terça-feira, 12 de março de 2019

Adeus à privacidade doméstica?

Por Rôney Rodrigues, no site Outras Palavras:

Em janeiro de 2018, duas mulheres foram assassinadas em New Hampshire, nos EUA, e, com base na análise de câmeras de segurança, Timothy Verrill foi acusado pelo duplo homicídio. No entanto, o que gerou polêmica no caso foi a decisão do juiz de convocar uma inusitada testemunha: Alexa, a assistente virtual inteligente da Amazon. Um Echo (alto-falante controlado por comandos de voz) encontrado na cena do crime pode conter provas que ajudem a elucidar a autoria e a motivação dos assassinatos. O juiz demandou que a Amazon entregue as gravações, porém a empresa alegou que não disponibilizará informações de seus usuários “sem uma demanda legal válida”, alegando ser contra solicitações “excessivas ou inapropriadas”. O julgamento de Verrill começa em maio desse ano.

MEC em pé de guerra: Vélez x Olavo

Por Ana Luiza Basílio, na revista CartaCapital:

O Ministério da Educação anunciou nesta terça-feira, 12, a saída de mais um nome – e de peso: Luíz Antônio Tozi, secretário-executivo da pasta, detentor do segundo cargo mais alto, depois do ministro Ricardo Vélez Rodriguez. O afastamento foi publicado pelo próprio Vélez em sua conta no Twitter.

“Dando sequência às mudanças necessárias, agradecemos a Luís Antônio Tozi pelo empenho de suas funções no MEC e transferimos sua missão de secretário-executivo a Rubens Barreto da Silva, que ocupava o cargo de secretário-executivo adjunto”, publicou o ministro da Educação.

Ronnie Lessa mata por dinheiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Preocupante a menção que se fez, na entrevista dos membros do Ministério Público, a que o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes tenha sido “um crime de ódio”.

Ora, é claro que pode e até deve haver ódio num crime, ainda mais um bárbaro como este.

Mas Ronnie Lessa, o milionário sargento da PM, não ficou rico, a ponto de ter apartamento, casa, carro e lancha de luxo matando, se me perdoam o paradoxo, “por amor”.

Paulo Guedes e a administração pública

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Paulo Guedes é um homem inteligente. É dono de um PhD em Economia pela Universidade de Chicago, uma das mais renomadas do mundo, e ex-professor da PUC do Rio e FGV, duas das mais prestigiosas escolas de economia do Brasil, e pode se gabar de seus dotes acadêmicos.

Sendo um dos fundadores do banco Pactual e com atuação destacada no mercado financeiro – ainda que envolta em alguns episódios nebulosos –, Guedes pode se gabar de ser um homem rico.

Bolsonaro e o assassinato de Marielle Franco

Por Luis Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:

O assassinato de Marielle Franco está batendo na porta de Jair Bolsonaro. Não cabe antecipar resultado de investigações, mas parece restar pouca margem de dúvida quanto ao fato de que os envolvidos na execução pertencem ao círculo do presidente da República. E, tendo em vista toda a folha corrida já conhecida, quem poderia se dizer honestamente surpreendido caso fosse demonstrada uma participação ainda mais direta dele ou de seus filhos?‬

Previdência, idade e produtividade

Por Humberto Lima, no site Brasil Debate:

Um dos argumentos mais recorrentes a favor da reforma da previdência é o do envelhecimento da população. De fato, em 1983, havia 9,2 brasileiros em idade ativa (entre 15 e 60 anos) para cada brasileiro idoso (acima de 60 anos). Em 2018, segundo estimativa do IBGE, essa proporção caiu para 5,2. Em 2050, ainda de acordo com o IBGE, haverá no Brasil apenas 2 pessoas em idade ativa para cada pessoa com mais de 60 anos.