Por Altamiro Borges
Não é apenas a Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições ultradireitistas – que está demitindo seus jagunços bolsonaristas para se adaptar ao resultado das eleições e à necessidade de publicidade oficial. Ricardo Feltrin informa com exclusividade no site UOL que a RedeTV acaba de defecar um patético bajulador do “capetão”.
“Após dois anos, o jornalista e bolsonarista Luís Ernesto Lacombe foi demitido na sexta-feira (11) da RedeTV. Ele ainda apresentará o programa desta semana, mas, nos bastidores da TV, é dado como certo que Amanda Klein o substituirá com um programa no mesmo horário. Até a noite desta sexta-feira, emissários do jornalista e da emissora tentavam encontrar uma saída honrosa para ele”, descreve o colunista.
domingo, 13 de novembro de 2022
COP-27: Você espera algo?
Por Frei Betto, em seu site:
Eu não espero nada. Desde a Eco-92, no Rio, as promessas e os acordos entre chefes de Estado são primorosos! E nada sai do papel!
Alguém acredita que os países haverão de abandonar os combustíveis fósseis ((petróleo e derivados, gás natural e carvão mineral), que causam o aquecimento global, e adotar fontes renováveis de energia (sol, água, vento, biomassa) capazes de manter o aquecimento bem abaixo de 2ºC?
Em pleno Capitaloceno - a era da predominância do capital sobre os direitos humanos -, é ilusão imaginar que o sistema abdicará de seus lucros em favor da qualidade de vida da humanidade. A Agência Internacional de Energia projetou, há poucos dias, que a receita líquida dos produtores de petróleo e gás dobrará em 2022 “para US$ 4 trilhões sem precedentes”, ganho inesperado de US$ 2 trilhões!
Eu não espero nada. Desde a Eco-92, no Rio, as promessas e os acordos entre chefes de Estado são primorosos! E nada sai do papel!
Alguém acredita que os países haverão de abandonar os combustíveis fósseis ((petróleo e derivados, gás natural e carvão mineral), que causam o aquecimento global, e adotar fontes renováveis de energia (sol, água, vento, biomassa) capazes de manter o aquecimento bem abaixo de 2ºC?
Segundo a ONU, a Terra ainda aquecerá cerca de 2,5ºC neste século, superando, portanto, a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global bem abaixo de 2ºC.
Em pleno Capitaloceno - a era da predominância do capital sobre os direitos humanos -, é ilusão imaginar que o sistema abdicará de seus lucros em favor da qualidade de vida da humanidade. A Agência Internacional de Energia projetou, há poucos dias, que a receita líquida dos produtores de petróleo e gás dobrará em 2022 “para US$ 4 trilhões sem precedentes”, ganho inesperado de US$ 2 trilhões!
'Patriotas' são traídos por golpistas ricaços
Charge do Niniu |
Cumpre-se o que estava previsto desde o começo das arruaças golpistas. Não há patriotas com grife nas ruas e estradas. Eles são os incitadores. Mas estão saltando fora e abandonando seus soldados.
Médios e pequenos empresários, empurrados para atos golpistas por líderes nacionais do bolsonarismo, desafiam as leis, a Constituição e o TSE nas ruas sem que seus líderes milionários estejam por perto.
Tios e tias do zap acampados diante de quartéis foram abandonados pelos chefões que fizeram os chamamentos e custearam as aglomerações.
Incitadores e financiadores dos atos pela ditadura, muitos já identificados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Ministério Público, não mostram a cara nas ruas e agora se declaram democratas.
Quem ainda está na frente dos quartéis tem o direito de se sentir traído pelos incendiários que decidiram seguir.
Agora é acabar com a fome (outra vez)
Por Tatiana Carlotti, no site do Fórum-21:
Em 1º. de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva assumirá o comando de um país dividido entre 41,3% que sabem que irão comer esta noite; e os 58,7% que oscilam entre saber se vão ou não comer e os sintomas da fome, propriamente dita. Mais da metade do país, 125,2 milhões de pessoas não têm acesso regular à alimentação, foram vítimas das sucessivas ondas de desemprego e carestia, de pandemia com desmonte do Estado, de desgovernos Temer e Bolsonaro.
A esse contingente, que aguarda na porta das farmácias, das padarias, dos supermercados, Lula garantiu, em seu primeiro discurso como presidente eleito, na avenida Paulista, no último dia 30:
Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário. Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias. Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo.
A esse contingente, que aguarda na porta das farmácias, das padarias, dos supermercados, Lula garantiu, em seu primeiro discurso como presidente eleito, na avenida Paulista, no último dia 30:
Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário. Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias. Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo.
Governo Lula e a honra militar
Foto: Ricardo Stuckert |
As Forças Armadas brasileiras são incapazes de negar o uso do mar e do ar ao pérfido poderoso. Não podem dissuadir bloqueios ao comércio exterior brasileiro.
Se a disputa pela hegemonia na ordem mundial descambar para tiroteios na África e no Mediterrâneo, não podem impedir que Washington estabeleça uma cabeça de ponte no Nordeste.
Não lograriam evitar sabotagem cibernética que deixe a sociedade brasileira sem água, luz, combustível e comunicação. Sequer seus comandantes conversariam entre si seguros de não serem bisbilhotados.
Caso o Brasil não se alinhe aos objetivos do Pentágono, as Forças Armadas não teriam como garantir deslocamentos de tropas no território nacional: a manutenção de aviões e barcos seria interrompida.
Em resumo, pelas armas, o Brasil não sustenta política externa soberana.
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