domingo, 11 de outubro de 2020

O 'pornofilósofo' Olavo de Carvalho é multado

A tragédia do fim do auxílio emergencial

Por Altamiro Borges


"Em cenário considerado otimista, o Brasil ampliará em cerca de 16 milhões o total de pessoas consideradas pobres quando o auxílio emergencial pago aos mais vulneráveis terminar, no fim de 2020", informa a Folha, com base em projeções da FGV-Social. A desgraceira social, porém, deverá ser ainda bem maior.

"Esse contingente de 'novos pobres' ampliará para quase um terço os brasileiros que passarão a viver com menos de R$ 522,50 ao mês. O valor representa menos de meio salário mínimo e cerca de US$ 3 ao dia", aponta o jornal. Apesar da crônica da tragédia anunciada, Jair Bolsonaro já anunciou o fim do benefício.

Investimento público e ditadura das finanças

'Acabou a corrupção', diz o amigo do Queiroz

Venezuela sofre com o bloqueio econômico

A opção preferencial pela inteligência

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Os debates em torno da eleição que se aproxima parecem confirmar os piores diagnósticos sobre nosso tempo: há uma sedução pela superficialidade, para não dizer pela burrice.

De nada adianta acusar o governo Bolsonaro e tudo que ele representa de negacionista, terraplanista, ignorante e inimigo da ciência e do conhecimento, se na hora de reagir os métodos são os mesmos. Tanto internamente como em relação aos eleitores, as forças progressistas vêm batendo no peito três vezes para assumir sua dificuldade em ocupar os territórios reais e imaginários da extrema direita.

Sempre acusada de não fazer autocrítica, as esquerdas agora aceitam se culpar pelo seu eventual fracasso eleitoral, elegendo alguns repertórios questionáveis como o judas de seus perrengues.

Reforma trabalhista 'enquadra' Judiciário

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Em um mercado historicamente desestruturado, a “reforma” trabalhista de 2017 agravou os problemas, aumentou a insegurança e restringiu a ação do Judiciário. A análise é do professor José Dari Krein, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que na manhã desta quinta-feira (8) participou de painel do 20ª Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, promovido pelo Tribunal (TRT) da 15ª Região, no interior paulista. O tema do evento, que vai até amanhã, é a “Humanização nas Relações do Trabalho”. Confira aqui o link para inscrição e informações.

Bolsonaro e as trágicas marcas da pandemia

Editorial do site Vermelho:

O presidente Jair Bolsonaro ignora e naturaliza as trágicas marcas de 5 milhões de pessoas infectadas pela Covid-19 e de 150 mil mortos. Enquanto as famílias enlutadas enfrentam a perda de entes queridos, o presidente se move unicamente obcecado pelo seu ambicioso projeto de reeleição. Faz da Presidência da República uma espécie de comitê de campanha antecipada, visando o pleito de 2022, ignorando os problemas da nação.

'Boi Bombeiro' e o gado bolsonarista

Por Fernando Brito, em seu blog:

A defesa feita hoje pela Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, de que é a “queda” no tamanho dos rebanhos bovinos na região do Pantanal uma das responsáveis pelo recorde de incêndios naquele bioma, pois bois e vacas estariam deixando de “podar” o capim e, assim, facilitando a ignição da palha seca é mais uma das bobagens criadas pelo bolsonarismo, sem qualquer base científica, para procurar justificar a predação ambiental em nome da atividade econômica.

O STF e a nomeação de reitores

Por Luis Felipe Miguel

Sobre a decisão em curso no STF, relativa à nomeação de reitores: a Folha de S. Paulo, que não julgou necessário noticiar o assunto, ainda assim deu espaço para o petardo de um questionável deputado bolsonarista, dizendo que "Fachin, eleito por ninguém, legisla".

A usurpação de funções legislativas pelo Judiciário é, de fato um grave problema, mesmo quando as medidas são mais progressistas do que aquelas que o Congresso tomaria. Fere o princípio da soberania popular - não que ele valha um tostão furado no Brasil.

Os tempos que virão e os ventos que soprarão

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Não ouviremos mais a voz do ministro Celso de Mello nas sessões do STF, especialmente firme quando ele exaltava o primado da Constituição e da democracia, a sujeição de todos ao rigor da lei e a independência do Judiciário.

Nesta quinta-feira ele despediu-se da corte onde passou 31 anos, com o longo voto em defesa de sua determinação para que o presidente da República preste depoimento presdencial sobre o caso Moro.

A sessão ainda transcorre quando escrevo mas o que quero destacar são as palavras graves que disse na quarta-feira, ao receber homenagem dos colegas em sessão virtual.