quarta-feira, 25 de abril de 2018

Temer enterra a comunicação pública

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), as demais organizações e personalidades que assinam esta nota vêm a público manifestar seu repúdio à decisão do Conselho de Administração (Consad) da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que determina que a Agência Brasil passe a produzir apenas conteúdo estatal. Essa medida sepulta de vez o caráter público da EBC.

A alteração consta de um documento apresentado na reunião desta segunda-feira (23), que faz um “realinhamento da estratégia” da EBC, dando seguimento ao processo de desmonte da comunicação pública iniciado pelo governo ilegítimo de Michel Temer, com a intervenção que ocorreu imediatamente após o golpe de 2016.

Lula, Bolsonaro e os detalhes do Datafolha

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A análise mais aprofundada dos números do Datafolha (para além das manchetes e da torcida ridícula contra Lula, nos jornais golpistas) indica alguns dados importantes. Pouca gente se debruçou sobre os dados, que podem ser consultados neste link.

Como são muitos os cenários na pesquisa, vamos basear nossa análise aqui no cenário C de primeiro turno (com Lula/Bolsonaro/Marina/Barbosa/Alckmin/Ciro e outros) – sugiro a leitura das páginas 30 e 35 do relatório completo do Datafolha, acima linkado.

A Casa Grande quer mais golpe!

Ibope/SP: Lula é líder; Alckmin afunda mais

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Ibope divulgou pesquisa, encomendada pela Rede Bandeirantes, sondando a intenção de votos dos paulistas para Governador e para Presidente.

Só há um ponto em que quaisquer análises vão coincidir: a situação de Geraldo Alckmin é desesperadora. Empatado com Bolsonaro, seis pontos atrás de Lula, que lidera com 20 pontos.

Sem Lula na disputa, melhora apenas um ponto. Portanto, nada e ainda fica atrás de Bolsonaro.

A Globo e sua fábrica de narrativas

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Venho utilizando o termo “fábrica de narrativas” para tratar da atuação da grande imprensa na crise brasileira contemporânea. Talvez este seja um dos aspectos mais importantes da crise: nunca antes na história do Brasil a imprensa foi player tão relevante no jogo político.

Isso não significa poder absoluto de manipulação. As pessoas não são gado. O público não é rebanho que simplesmente segue a toada da narrativa midiática. É certo que a imprensa hegemônica tenta pautar a opinião pública, conduzir a crise, mas sua eficiência é limitada. É essa tensão entre tentativas e limites o tema deste ensaio.

STF confronta Moro e Lava-Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com um faro inegável para apontar sinais de perigo para os interesses que defende, o colunista Merval Pereira, do Globo, definiu a decisão da Segunda Turma do STF, que retirou as delações premiadas de executivos da Odebrecht sobre o sítio de Atibaia das mãos de Sérgio Moro como um "Precedente Perigoso". Ele sabe do que está falando. Mas resta uma discussão: perigoso para quem? A resposta é simples: depende do ponto de vista.

Golpe chega ao seu prato de comida


O momento é grave.

Após mais de um ano sem se reunir, a Comissão Especial sobre o PL6299/2002 convocou reunião para amanhã (25/04). A pauta tem ponto único: Discussão e votação do parecer do relator, Deputado ruralista Luiz Nishimori (PR/PR). Apesar de não sabermos o conteúdo do relatório, já sabemos que será favorável à destruição da atual lei de agrotóxicos. Além disso, com maioria ruralista, a Comissão deve aprovar o relatório com folga.

Temer, presidente 'decorativo'?

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Michel Temer ficou em silêncio sobre a prisão de Lula e de seus amigos José Yunes e Coronel Lima. Antes, não havia se manifestado sobre o julgamento do habeas corpus do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal e a respeito do debate das prisões em segunda instância. Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, o emedebista até se posicionou, mas apenas para reiterar a defesa da intervenção federal no Rio de Janeiro.

STF desloca Moro e Globo reage furiosa

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A Globo reagiu com um jornalismo-lixo à decisão da segunda turma do stf de tirar das mãos do Moro as delações contra Lula, para transferi-las para a jurisdição devida, que é a justiça federal em SP.

O jornal nacional dedicou 14 segundos para a formalidade de comunicar a decisão do stf e, em seguida, dinamitou Lula durante quase 8 minutos numa reportagem enviesada e acusatória – uma proporção 35 vezes maior de tempo televisivo para acusar e condenar do que o tempo televisivo para comunicar formalmente o fato [a decisão do stf favorável a Lula].

Barbosa pode ser o candidato do desespero

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Nenhuma pessoa com quem tenho falado é capaz de dizer qualquer coisa sobre Joaquim Barbosa, além do fato de ele ter sido presidente do STF e o relator do mensalão do PT que mandou a cúpula do partido para a cadeia.

A mesma dificuldade enfrentam meus colegas colunistas que se encantaram com a figura, apesar de ele ainda não ter assumido a candidatura nem se manifestado sobre os seus planos.

Alguém sabe o que ele fazia antes de ser indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal?

Costuras no centro do tabuleiro político

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O desespero das chamadas forças de centro-direita aumenta a cada pesquisa apontando o risco de ficar fora do segundo turno com sua dispersão entre tantos candidatos. Neste final de semana circulou a pesquisa do Datapoder360, instituto nascente do site Poder360, que fechou o foco da consulta estimulada nos sete candidatos hoje mais competitivos, os que vêm obtendo mais de 5% nas sondagens, excluindo Lula. Joaquim Barbosa ficou em segundo lugar, com 16%, atrás de Bolsonaro, com 22%. Ele derrotaria, em eventual segundo turno, tanto o deputado ultradireitista (37% a 32%) como o tucano Geraldo Alckmin (41% a 18%). Diante de mais este aviso, o PSDB vai acelerar as articulações com outros partidos e candidatos do mesmo campo em busca de uma convergência, o que significaria a desistência de alguns em favor de Geraldo Alckmin.

Aécio ficou só, enquanto Dilma é aplaudida

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

O escritor e jornalista Gabriel García Márquez bronqueava com títulos jornalísticos que parafraseiam títulos de livros dele. O colombiano depreciava-os como um velório da criatividade. No princípio, vá lá, talvez soassem como sacadas espertas as variações em torno de Cem anos de solidão, Crônica de uma morte anunciada, O general em seu labirinto e Ninguém escreve ao coronel (tradução da edição brasileira, com inversão do sujeito, melhor do que o original em castelhano El coronel no tiene quien le escriba). Logo as citações se repetiram demais, quedaram previsíveis, senilizaram.

Anastasia, o conseglieri do poderoso chefão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O filme “O Processo”, documentário da cineasta Maria Augusta Ramos, sobre o impeachment, tem dois personagens principais.

Um deles, falante, retórico, excepcional orador é o ex-Ministro José Eduardo Cardoso, sem o qual não teria sido possível nem o filme, nem o impeachment.

O outro, quieto, impassível, irredutível a qualquer argumento, o relator do pedido de admissibilidade da Comissão de Justiça do Senado, e principal artífice político do impeachment, Antonio Anastasia.