quinta-feira, 31 de maio de 2018

Rádio Timbira na mira do clã Sarney

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Patrimônio do povo maranhense e símbolo dos esforços por uma comunicação mais democrática no estado, a Rádio Timbira recebeu a solidariedade de comunicadores e ativistas digitais de 17 estados do país, reunidos no 6º Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais. Durante o evento, que ocorreu nos dias 25 e 26 de maio, em São Paulo, foi aprovada uma moção de repúdio aos ataques que a emissora vem recebendo por parte da oligarquia Sarney.

Nós (...) repudiamos as recentes ameaças contra a liberdade de expressão e pluralidade de vozes que representaram os recentes anúncios de ações judiciais contra a emissora pública do Maranhão, a Rádio Timbira, e contra blogues independentes no estado.

Câmara aprova projeto de dados pessoais

Por Jonas Valente, no site do FNDC:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que prevê a criação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (PL 4.060, de 2012). O projeto disciplina a forma como informações são coletadas e tratadas, especialmente em meios digitais, como dados pessoais de cadastro ou até mesmo textos e fotos publicadas em redes sociais.

A matéria foi aprovada por unanimidade na noite de terça-feira (29) e foi encaminhada ao Senado.

Tá lá o PIB estendido no chão

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Os números das Contas Nacionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30) confirmam o que os brasileiros já vinham sentindo na pele: a economia continua estagnada, sem forças suficientes para engatar um ciclo de recuperação que consiga reverter as perdas da forte recessão do biênio 2015-2016.

Observando-se a evolução dos componentes do PIB pela ótica da demanda (veja no gráfico), percebe-se que, apesar do PIB ter crescido 1,2% no primeiro trimestre de 2018, quando comparado ao mesmo período do ano anterior a intensidade do crescimento foi menor do que vinha sendo registrada nos dois últimos trimestres de 2017 (1,4% e 2,1%).

Temer reduz grana dos programas sociais

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Para compensar a queda de 46 centavos no preço do diesel e o congelamento do valor do combustível pelos próximos 60 dias, Michel Temer reduziu benefícios fiscais a setores da economia, mas também cortou recursos em programas de saúde, educação, reforma agrária, ciência, além de cancelar iniciativas para mulheres, jovens e indígenas. Mais de 200 milhões de reais foram retirados apenas das três primeiras áreas.

O governo estima em 9,5 bilhões de reais o custo do programa para subsidiar a redução no preço do diesel e em 4 bilhões de reais a queda na arrecadação. Dos 46 centavos de desconto, 16 são referentes à redução de impostos que incidem sobre combustíveis e outros 30 à subvenção direta para a Petrobras e para os importadores.

O “pibinho” de 2018, "se tudo der certo"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Valor dá manchete dizendo que os bancos reduziram suas estimativas para o PIB de 2018.

O índice de 2,37% do Boletim Focus ontem não se sustenta, porque na hora de fornecer previsões, os bancos seguram o pessimismo, porque sabem que fazer alarde dele é prejudicial aos seus interesses.

A sempre otimista com as políticas neoliberais Miriam Leitão, na mesma linha, já dá voz a consultorias que estimam um crescimento de 1,9% este ano, mas “se tudo der certo”.

Francamente, quem espera que “tudo dê certo” até o fim do ano ficou com a sua remessa de remédios retida nas estradas.

Petroleiros garantem: "Não nos calarão"

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Os petroleiros novamente deixam sua marca na defesa da soberania. A luta contra a privatização da Petrobrás ganhou a sociedade. A categoria colocou em debate os interesses que pautam a política de preços dos combustíveis, deixando claro o projeto da gestão Pedro Parente de sacrificar o povo brasileiro e a soberania do país para cumprir os ditames do mercado financeiro e das grandes corporações internacionais.

Uma questão de soberania nacional

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Na semana passada, explodiu no país algo inusitado que uns chamam de locaute outros de greve. A Globo está completamente perdida, não sabe se critica ou apoia. Realiza uma crítica constrangida ao governo golpista de Temer e tenta, de todas as formas, proteger o mercado não menos golpista. Leia-se: salvar a cabeça de Pedro Parente.

O PT e as esquerdas se encontram em difícil posição politica, mas sustentam junto com os trabalhadores da Petrobras forte pressão contra a atuação do presidente da Petrobras que vem picotando a estatal, transformando-a em balcão de negócios escusos e alvo fácil para a privatização, sonho de Fernando Henrique Cardoso e cia.

Adeptos da intervenção apanham do Exército

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O general João Batista Figueiredo, de saudosa memória para fetichistas com fixação em cavalos e homens de uniforme, ficou famoso por declarar, entre outras frases sábias, o seguinte: “Vou fazer deste país uma democracia, e, se alguém for contra, eu prendo e arrebento”.

No fim da tarde de terça, dia 29, patriotas que pediam a intervenção militar tiveram um gostinho do que seria ter seu desejo atendido.

Eles protestavam em apoio à greve dos caminhoneiros em Cuiabá quando foram pegos de surpresa por seus herois.

Democracia de tanque vazio

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A greve dos caminhoneiros tem apenas uma definição segura: é mais complicada do que supõe as vãs filosofias de todos os quadrantes. É possível enfileirar uma série de explicações, que vão da política de preços ao esgotamento da paciência do brasileiro. Da economia à psicologia social. Da matriz de transporte ao enfraquecimento da representação sindical. Há análises à esquerda e à direita, apontando dedos para o lado contrário. A culpa é do mercado, do neoliberalismo; do excesso de Estado, da falta de Estado.

Os caminhoneiros e o mercado

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Na última semana, todos assistimos o desenrolar de um novo capítulo da crise brasileira, talvez aquele que até aqui mais tenha feito a sociedade civil sangrar. Cada vez mais fica claro que golpe é aquele tipo de coisa que custa caro para todos, para golpistas e legalistas.

Os golpistas sofrem por serem golpistas e os legalistas por serem covardes. O golpe não é um evento. É um processo que ainda não terminou.

É óbvio que estou falando da “greve dos caminhoneiros”, que no país inteiro bloqueou as principais estradas e rodovias, causando um gravíssimo problema de abastecimento.

Jesus é a favor do militarismo?

Por Juliana Gonçalves e Emílio Moreno, no site The Intercept-Brasil:

Jesus falou “dai a César o que é de César” e, se César era militar, logo Jesus é a favor do militarismo. Essa é a lógica dos mais de 200 membros do grupo “Intervenção Já!”, que acompanhamos no WhatsApp desde o último domingo. O espaço, que apoia a greve dos caminhoneiros, é usado como um depósito de correntes e memes que vão desde uma lista de falsas reivindicações dos caminhoneiros até a um vídeo “comprovando” uma suposta traição de Marcela Temer. Além disso, revela uma espécie de mundo paralelo.