domingo, 8 de março de 2020

Petardo: O caos na economia e os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na cavalgada golpista contra Dilma Rousseff, o traíra Michel Temer, os rentistas e a mídia venal garantiram que bastava derrubá-la para a economia voltar a crescer. As antas do site Antagonista até alardearam que o PIB dobraria logo após a deposição ilegal da presidenta. E teve midiota que acreditou...

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Logo após o golpe do impeachment, em pleno covil de Michel Temer, os mesmos picaretas juraram que bastava fazer a tal "reforma trabalhista" que o desemprego despencaria, o salário aumentaria, o consumo bombaria e a economia voltaria a crescer. E teve midiota que acreditou novamente...

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Chocado o ovo da serpente fascista, que resultou na eleição de Bolsonaro, os abutres financeiros e a mídia rentista prometeram que "agora vai". Que bastava Paulo Guedes fazer a tal "reforma da Previdência" para a economia deslanchar. E ainda teve midiota que acreditou... É ser muito panaca!

Reagir à altura às ameaças de Bolsonaro

Um Dia da Mulher contra o bolsonarismo

Editorial do site Vermelho:

O Dia Internacional da Mulher neste 8 de março de 2020 transcorre em uma conjuntura de retrocessos que remontam à origem dessa celebração. A luta pelos direitos e emancipação das mulheres se eleva diante da realidade imposta desde o início da presente crise do capitalismo. Ao jogar o seu ônus nos ombros da classe trabalhadora, o sistema faz as mulheres sofrerem o maior impacto.

Bolsonaro é “desordem e fracasso”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Jair Bolsonaro ganhou a eleição presidencial como um “franco atirador”, sem nenhuma estrutura política que o aprisionasse a compromissos, mas fez questão, desde o início, de ser o líder da matilha, não o presidente de todos.

Jair Bolsonaro tinha um Congresso quase sem oposição, onde os partidos de centro-esquerda e de esquerda mal passavam de 20% das cadeiras. Teve todo o apoio do Centrão para seu projeto inicial, a reforma da Previdência, mas conseguiu rachar até o bloco bolsonarista.

Brigou com aliados, com a imprensa que era dócil, brigou com os chefes de Estado do mundo inteiro, nem, claro, seu herói Trump.

O bolsonarismo à luz de Hannah Arendt

Por Leonardo Avritzer, no site A terra é redonda:

Circularam nas redes sociais, neste início de ano, algumas interpretações equivocadas acerca do argumento arendtiano presente em um de seus principais livros: As origens do totalitarismo (Companhia das Letras). No Brasil da polarização das redes sociais, o resgate do argumento de Hannah Arendt acerca do totalitarismo se deu pelos motivos mais pedestres possíveis.

Depois do vídeo do discípulo de Goebbels de plantão na Secretaria Nacional de Cultura, usou-se Arendt para afirmar que o socialismo, na sua versão estalinista, é tão ruim quanto o nazismo. Cada uma das experiências totalitárias produziu mortos e fortes restrições na liberdade, o que dificulta discordâncias com esse tipo de afirmação. Entretanto, essa recepção de Hannah Arendt, comum desde a publicação de As origens do totalitarismo e está ligada à situação de Guerra Fria, é uma recepção equivocada (vide entre outros Jeffrey Issac, Arendt, Camus and modern rebellion).

'Fake news': crença, razão e barbárie

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

A aceitação acrítica das fake news é um problema sério da contemporaneidade, que enfrenta cada vez mais o desafio do que se passou a chamar pós-verdade. É cada vez maior o número de pessoas que não estão interessadas em saber se a informação recebida corresponde ou não à realidade. Essas pessoas aferram-se a opiniões baseadas em suas crenças.

A crença tem uma conotação religiosa, espiritual, que se diferencia de conclusões ou previsões baseadas em fatos da realidade. Posso afirmar que, se eu largar um objeto, ele cairá no chão. O mesmo ocorrerá se outra pessoa fizer a mesma experiência. Não preciso conhecer a física newtoniana que explica o fenômeno, muito menos sua inaplicabilidade no mundo infinitesimal onde muda a coisa observada se mudar o observador, segundo demonstrou a física quântica.

Bolsonaro avança em seu plano ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em Roraima, durante escala desnecessária do voo aos EUA para se reunir com seu patrão imperial que ameaça com plano de agressão militar à Venezuela, o subserviente Bolsonaro fez gravíssimo ataque aos poderes de Estado do Brasil.

Discursando para uma claque bolsonarista montada na Base Aérea de Boa Vista, Estado de Roraima, Bolsonaro primeiro se vitimizou, dizendo ter sido chantageado com uma “facada no pescoço” no próprio gabinete presidencial “por pessoas que não pensam no Brasil, somente neles”.

Ele fez esta afirmação, porém, sem identificar quem seriam os eventuais chantagistas e sem mencionar as providências de Estado que seriam exigíveis em caso de atentado à instituição presidencial – caso isso de fato tivesse acontecido, mas que não parece ser o caso deste mentiroso contumaz.

Bolsonaro incentiva ato contra a democracia

Da Rede Brasil Atual:

“Presidente Jair Bolsonaro se pronunciou agora pouco em Roraima sobre as manifestações de 15 DE MARÇO. Assista”. Assim o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) introduziu nas redes sociais neste sábado (7) a fala do pai, o presidente Jair Bolsonaro, em evento público na capital do estado, Boa Vista, conclamando a população a participar dos atos que vão destinar críticas ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

CIDH critica ataques de Bolsonaro à imprensa

Por Comunicação da Delegação Brasileira na CIDH, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta sexta-feira, dia 6, entidades da sociedade civil brasileira denunciaram o governo Bolsonaro na 175ª audiência temática da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), por violações sistemáticas à liberdade de expressão no país, ataques à imprensa, censura às liberdades artística e cultural, sufocamento dos espaços de participação social e acesso à informação pública. Diante das denúncias, o governo brasileiro se limitou a negar as acusações, sem apresentar alternativas nem respostas concretas.

Um governo contra as mulheres

Por Jandira Feghali

São vários os temas que repercutem diretamente na vida das mulheres e que deveriam ser alvo de políticas públicas para reverter o quadro de desigualdades. Para cada um deles, diante de sua complexidade, a resposta do atual governo migra da omissão a propostas simplórias e sem qualquer possibilidade de êxito.

Há denúncias de abuso sexual? Vamos levar uma fábrica de calcinhas para salvar as meninas!

É preciso combater a gravidez precoce? Abstinência é a solução! Queremos proteger as mulheres da violência? Vamos zerar os repasses ao programa de combate à violência contra a mulher! As mulheres sofrem mais com o desemprego? Vamos incentivar a informalidade e negar-lhes a aposentadoria!

Aquele abraço do doutor Drauzio

Bolsonaro é inimigo das mulheres