Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Valor dá manchete dizendo que os bancos reduziram suas estimativas para o PIB de 2018.
O índice de 2,37% do Boletim Focus ontem não se sustenta, porque na hora de fornecer previsões, os bancos seguram o pessimismo, porque sabem que fazer alarde dele é prejudicial aos seus interesses.
A sempre otimista com as políticas neoliberais Miriam Leitão, na mesma linha, já dá voz a consultorias que estimam um crescimento de 1,9% este ano, mas “se tudo der certo”.
Francamente, quem espera que “tudo dê certo” até o fim do ano ficou com a sua remessa de remédios retida nas estradas.
João Paulo Kupfer, talvez o mais sereno e lúcido analista de economia da imprensa brasileira, revela que o buraco é bem mais embaixo.
Se os indicadores de atividade em abril conhecidos já não apontavam retomada digna de nota, com os acontecimentos de maio, as hipóteses para o crescimento da economia, no segundo trimestre e no conjunto do ano, desabaram. Não só as perdas diretas com a paralisação de praticamente toda a economia, mas também a piora nas expectativas — o que envolve a constatação da fraqueza do governo e mais incertezas em relação às eleições presidenciais de outubro -, estão entrando nesses cálculos mais pessimistas.
Em relação ao primeiro trimestre, as previsões para o período abril-junho começam a rodar em torno da estabilidade quando não sinalizam alguma contração. Para o ano, números convergem agora para um intervalo entre 1,5% e 1,8%, mas já é possível encontrar apostas em expansão ainda menor, na vizinhança de 1%.
E por enquanto, olhe lá.
Porque as águas poluídas internas se juntam com o mar que não está para peixe no exterior.
O índice de 2,37% do Boletim Focus ontem não se sustenta, porque na hora de fornecer previsões, os bancos seguram o pessimismo, porque sabem que fazer alarde dele é prejudicial aos seus interesses.
A sempre otimista com as políticas neoliberais Miriam Leitão, na mesma linha, já dá voz a consultorias que estimam um crescimento de 1,9% este ano, mas “se tudo der certo”.
Francamente, quem espera que “tudo dê certo” até o fim do ano ficou com a sua remessa de remédios retida nas estradas.
João Paulo Kupfer, talvez o mais sereno e lúcido analista de economia da imprensa brasileira, revela que o buraco é bem mais embaixo.
Se os indicadores de atividade em abril conhecidos já não apontavam retomada digna de nota, com os acontecimentos de maio, as hipóteses para o crescimento da economia, no segundo trimestre e no conjunto do ano, desabaram. Não só as perdas diretas com a paralisação de praticamente toda a economia, mas também a piora nas expectativas — o que envolve a constatação da fraqueza do governo e mais incertezas em relação às eleições presidenciais de outubro -, estão entrando nesses cálculos mais pessimistas.
Em relação ao primeiro trimestre, as previsões para o período abril-junho começam a rodar em torno da estabilidade quando não sinalizam alguma contração. Para o ano, números convergem agora para um intervalo entre 1,5% e 1,8%, mas já é possível encontrar apostas em expansão ainda menor, na vizinhança de 1%.
E por enquanto, olhe lá.
Porque as águas poluídas internas se juntam com o mar que não está para peixe no exterior.
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