quem se tornou o chanceler de fato.