sábado, 31 de julho de 2021
sexta-feira, 30 de julho de 2021
A terceira via e os bonecos de ventríloquo
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Está certo que existe um público resistente a Bolsonaro e a Lula, ambos com níveis elevados de rejeição.
Com isso, se repete a mesma ladainha que vem desde 2006: aposta-se em um candidato do não.
Não precisa apresentar projeto de país, políticas inovadoras, não precisa galvanizar a alma nacional em cima de propostas claras.
Basta dizer não e repetir o mantra do neoliberalismo terraplanista, que consiste no seguinte:
“Se equilibrar as contas públicas, se reduzir os direitos trabalhistas, se reduzir a burocracia, se fizer as “reformas”, seja lá o que forem as reformas, haverá uma explosão de crescimento que beneficiará a todos”.
Com isso, se repete a mesma ladainha que vem desde 2006: aposta-se em um candidato do não.
Não precisa apresentar projeto de país, políticas inovadoras, não precisa galvanizar a alma nacional em cima de propostas claras.
Basta dizer não e repetir o mantra do neoliberalismo terraplanista, que consiste no seguinte:
“Se equilibrar as contas públicas, se reduzir os direitos trabalhistas, se reduzir a burocracia, se fizer as “reformas”, seja lá o que forem as reformas, haverá uma explosão de crescimento que beneficiará a todos”.
O semipresidencialismo para conter Lula
A história não se repete (a não ser, na conhecida lição de Marx, como farsa ou tragédia), mas no Brasil ela é recorrente, pois está no DNA da república, desde as ditaduras de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, o recurso ao golpe de Estado, em suas múltiplas e renovadas modalidades. É o velho e castrense instrumento de que se vale a casa-grande para impor diques ao processo histórico, sempre que se lhe apresenta, ainda quando por erro de avaliação histórica, a emergência das massas, que no Brasil a burguesia anacrônica e os militares colonizados confundem, desde o século XIX, como “ameaça comunista”, fantasma sempre trazido à vida para justificar a sustentação do statu quo, naquele então a ordem derivada do escravismo colonial.
Bolsonaro e o saco de espantos
Por João Guilherme Vargas Netto
A expressão é de Machado de Assis e descreve bem as atitudes do presidente Bolsonaro em relação aos trabalhadores, às relações de trabalho e ao movimento sindical.
Desde o primeiro dia de seu governo e mesmo antes, é uma mistura de desconhecimento, de desprezo e de ojeriza que produz constantemente palavras e atos agressivos e lesivos no mundo do trabalho.
Inaugurou o seu mandato com a extinção do ministério do Trabalho, não respondeu até hoje à carta institucional das centrais sindicais, eliminou o ganho real do salário mínimo, convive com um desemprego aterrador e tem produzido atos capazes de agravar ainda mais a vida dos trabalhadores, desorganizar as relações de trabalho e agredir os sindicatos.
Desde o primeiro dia de seu governo e mesmo antes, é uma mistura de desconhecimento, de desprezo e de ojeriza que produz constantemente palavras e atos agressivos e lesivos no mundo do trabalho.
Inaugurou o seu mandato com a extinção do ministério do Trabalho, não respondeu até hoje à carta institucional das centrais sindicais, eliminou o ganho real do salário mínimo, convive com um desemprego aterrador e tem produzido atos capazes de agravar ainda mais a vida dos trabalhadores, desorganizar as relações de trabalho e agredir os sindicatos.
Disco voador? Avião? Não, é Ciro Nogueira
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Se um extraterrestre desembarcasse de seu OVNI esta semana no Brasil, teria a impressão de que uma grande personalidade do país, respeitada internacionalmente, fora convidada para assumir a chefia da Casa Civil do governo de extrema-direita de ocasião.
Só que não. O senador pelo Piauí, Ciro Nogueira, a quem se procura atribuir superpoderes, é apenas mais um entre tantos políticos medíocres e inexpressivos, cuja principal expertise – o fisiologismo político mais escrachado para a conquista de emendas e cargos – está longe de ser novidade no panorama da capital do país. O governo Bolsonaro está repleto de Ciros Nogueiras.
Se um extraterrestre desembarcasse de seu OVNI esta semana no Brasil, teria a impressão de que uma grande personalidade do país, respeitada internacionalmente, fora convidada para assumir a chefia da Casa Civil do governo de extrema-direita de ocasião.
Só que não. O senador pelo Piauí, Ciro Nogueira, a quem se procura atribuir superpoderes, é apenas mais um entre tantos políticos medíocres e inexpressivos, cuja principal expertise – o fisiologismo político mais escrachado para a conquista de emendas e cargos – está longe de ser novidade no panorama da capital do país. O governo Bolsonaro está repleto de Ciros Nogueiras.
Pazuello acha que este é um país de otários
Por Fernando Brito, em seu blog:
O resumo da história é assim:
Avisado de possíveis irregularidades num contrato de R$ 1,6 bilhão para compra de vacinas, o presidente da República chama seu ministro da Saúde e lhe transmite as suspeitas: ô Pazuello, fiquei sabendo aí de uma história cabeludas no que tange à vacina da Índia. Dá uma olhada lá para ver se procede, talquei?
Isso no dia 20 de março, um sábado à noite ou logo no domingo de manhã.
Segunda-feira, 22, depois de escarrapachar-se na cadeira, manda chamar seu secretário: ô Élcio, o presida veio me falar de umas c… aí na compra da Covaxin, vi lá ver que m… é essa.
O resumo da história é assim:
Avisado de possíveis irregularidades num contrato de R$ 1,6 bilhão para compra de vacinas, o presidente da República chama seu ministro da Saúde e lhe transmite as suspeitas: ô Pazuello, fiquei sabendo aí de uma história cabeludas no que tange à vacina da Índia. Dá uma olhada lá para ver se procede, talquei?
Isso no dia 20 de março, um sábado à noite ou logo no domingo de manhã.
Segunda-feira, 22, depois de escarrapachar-se na cadeira, manda chamar seu secretário: ô Élcio, o presida veio me falar de umas c… aí na compra da Covaxin, vi lá ver que m… é essa.
Quem pode defenestrar Bolsonaro é o TSE
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
“Até quando, Catilina, abusarás da paciência nossa? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós a tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia desenfreada?"
Assim falou Cícero no Senado romano, na mais conhecida de suas Catilinárias, perorando contra Catilina e suas maquinações ditatoriais.
Além de não termos um Cicero, nem discursos nem esculachos abalam a imoralidade e o cinismo de Bolsonaro.
O presidente do STF, Luiz Fux, dirá palavras ao vento no discurso que pretende fazer na segunda-feira, na reabertura dos trabalhos judiciários, pregando a observância dos limites constitucionais por todos os poderes e especialmente por Bolsonaro.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
quarta-feira, 28 de julho de 2021
YouTube bloqueia ‘lives’ de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Jair Bolsonaro vai ter outro nó nas tripas cerebrais. Além da queda de popularidade nas pesquisas e das revelações de propina na CPI do Genocídio, ele agora também é alvo do YouTube. Na semana passada, a plataforma removeu 15 vídeos, sendo 14 lives, postados pelo "capetão" e sinalizou que pode bloqueá-lo na internet de forma ainda mais incisiva.
Segundo a multinacional, as postagens foram censuradas por difundirem fake news sobre o enfrentamento da pandemia. “Após análise cuidadosa, removemos vídeos do canal Jair Bolsonaro por violar nossas políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19", diz a nota da poderosa empresa ianque.
Jair Bolsonaro vai ter outro nó nas tripas cerebrais. Além da queda de popularidade nas pesquisas e das revelações de propina na CPI do Genocídio, ele agora também é alvo do YouTube. Na semana passada, a plataforma removeu 15 vídeos, sendo 14 lives, postados pelo "capetão" e sinalizou que pode bloqueá-lo na internet de forma ainda mais incisiva.
Segundo a multinacional, as postagens foram censuradas por difundirem fake news sobre o enfrentamento da pandemia. “Após análise cuidadosa, removemos vídeos do canal Jair Bolsonaro por violar nossas políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19", diz a nota da poderosa empresa ianque.
Bolsonaro veta remédios contra o câncer
Por Altamiro Borges
O "capetão" segue com suas maldades contra os brasileiros. Partidário da necropolítica, Jair Bolsonaro acaba de vetar o projeto de lei 6.330 que ampliava o acesso a remédios orais no tratamento do câncer para usuários dos planos de saúde. O PL beneficiaria 50 mil pacientes, que poderiam tratar os tumores em casa, sem a necessidade de internação hospitalar.
Na justificativa do veto, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (27), o desalmado argumentou que a lei “comprometeria a sustentabilidade do mercado” e que “o alto custo dos antineoplásicos orais” prejudicaria os “planos privados de assistência à saúde” – que teriam que arcar com as despesas. Haja crueldade!
O "capetão" segue com suas maldades contra os brasileiros. Partidário da necropolítica, Jair Bolsonaro acaba de vetar o projeto de lei 6.330 que ampliava o acesso a remédios orais no tratamento do câncer para usuários dos planos de saúde. O PL beneficiaria 50 mil pacientes, que poderiam tratar os tumores em casa, sem a necessidade de internação hospitalar.
Na justificativa do veto, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (27), o desalmado argumentou que a lei “comprometeria a sustentabilidade do mercado” e que “o alto custo dos antineoplásicos orais” prejudicaria os “planos privados de assistência à saúde” – que teriam que arcar com as despesas. Haja crueldade!
Bolsonaro está próximo do Tribunal de Haia
Por Altamiro Borges
Impeachment é pouco para o genocida brasileiro. Um dia o "capetão" ainda vai parar no Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade. O jornalista Jamil Chade informa na Folha que "nova estratégia quer elevar a pressão contra Jair Bolsonaro em Corte Internacional".
Segundo a reportagem, o fascista nativo está na mira. "Nas próximas semanas, novas informações sobre suas políticas serão submetidas aos escritórios da corte em Haia na esperança de reforçar a tese de atos deliberados contra grupos específicos da população, em especial contra os indígenas".
Impeachment é pouco para o genocida brasileiro. Um dia o "capetão" ainda vai parar no Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade. O jornalista Jamil Chade informa na Folha que "nova estratégia quer elevar a pressão contra Jair Bolsonaro em Corte Internacional".
Segundo a reportagem, o fascista nativo está na mira. "Nas próximas semanas, novas informações sobre suas políticas serão submetidas aos escritórios da corte em Haia na esperança de reforçar a tese de atos deliberados contra grupos específicos da população, em especial contra os indígenas".
terça-feira, 27 de julho de 2021
Bolsonaro humilha Mourão: atrapalha um pouco!
Por Altamiro Borges
O "capetão" segue humilhando os generais. Nesta segunda-feira (26), em entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba, Jair Bolsonaro vomitou que Hamilton Mourão (PRTB) “atrapalha um pouco” o seu governo. Mas, completou, “vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado”. O fascista é muito tosco e o general é muito servil!
Essa não é primeira vez que o general-vice é submetido a vexames públicos. Nos últimos meses, porém, o afastamento entre ambos se acentuou – levantando suspeitas sobre desavenças e possíveis fraturas. No mês passado, o general disse que “sentia falta” de se reunir com o presidente e o “capetão” retrucou que “vice bom é aquele que não aparece”.
O "capetão" segue humilhando os generais. Nesta segunda-feira (26), em entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba, Jair Bolsonaro vomitou que Hamilton Mourão (PRTB) “atrapalha um pouco” o seu governo. Mas, completou, “vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado”. O fascista é muito tosco e o general é muito servil!
Essa não é primeira vez que o general-vice é submetido a vexames públicos. Nos últimos meses, porém, o afastamento entre ambos se acentuou – levantando suspeitas sobre desavenças e possíveis fraturas. No mês passado, o general disse que “sentia falta” de se reunir com o presidente e o “capetão” retrucou que “vice bom é aquele que não aparece”.
Bolsonaro inabilita fundação da Globo
Por Altamiro Borges
Como diz o provérbio espanhol, "cria cuervos que te sacarán los ojos”. Jair Bolsonaro está decidido a arrancar os olhos da Rede Globo. O site Farofafá destaca que o "governo inabilita a Fundação Roberto Marinho e pede R$ 54 milhões de volta". O baque é violento e sinaliza que não haverá paz entre o fascista e o império global, que ajudou a gestar o monstro!
Segundo a reportagem, "o Ministério do Turismo editou nesta segunda-feira, 26 de julho, uma portaria na qual inabilita por três anos a Fundação Roberto Marinho para captação de recursos públicos e cobra a devolução de R$ 54 milhões ao Fundo Nacional de Cultura (FNC), referentes ao montante aplicado na construção do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana”.
Como diz o provérbio espanhol, "cria cuervos que te sacarán los ojos”. Jair Bolsonaro está decidido a arrancar os olhos da Rede Globo. O site Farofafá destaca que o "governo inabilita a Fundação Roberto Marinho e pede R$ 54 milhões de volta". O baque é violento e sinaliza que não haverá paz entre o fascista e o império global, que ajudou a gestar o monstro!
Segundo a reportagem, "o Ministério do Turismo editou nesta segunda-feira, 26 de julho, uma portaria na qual inabilita por três anos a Fundação Roberto Marinho para captação de recursos públicos e cobra a devolução de R$ 54 milhões ao Fundo Nacional de Cultura (FNC), referentes ao montante aplicado na construção do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana”.
O "trabalho fantástico" do general Pazuello
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Ao comentar a atuação do seu atual ministro da Morte, Bolsonaro disse que “por enquanto, pouquíssima coisa teria a falar contra o Queiroga. Ele deu seguimento a grande parte da política de quem o antecedeu, o general Pazuello, que fez um trabalho fantástico”.
O “trabalho fantástico” realizado por Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército brasileiro, foi a morte de 263.940 brasileiros e brasileiras causadas por negligência, omissão e incompetência do governo no combate à Covid.
Quando o general da ativa assumiu interinamente o ministério da Morte com a concordância e cumplicidade do comandante do Exército Edson Leal Pujol em 16 de maio de 2020, o país contabilizava 15.662 mortes por Covid.
Ao comentar a atuação do seu atual ministro da Morte, Bolsonaro disse que “por enquanto, pouquíssima coisa teria a falar contra o Queiroga. Ele deu seguimento a grande parte da política de quem o antecedeu, o general Pazuello, que fez um trabalho fantástico”.
O “trabalho fantástico” realizado por Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército brasileiro, foi a morte de 263.940 brasileiros e brasileiras causadas por negligência, omissão e incompetência do governo no combate à Covid.
Quando o general da ativa assumiu interinamente o ministério da Morte com a concordância e cumplicidade do comandante do Exército Edson Leal Pujol em 16 de maio de 2020, o país contabilizava 15.662 mortes por Covid.
Os invisíveis comem pés de frango
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os repórteres Paula Soprana, Leonardo Vieceli e Daniela Arcanjo, na Folha de hoje, fazem uma chocante visita à mesa dos brasileiros mais pobres, aqueles que não entram nas contas dos analistas de economia e de política, muito menos nos passeios de motocicleta de Jair Bolsonaro.
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
O fim do governo Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
Brasil, país-planeta (ou Saudades do futuro)
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Ultimamente, tenho pensado muito – não só com a cabeça, mas também com o coração – no papel planetário do Brasil. Isso pode parecer estranho, quando se considera o ponto baixíssimo em que nos encontramos, dentro e fora de casa. Reconheço que é mesmo estranho. Mas nosso país, leitor, tem que pensar grande. Não pode cuidar apenas de si mesmo e da sua vizinhança imediata.
Estou exagerando? Não creio. O Brasil teve, ou começou a ter, em tempo não muito distante, exatamente esse papel planetário. Eu mesmo participei disso, no âmbito do FMI, do G20 e dos BRICS, e sei do que estou falando. O que vou escrever, hoje, está ancorado não apenas em desejos ou projetos, mas também em vivências. Convido o leitor a passar ao largo da nossa conjuntura deplorável e voltar os olhos para o futuro. Também do futuro se pode ter saudades.
Ultimamente, tenho pensado muito – não só com a cabeça, mas também com o coração – no papel planetário do Brasil. Isso pode parecer estranho, quando se considera o ponto baixíssimo em que nos encontramos, dentro e fora de casa. Reconheço que é mesmo estranho. Mas nosso país, leitor, tem que pensar grande. Não pode cuidar apenas de si mesmo e da sua vizinhança imediata.
Estou exagerando? Não creio. O Brasil teve, ou começou a ter, em tempo não muito distante, exatamente esse papel planetário. Eu mesmo participei disso, no âmbito do FMI, do G20 e dos BRICS, e sei do que estou falando. O que vou escrever, hoje, está ancorado não apenas em desejos ou projetos, mas também em vivências. Convido o leitor a passar ao largo da nossa conjuntura deplorável e voltar os olhos para o futuro. Também do futuro se pode ter saudades.
Ir para as ruas adianta?
Rio de Janeiro, 24/7/21. Foto: Duda Dusi/Mídia Ninja |
Confesso que não me lembro da última vez em que participei de uma passeata de protesto.
Não me refiro a atos de campanha eleitoral ou de defesa de alguma causa: estou falando de passeata de protesto.
Pois no sábado fui. Havia um sol cálido no centro do Rio, onde eu também não ia há sei lá quanto tempo. Reencontrei gente que não via há séculos.
Uma antiga e querida amiga me contou que o último abraço dado por ela foi em minha companheira e em mim, no sábado 14 de março de 2020. Que aliás, e até sábado agora, tinha sido nosso último encontro.
Fiquei impressionado com a quantidade de gente que passava pela avenida Presidente Vargas, rumo à Candelária. Estacionei ali um tempinho, o suficiente para ver grupos organizados que iam de crianças negras a veteranos de 1968.
Bolívia fortalece rede de comunicação estatal
Reprodução do site: https://www.ahoraelpueblo.bo/ |
“O jornal Agora o Povo surge para enfrentar uma mídia multiespecializada, neoliberal, que conta com grande aparato nacional e internacional para propagar mentiras contra o processo que a Bolívia está construindo”, afirmou Marco Santivañez, responsável pela publicação, em entrevista exclusiva. Na avaliação de Santivañez, ao investir no jornal junto à rede Pátria Nova, à Bolívia TV, ao Sistema Nacional de Rádios dos Povos Originários (RPOs) e à Agência Boliviana de Informação (ABI), “oferecendo um material adequado e de qualidade, o presidente Luis Arce Catacora tem colocado em outro patamar a luta política contra os meios hegemônicos”. “Afinal, este é o momento do povo, este é o momento da Pátria, da reivindicação social, econômica e política, de quem resistiu a um governo ditatorial sanguinário, terrorista, que em 11 meses estava destruindo tudo o que havia sido conquistado e construído em 14 anos de governo de Evo Morales”, denunciou.
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Bolsonaro omite encontro com nazista alemã
Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:
Uma foto divulgada nesta segunda-feira mostra que o ocupante da presidência, Jair Bolsonaro, se encontrou, fora da agenda oficial, com a deputada alemã Beatrix von Storch, uma das lideranças do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha durante o regime nazista de Adolf Hitler, Ludwig Schwerin von Krosigk.
A parlamentar postou sua foto abraçada com Bolsonaro e Sven von Storch, seu marido. Além disso, ela acrescentou uma mensagem na qual afirma que seu partido quer “fortalecer suas conexões e defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional”.
Uma foto divulgada nesta segunda-feira mostra que o ocupante da presidência, Jair Bolsonaro, se encontrou, fora da agenda oficial, com a deputada alemã Beatrix von Storch, uma das lideranças do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha durante o regime nazista de Adolf Hitler, Ludwig Schwerin von Krosigk.
A parlamentar postou sua foto abraçada com Bolsonaro e Sven von Storch, seu marido. Além disso, ela acrescentou uma mensagem na qual afirma que seu partido quer “fortalecer suas conexões e defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional”.
Centrão e militares são muito parecidos
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Vejo como simplistas e exageradas as análises que situam em campos opostos hoje os militares e o Centrão, na disputa pela hegemonia no governo Bolsonaro.
No quesito briga por ocupação de cargos e, consequentemente, controle de verbas, de fato, a queda de braço é real. Não satisfeitos com os mais de 6 mil cargos que detêm na administração direta e nas estatais, os militares querem mais.
Quanto ao Centrão, os cargos de poder e as fatias polpudas do orçamento constituem-se na própria razão de ser do agrupamento.
Contudo, a tese do antagonismo incontornável entre o “partido militar” e os políticos vorazmente fisiológicos do Centrão não resiste a um exame mais cuidadoso.
Vejo como simplistas e exageradas as análises que situam em campos opostos hoje os militares e o Centrão, na disputa pela hegemonia no governo Bolsonaro.
No quesito briga por ocupação de cargos e, consequentemente, controle de verbas, de fato, a queda de braço é real. Não satisfeitos com os mais de 6 mil cargos que detêm na administração direta e nas estatais, os militares querem mais.
Quanto ao Centrão, os cargos de poder e as fatias polpudas do orçamento constituem-se na própria razão de ser do agrupamento.
Contudo, a tese do antagonismo incontornável entre o “partido militar” e os políticos vorazmente fisiológicos do Centrão não resiste a um exame mais cuidadoso.
domingo, 25 de julho de 2021
Os ganhos dos generais Pazuello e Braga Netto
Por Altamiro Borges
Os generais não têm do que reclamar do "capetão", mesmo perdendo alguns ministérios (de 10 para sete desde o início do laranjal) ou sendo humilhados (“fui atropelado por um trem”, choramingou o defenestrado Luiz Eduardo Ramos). A instituição perde credibilidade, mas os altos oficiais estão bem de vida. Eduardo Pazuello, por exemplo, “recebeu R$ 88,5 mil em diárias extras do Ministério da Saúde em 2020”, relata a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Segundo a notinha publicada na quinta-feira (22), o ex-ministro da Saúde recebeu esse valor em diárias e ajuda de custo – que são pagas aos servidores que se deslocam em viagens de trabalho. Os ganhos estão nos documentos enviados à CPI do Genocídio no Senado. "Pazuello ficou por dez meses no Ministério da Saúde. Recebeu, portanto, uma média de R$ 8,8 mil mensais de diárias, engrossando seus vencimentos no cargo".
Os generais não têm do que reclamar do "capetão", mesmo perdendo alguns ministérios (de 10 para sete desde o início do laranjal) ou sendo humilhados (“fui atropelado por um trem”, choramingou o defenestrado Luiz Eduardo Ramos). A instituição perde credibilidade, mas os altos oficiais estão bem de vida. Eduardo Pazuello, por exemplo, “recebeu R$ 88,5 mil em diárias extras do Ministério da Saúde em 2020”, relata a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Segundo a notinha publicada na quinta-feira (22), o ex-ministro da Saúde recebeu esse valor em diárias e ajuda de custo – que são pagas aos servidores que se deslocam em viagens de trabalho. Os ganhos estão nos documentos enviados à CPI do Genocídio no Senado. "Pazuello ficou por dez meses no Ministério da Saúde. Recebeu, portanto, uma média de R$ 8,8 mil mensais de diárias, engrossando seus vencimentos no cargo".
Bolsonaro pagará R$ 15 milhões por racismo?
Por Altamiro Borges
O “capetão” sempre foi racista e nunca foi punido. Agora, porém, está na mira. Nesta quinta-feira (22), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU) entraram com uma ação civil contra Jair Bolsonaro por mais uma de suas incontáveis diarreias verborrágicas preconceituosas. Os órgãos pedem uma “reparação” no valor de R$ 15 milhões. A tendência é de que o pedido seja derrotado, mas ele serve ao menos para incomodar o fascista no poder.
Em 8 de julho, o “presidente-cagão” afirmou, aos risos, que o cabelo crespo de um apoiador era “um criador de baratas” e provocou: "Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos seus piolhos". A fala de cunho racista foi obrada diante de seus seguidores panacas no "chiqueirinho" montado no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O “capetão” sempre foi racista e nunca foi punido. Agora, porém, está na mira. Nesta quinta-feira (22), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU) entraram com uma ação civil contra Jair Bolsonaro por mais uma de suas incontáveis diarreias verborrágicas preconceituosas. Os órgãos pedem uma “reparação” no valor de R$ 15 milhões. A tendência é de que o pedido seja derrotado, mas ele serve ao menos para incomodar o fascista no poder.
Em 8 de julho, o “presidente-cagão” afirmou, aos risos, que o cabelo crespo de um apoiador era “um criador de baratas” e provocou: "Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos seus piolhos". A fala de cunho racista foi obrada diante de seus seguidores panacas no "chiqueirinho" montado no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Fascismo avança e censura em Juiz de Fora
Foto: Jéssica Pereira/Tribuna de Minas |
Jair Bolsonaro está mais frágil, mas a fascistização segue em curso em todos os poros da sociedade. Na semana passada, o juiz Alexandre do Valle Thomaz, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias Municipais da Comarca de Juiz de Fora, atendeu ao pedido de um vereador-policial e censurou uma mostra artística na cidade mineira.
Em sua decisão liminar (provisória), o juizeco determinou que os painéis fotográficos da exposição “Democracia em Disputa” fossem retirados da fachada do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas. Ele se curvou ao vereadorzinho Sargento Mello Casal (PTB-MG), que moveu uma ação contra a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), gerida pela prefeitura de Juiz de Fora.
Blefe que Braga Netto não consegue desmentir
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Braga Netto mandou o recado do golpe a Arthur Lira, para que Lira passasse o aviso do golpe adiante.
Se não fosse assim, não teria sentido mandar o recado.
Era preciso que muitos deputados e senadores ficassem sabendo da ameaça, e não só os membros da comissão especial que examina a proposta de emenda do voto impresso na Câmara.
Como muitos receberam o aviso e era sabido que alguém iria vazar a ameaça, não há agora como negá-la. A nota de Braga Netto em que diz que não disse nada a Lira também acaba não dizendo nada.
A notícia da ameaça (se não tiver voto impresso, não tem eleição) saiu no Estadão.
Braga Netto mandou o recado do golpe a Arthur Lira, para que Lira passasse o aviso do golpe adiante.
Se não fosse assim, não teria sentido mandar o recado.
Era preciso que muitos deputados e senadores ficassem sabendo da ameaça, e não só os membros da comissão especial que examina a proposta de emenda do voto impresso na Câmara.
Como muitos receberam o aviso e era sabido que alguém iria vazar a ameaça, não há agora como negá-la. A nota de Braga Netto em que diz que não disse nada a Lira também acaba não dizendo nada.
A notícia da ameaça (se não tiver voto impresso, não tem eleição) saiu no Estadão.
O golpe nosso de cada eleição
Por Roberto Amaral
A ciência política clássica atribui aos golpes de Estado três características definidoras: (i) intervenção militar, (ii) ação rápida e (iii) certa margem de surpresa (Bobbio et alli. Dicionário de política). Nesse sentido também tratadistas brasileiros como Paulo Bonavides (Ciência política, 1972). Desses elementos, porém, os golpes se desvencilham na contemporaneidade, e o Brasil, nesse sentido, fornece farta matéria prima para análise. Os golpes, por exemplo, não observam mais o caráter surpresa – são, até, longamente preparados mediante campanhas políticas e ideológicas de massa, protagonizadas pelos meios de comunicação em suas variadas modalidades; nem muito menos se cingem, do ponto de vista operativo, ao assalto ao poder (na forma de putsch), ou à ação repentina.
A ciência política clássica atribui aos golpes de Estado três características definidoras: (i) intervenção militar, (ii) ação rápida e (iii) certa margem de surpresa (Bobbio et alli. Dicionário de política). Nesse sentido também tratadistas brasileiros como Paulo Bonavides (Ciência política, 1972). Desses elementos, porém, os golpes se desvencilham na contemporaneidade, e o Brasil, nesse sentido, fornece farta matéria prima para análise. Os golpes, por exemplo, não observam mais o caráter surpresa – são, até, longamente preparados mediante campanhas políticas e ideológicas de massa, protagonizadas pelos meios de comunicação em suas variadas modalidades; nem muito menos se cingem, do ponto de vista operativo, ao assalto ao poder (na forma de putsch), ou à ação repentina.
Primeiro aniversário de uma grande vitória
Greve dos trabalhadores da Renault Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba |
Por coincidência meus dois últimos textos, este e o anterior, dizem respeito a datas no mês de julho.
Rememorei os quatro anos de vigência da destrutiva deforma trabalhista e agora comemoro o primeiro aniversário da vitoriosa greve dos metalúrgicos da Renault, no Paraná.
No dia 21 de julho, em plena pandemia, a empresa demitiu de maneira arbitrária e abusiva 747 trabalhadores, muitos dos quais doentes ou afastados.
A reação dos demitidos foi imediata e o sindicato dos metalúrgicos da Grande Curitiba encampou esta resistência e os conduziu na luta.
Duelo de Bolsonaro com Alexandre de Moraes
Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:
Alguns episódios nem tão recentes ajudam a entender como Alexandre de Moraes se transformou na figura com poder institucional que mais afronta e atemoriza Bolsonaro e o entorno que o protege, incluindo os militares.
No dia 19 de junho de 2020, uma sexta-feira, os jornalões divulgaram com certa candura essa informação.
Três ministros de Bolsonaro bateram na porta da casa do ministro Alexandre de Moraes em São Paulo.
Os jornais informaram que os quatro trataram, entre outros assuntos, de um processo sobre a indenização da União à indústria sucroalcooleira por perdas com os preços controlados do setor.
Alguns episódios nem tão recentes ajudam a entender como Alexandre de Moraes se transformou na figura com poder institucional que mais afronta e atemoriza Bolsonaro e o entorno que o protege, incluindo os militares.
No dia 19 de junho de 2020, uma sexta-feira, os jornalões divulgaram com certa candura essa informação.
Três ministros de Bolsonaro bateram na porta da casa do ministro Alexandre de Moraes em São Paulo.
Os jornais informaram que os quatro trataram, entre outros assuntos, de um processo sobre a indenização da União à indústria sucroalcooleira por perdas com os preços controlados do setor.
As Forças Armadas e o Centrão
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Escrevi há pouco um post dando conta da entrada do Centrão no núcleo do governo, ação que desaloja as Forças Armadas dos principais espaços decisórios da administração federal.
Com isso, julgo ter fracassado a tentativa de se constituir um governo militar e estaria fora da agenda a possibilidade de um golpe até a realização das eleições de 2022.
Dois amigos me procuraram, argumentando que a análise seria precipitada e que eu não teria levado em consideração o papel do Centrão como expressão política da maior parte do PIB, vale dizer, da Faria Lima. São observações procedentes e vou tentar refletir sobre elas.
Escrevi há pouco um post dando conta da entrada do Centrão no núcleo do governo, ação que desaloja as Forças Armadas dos principais espaços decisórios da administração federal.
Com isso, julgo ter fracassado a tentativa de se constituir um governo militar e estaria fora da agenda a possibilidade de um golpe até a realização das eleições de 2022.
Dois amigos me procuraram, argumentando que a análise seria precipitada e que eu não teria levado em consideração o papel do Centrão como expressão política da maior parte do PIB, vale dizer, da Faria Lima. São observações procedentes e vou tentar refletir sobre elas.
Bolsonaro e o "salve-me quem puder"
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro, ao perceber que seu poder de fascínio sobre uma massa desorganizada e despolitizada da classe média – que vê o “salvador da Pátria” mostrar que, neste quesito, está mais para Belo Antônio de botequim, que precisa culpar o mundo inteiro e suas conspirações pelo seu fracasso – partiu para o “fazemos qualquer negócio” que lhe assegure manter o queixo fora d’água, às espera de um milagre.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Candidato pede bênção a comandante militar
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
sábado, 24 de julho de 2021
sexta-feira, 23 de julho de 2021
Fusão PSL-DEM-PP: onde cabem 3, cabe um?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Provavelmente é mais uma “flor do recesso” – aquelas “notícias” que surgem nos intervalos da política parlamentar – mas o fato é que os boatos em torno da criação do “Partido do Centrão”, reunindo o PSL, o Democratas e os Partido (nada) Progressista são algo que tem, a olhos vistos, o “regador” do Planalto a estimular.
Seria, afinal, um partido para Bolsonaro?
Dificilmente será, por uma série de fatores, o primeiro deles sendo, evidentemente, a incapacidade de Jair Bolsonaro de dividir poder ou coordenar arranjos políticos, tanto que não só falhou, em dois anos e meio e poder, em controlar o PSL, em fazer o “Aliança38” e ate em domar o modestíssimo “Patriota” à conveniência de servir-lhe de montaria em 2022.
Provavelmente é mais uma “flor do recesso” – aquelas “notícias” que surgem nos intervalos da política parlamentar – mas o fato é que os boatos em torno da criação do “Partido do Centrão”, reunindo o PSL, o Democratas e os Partido (nada) Progressista são algo que tem, a olhos vistos, o “regador” do Planalto a estimular.
Seria, afinal, um partido para Bolsonaro?
Dificilmente será, por uma série de fatores, o primeiro deles sendo, evidentemente, a incapacidade de Jair Bolsonaro de dividir poder ou coordenar arranjos políticos, tanto que não só falhou, em dois anos e meio e poder, em controlar o PSL, em fazer o “Aliança38” e ate em domar o modestíssimo “Patriota” à conveniência de servir-lhe de montaria em 2022.
Braga Netto enterra a intervenção militar
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Uma mudança radical está em curso no interior do governo Bolsonaro: o Centrão mostra-se muito mais profissional e preparado do que todas as Forças Armadas reunidas. Seus comandantes, acostumados a falarem grosso e verem os civis se acoelharem, agora encontraram inimigo a altura. Não se via nada no gênero desde a retirada da Laguna.
Naquele outono de 1867, um contingente de 3 mil soldados brasileiros que tentava entrar no território paraguaio foi humilhado pelas tropas de Solano López, pelo cólera, pelo tifo e pelo beribéri. A campanha durou pouco mais de um mês e o efetivo perdeu metade dos seus homens. Sem alternativa, fez meia-volta e retornou a Mato Grosso.
Uma mudança radical está em curso no interior do governo Bolsonaro: o Centrão mostra-se muito mais profissional e preparado do que todas as Forças Armadas reunidas. Seus comandantes, acostumados a falarem grosso e verem os civis se acoelharem, agora encontraram inimigo a altura. Não se via nada no gênero desde a retirada da Laguna.
Naquele outono de 1867, um contingente de 3 mil soldados brasileiros que tentava entrar no território paraguaio foi humilhado pelas tropas de Solano López, pelo cólera, pelo tifo e pelo beribéri. A campanha durou pouco mais de um mês e o efetivo perdeu metade dos seus homens. Sem alternativa, fez meia-volta e retornou a Mato Grosso.
General Braga Netto, um elemento perigoso
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A nota do general Braga Netto [23/7] é petulante e, também, ameaçadora. Nela, o general não desmente cabalmente a ameaça de cancelamento da eleição do próximo ano, apenas rechaça o que considera uma tentativa da imprensa de “criar uma narrativa” [sic]. O uso costumeiro do vocábulo “narrativa” pelo clã de Rio das Pedras é, claro, mera coincidência.
Evocando autoridade talvez conferida pelas medalhinhas, insígnias e inúteis condecorações militares, “o Ministro da Defesa informa que não se comunica com os Presidentes dos Poderes por meio de interlocutores”.
A nota do general Braga Netto [23/7] é petulante e, também, ameaçadora. Nela, o general não desmente cabalmente a ameaça de cancelamento da eleição do próximo ano, apenas rechaça o que considera uma tentativa da imprensa de “criar uma narrativa” [sic]. O uso costumeiro do vocábulo “narrativa” pelo clã de Rio das Pedras é, claro, mera coincidência.
Evocando autoridade talvez conferida pelas medalhinhas, insígnias e inúteis condecorações militares, “o Ministro da Defesa informa que não se comunica com os Presidentes dos Poderes por meio de interlocutores”.
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Doria, Aécio e as bicadas no ninho tucano
Por Altamiro Borges
Para os que tentam se viabilizar como “terceira via” nas eleições presidenciais de 2022, a situação não está nada fácil. Que o digam os tucanos, com as suas bicadas sangrentas no ninho. Só nos últimos dias, o governador paulista João Doria entrou em confronto com Aécio Neves e Geraldo Alckmin – dois ex-presidenciáveis do conflagrado e abatido PSDB.
O bate-boca faz parte da disputa interna para definir o candidato do partido no próximo ano. As prévias estão previstas para novembro e já têm quatro postulantes: o demagogo de São Paulo, o governador gaúcho Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto, de Manaus.
Para os que tentam se viabilizar como “terceira via” nas eleições presidenciais de 2022, a situação não está nada fácil. Que o digam os tucanos, com as suas bicadas sangrentas no ninho. Só nos últimos dias, o governador paulista João Doria entrou em confronto com Aécio Neves e Geraldo Alckmin – dois ex-presidenciáveis do conflagrado e abatido PSDB.
O bate-boca faz parte da disputa interna para definir o candidato do partido no próximo ano. As prévias estão previstas para novembro e já têm quatro postulantes: o demagogo de São Paulo, o governador gaúcho Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto, de Manaus.
Galvão Bueno tem conta bancária bloqueada
Por Altamiro Borges
O jornal O Dia divulgou nesta terça-feira (20) que a Justiça de São Paulo bloqueou as contas bancárias de Galvão Bueno, de sua esposa e sua filha. O motivo seria um empréstimo de R$ 1,6 milhão da empresa Lest Credit Fundo de Investimento que não foi pago. Diante do suposto trambique, fica a famosa pergunta do locutor esportivo da TV Globo: “Pode isso, Arnaldo?”
Segundo relata Rogério Gentile no site UOL, a decisão do bloqueio das contas de Galvão Bueno, da esposa Desirée Soares e da filha Letícia Galvão Bueno “foi tomada pelo juiz Rodrigo Galvão Medina, da 9ª Vara Cível de São Paulo, em processo aberto pela Lest Credit contra a empresa Virtual Promoções e Participações, que pertence à família do narrador”.
O jornal O Dia divulgou nesta terça-feira (20) que a Justiça de São Paulo bloqueou as contas bancárias de Galvão Bueno, de sua esposa e sua filha. O motivo seria um empréstimo de R$ 1,6 milhão da empresa Lest Credit Fundo de Investimento que não foi pago. Diante do suposto trambique, fica a famosa pergunta do locutor esportivo da TV Globo: “Pode isso, Arnaldo?”
Segundo relata Rogério Gentile no site UOL, a decisão do bloqueio das contas de Galvão Bueno, da esposa Desirée Soares e da filha Letícia Galvão Bueno “foi tomada pelo juiz Rodrigo Galvão Medina, da 9ª Vara Cível de São Paulo, em processo aberto pela Lest Credit contra a empresa Virtual Promoções e Participações, que pertence à família do narrador”.
Maranhão rejeita estátua do ‘Véio da Havan’
Por Altamiro Borges
O site recém-criado Diário-98 informou nesta terça-feira (20) que “um movimento articulado por artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão tem o objetivo de apresentar ação requisitando que a Justiça proíba a Havan, loja de varejo de Luciano Hang, de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade em São Luís”.
Desde que o empresário bolsonarista anunciou a sua intenção provocadora de montar o famoso símbolo do império, uma petição eletrônica do movimento “Aqui Não” já reuniu 3.130 assinaturas contra esse “insulto à história e cultura do povo maranhense". A iniciativa segue ganhando adesões nas redes sociais e já planeja outras iniciativas de protesto.
O site recém-criado Diário-98 informou nesta terça-feira (20) que “um movimento articulado por artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão tem o objetivo de apresentar ação requisitando que a Justiça proíba a Havan, loja de varejo de Luciano Hang, de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade em São Luís”.
Desde que o empresário bolsonarista anunciou a sua intenção provocadora de montar o famoso símbolo do império, uma petição eletrônica do movimento “Aqui Não” já reuniu 3.130 assinaturas contra esse “insulto à história e cultura do povo maranhense". A iniciativa segue ganhando adesões nas redes sociais e já planeja outras iniciativas de protesto.
quarta-feira, 21 de julho de 2021
Hacker fascista ataca Manuela, Boulos e Gleisi
Reprodução do Facebook |
O “gabinete do ódio se espraiou por toda a estrutura do governo federal. Nesta terça-feira (20), Manuela D’Ávila (PCdoB) relatou ter descoberto que consta como “morta” no seu cadastro do Sistema Único de Saúde. Antes dela, Gleisi Hoffmann (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) também denunciaram adulterações em seus registros digitais no SUS.
Candidata à prefeitura de Porto Alegre no ano passado, a jovem comunista descobriu a provocação fascista quando foi se vacinar contra a Covid-19 na capital gaúcha. Manuela D’Ávila postou uma foto de sua página no SUS no qual aparece logo abaixo do seu nome uma “data de óbito”: 14 de outubro de 2018.
O desmonte do serviço público
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
O jornal Folha de S. Paulo, em edição impressa da última segunda-feira (19), destacou, como chamada de capa, a inanição da máquina pública, ou seja, registra em números o desmonte iniciado no Brasil desde a aprovação da Emenda Constitucional 95 que estabeleceu o Teto de Gastos no governo de Michel Temer e que se acentua de forma drástica no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Mesmo sem ter o objetivo de defender um Estado forte com um serviço público eficiente, muito pelo contrário, a linha editorial do referido jornal se junta aos propósitos do governo federal no sentido da defesa da preconização do serviço público.
O jornal Folha de S. Paulo, em edição impressa da última segunda-feira (19), destacou, como chamada de capa, a inanição da máquina pública, ou seja, registra em números o desmonte iniciado no Brasil desde a aprovação da Emenda Constitucional 95 que estabeleceu o Teto de Gastos no governo de Michel Temer e que se acentua de forma drástica no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Mesmo sem ter o objetivo de defender um Estado forte com um serviço público eficiente, muito pelo contrário, a linha editorial do referido jornal se junta aos propósitos do governo federal no sentido da defesa da preconização do serviço público.
Bolsonaro cai, mas mantém seu ‘núcleo duro’
Por Fernando Brito, em seu blog:
Mas uma pesquisa, a do PoderData, publicada pelo site do jornalista Fernando Rodrigues, repete o que se insiste em dizer aqui, faz tempo: Bolsonaro segue caindo, mas não desaba, sustentado por um ‘núcleo duro’ de extrema direita que lhe assegura, como tem feito, que nenhuma outra força conservadora possa ameaçar seu domínio no campo conservador.
A reprovação a seu governo variou dentro da margem de erro, de 61 para 62% e a aprovação foi de 33 para 32%.
A reprovação a seu governo variou dentro da margem de erro, de 61 para 62% e a aprovação foi de 33 para 32%.
Cuba e a cobertura desonesta da Globo
Foto: Yusmilis Dubrosky/Cubadebate |
Para início de conversa, não há dúvida de que a ocorrência de protestos em Havana é um fato relevante e de inegável interesse jornalístico, afinal é a primeira vez que a revolução cubana convive com mobilizações oposicionistas em 60 anos. No jargão jornalístico, trata-se de um autêntico caso de “pessoa mordendo o cachorro.”
O problema é quando o noticiário descamba para a manipulação descarada, a sonegação de informações importantes e a falta da contextualização mais primária. No final da noite desta sexta-feira (16) assisti a uma longa reportagem em um telejornal da GloboNews sobre a crise cubana.
terça-feira, 20 de julho de 2021
Dono da RedeTV! não paga nem o IPTU
Por Altamiro Borges
No início de junho, a prefeitura de São Paulo pediu à Justiça a penhora dos bens do apresentador Marcelo de Carvalho, sócio da RedeTV!, em razão de uma dívida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de R$ 29 mil. O empresário bolsonarista, famoso por sacanear os funcionários e colecionador de inúmeros processos judiciais, já foi penalizado? Ninguém mais fala sobre o assunto!
Segundo o site UOL, a dívida é de “um imóvel no Jardim Guedala, localizado próximo ao parque Alfredo Volpi, na zona sul da cidade. A casa, cujo valor venal é de R$ 4,5 milhões, fica em um terreno de 1.362 metros quadrados. Em 2018, o apresentador do ‘Mega Senha’ deixou de pagar quatro das dez parcelas do IPTU”.
No início de junho, a prefeitura de São Paulo pediu à Justiça a penhora dos bens do apresentador Marcelo de Carvalho, sócio da RedeTV!, em razão de uma dívida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de R$ 29 mil. O empresário bolsonarista, famoso por sacanear os funcionários e colecionador de inúmeros processos judiciais, já foi penalizado? Ninguém mais fala sobre o assunto!
Segundo o site UOL, a dívida é de “um imóvel no Jardim Guedala, localizado próximo ao parque Alfredo Volpi, na zona sul da cidade. A casa, cujo valor venal é de R$ 4,5 milhões, fica em um terreno de 1.362 metros quadrados. Em 2018, o apresentador do ‘Mega Senha’ deixou de pagar quatro das dez parcelas do IPTU”.
Bolsonaro vetará fundo eleitoral? E o Centrão?
Por Altamiro Borges
Após desobstruir o intestino em um hospital luxuoso de São Paulo, o "capetão" voltou a obrar diante da imprensa. Na TV Brasil – que virou a TV Bolsonaro –, ele disse que sua "tendência" é vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional para o pleito de 2022. O neofascista também voltou a atacar e desrespeitar o parlamento.
O presidente “cagão”, porém, nada falou sobre os votos favoráveis ao fundo dos seus filhotes 01 e 03 – Flávio Rachadinha e Dudu Bananinha – ou dos seus jagunços mais fieis, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Marco Feliciano, Osmar Terra e Hélio Lopes. Ele preferiu agredir o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM).
Após desobstruir o intestino em um hospital luxuoso de São Paulo, o "capetão" voltou a obrar diante da imprensa. Na TV Brasil – que virou a TV Bolsonaro –, ele disse que sua "tendência" é vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional para o pleito de 2022. O neofascista também voltou a atacar e desrespeitar o parlamento.
O presidente “cagão”, porém, nada falou sobre os votos favoráveis ao fundo dos seus filhotes 01 e 03 – Flávio Rachadinha e Dudu Bananinha – ou dos seus jagunços mais fieis, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Marco Feliciano, Osmar Terra e Hélio Lopes. Ele preferiu agredir o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM).
A "mão dos EUA" na ascensão de Bolsonaro
Noam Chomsky. Foto: EFE |
O filósofo e linguista Noam Chomsky, em entrevista ao site Truthout, publicada nesta sexta-feira (16), fala do cenário brasileiro, em especial do governo de Jair Bolsonaro.
Chomsky compara o presidente brasileiro ao ex-mandatário estadunidense Donald Trump, embora ressalte que, em muitos aspectos, a imitação é pior do que o original.
Ao abordar as condições que ajudaram a levar Bolsonaro ao poder no Brasil, Chomsky destaca que, com a queda dos preços das commodities alguns anos após a saída de Lula da presidência, “a direita brasileira – com incentivo, senão apoio direto dos EUA – viu a oportunidade de retomar o país em suas mãos e reverter os programas de bem-estar e inclusão que eles desprezaram”.
Lições de uma vitória espetacular no Peru
Pedro Castillo. Foto: Getty Images |
Um mês e 12 dias depois de ganhar as eleições presidenciais nas urnas, o candidato Pedro Castillo teve a vitória reconhecida e caminha para tomar posse como novo presidente do Peru.
A decisão deve ser comemorada, mas é preciso reconhecer um fato grave.
Ainda que magra, por uma diferença na casa dos 40.000 votos, ou 50,2% dos sufrágios, a absurda espera pelo reconhecimento oficial do resultado é uma advertência sobre a sobrevivência de forças golpistas no Peru, em particular, e na América do Sul, em geral.
País que em 1962 deu início a um ciclo de golpes militares da América do Sul, que dois anos depois incluiria o 31 de março de 64 que derrubou João Goulart no Brasil, nas últimas semanas o Peru assistiu a cenas preocupantes do ponto de vista da democracia.
A mamata veste farda?
Por Vinícius Segalla, no jornal Brasil de Fato:
Pelo menos sete filhos, filhas, pai, irmãos e parentes em geral de militares com cargos no primeiro escalão do governo federal foram nomeados a cargos públicos de confiança da administração federal desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019.
No último dia 9, o Brasil de Fato publicou reportagem que mostra dez casos de suspeita de corrupção e crimes envolvendo militares ligados aos Bolsonaro que foram denunciados desde 2019, quando o ex-capitão do Exército assumiu a Presidência da República:
Publica-se, agora, a lista de contratações do governo Bolsonaro que beneficiam ou beneficiaram parentes de militares.
No último dia 9, o Brasil de Fato publicou reportagem que mostra dez casos de suspeita de corrupção e crimes envolvendo militares ligados aos Bolsonaro que foram denunciados desde 2019, quando o ex-capitão do Exército assumiu a Presidência da República:
Publica-se, agora, a lista de contratações do governo Bolsonaro que beneficiam ou beneficiaram parentes de militares.
O declínio neoliberal e a reação estatal
Por Marcio Pochmann, no site Carta Maior:
Após a Guerra dos Trinta anos (1618-1648), quando as tensões religiosas (católicos e protestantes) contaminavam intensamente o território europeu, a Paz de Westfália lançou as bases do sistema soberano dos Estados Nacionais (Interestatal) que perdura até os dias de hoje.
Organizados de forma centralizada e detentores de moeda e sistemas nacionais próprios como as forças armadas, os Estados passaram atuar gradualmente sem mais contar com o suporte da Igreja Católica, até então responsável pelo sistema mundial de equilíbrio dos poderes em curso desde o ano de 380, quando o Império Romano assumiu o cristianismo como a religião oficial.
Após a Guerra dos Trinta anos (1618-1648), quando as tensões religiosas (católicos e protestantes) contaminavam intensamente o território europeu, a Paz de Westfália lançou as bases do sistema soberano dos Estados Nacionais (Interestatal) que perdura até os dias de hoje.
Organizados de forma centralizada e detentores de moeda e sistemas nacionais próprios como as forças armadas, os Estados passaram atuar gradualmente sem mais contar com o suporte da Igreja Católica, até então responsável pelo sistema mundial de equilíbrio dos poderes em curso desde o ano de 380, quando o Império Romano assumiu o cristianismo como a religião oficial.
Como evitar a morte dos sindicatos
Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:
Recentemente o Escritório Regional do DIEESE em Santa Catarina realizou uma pesquisa, muito simples, com o objetivo de obter insumos para um seminário sobre sindicalização que realizou em fevereiro/20. Indagados sobre “quais as principais dificuldades para desenvolver o trabalho de sindicalização”, os dirigentes e assessores sindicais deram as seguintes respostas:
1. Prevalece na sociedade a hegemonia de ideias como: valorização do individualismo, competição, culto à meritocracia, ambição sem limites;
2. Por outro lado, há uma desqualificação de ideias como: solidariedade, cooperação, união, luta coletiva e inclusão;
Recentemente o Escritório Regional do DIEESE em Santa Catarina realizou uma pesquisa, muito simples, com o objetivo de obter insumos para um seminário sobre sindicalização que realizou em fevereiro/20. Indagados sobre “quais as principais dificuldades para desenvolver o trabalho de sindicalização”, os dirigentes e assessores sindicais deram as seguintes respostas:
1. Prevalece na sociedade a hegemonia de ideias como: valorização do individualismo, competição, culto à meritocracia, ambição sem limites;
2. Por outro lado, há uma desqualificação de ideias como: solidariedade, cooperação, união, luta coletiva e inclusão;
Semipresidencialismo e DNA golpista da elite
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Parece piada, mas não é: no forno golpista das oligarquias dominantes está sendo cozinhada a proposta de semipresidencialismo. Com a ausência de opções competitivas para bater eleitoralmente Lula em 2022, as oligarquias se mobilizam em torno deste propósito.
A turma que manda, desmanda e desmancha o país não tem o mínimo pudor e tampouco compromisso honesto com a democracia. Está decidida a novamente virar a mesa para impedir a eleição do ex-presidente Lula. Caso não consigam, planejam convertê-lo num “semi-presidente”.
Parece piada, mas não é: no forno golpista das oligarquias dominantes está sendo cozinhada a proposta de semipresidencialismo. Com a ausência de opções competitivas para bater eleitoralmente Lula em 2022, as oligarquias se mobilizam em torno deste propósito.
A turma que manda, desmanda e desmancha o país não tem o mínimo pudor e tampouco compromisso honesto com a democracia. Está decidida a novamente virar a mesa para impedir a eleição do ex-presidente Lula. Caso não consigam, planejam convertê-lo num “semi-presidente”.
segunda-feira, 19 de julho de 2021
Os militares que vestiram a carapuça
Por Jorge Gregory, no site Vermelho:
Não fosse trágico, o caso Davati serviria como um excelente roteiro para uma comédia pastelão. Um bando de pilantras bolsonaristas, daquele tipo de malandro especialista em aplicar o conto do vigário em rodoviária de cidade do interior, envolve do mais baixo escalão até o Secretário Executivo do Ministério da Saúde em um golpe revestido de um primarismo absolutamente inacreditável. No centro desta piada de mau gosto estão Cristiano Carvalho, o tipo de malandro que não acerta uma, um cabo da Polícia Militar e um pastor evangélico.
Não fosse trágico, o caso Davati serviria como um excelente roteiro para uma comédia pastelão. Um bando de pilantras bolsonaristas, daquele tipo de malandro especialista em aplicar o conto do vigário em rodoviária de cidade do interior, envolve do mais baixo escalão até o Secretário Executivo do Ministério da Saúde em um golpe revestido de um primarismo absolutamente inacreditável. No centro desta piada de mau gosto estão Cristiano Carvalho, o tipo de malandro que não acerta uma, um cabo da Polícia Militar e um pastor evangélico.
A ‘rachadinha” logística na Saúde
Por Fernando Brito, em seu blog:
A CPI da Covid entrou em recesso até o dia 3 de agosto, mas os escândalos não estão de férias.
Reportagem do UOL publicada esta madrugada dá conta de que está sendo investigado um suposto esquema de corrupção nos contratos entre o Ministério da Saúde e a VTCLog, uma empresa de logística que assumiu a distribuição de medicamentos e outros insumos médico-hospitalares públicos.
No centro da trama estariam Roberto Ferreira Dias e seu padrinho político, Ricardo Barros, líder do governo e dois outros políticos, de nome não revelados, que receberiam, somados, 10% de um contrato que custou, em cinco anos, R$ 592.733.096,15 aos cofres públicos.
Seriam, assim, R$ 988 mil mensais de “comissão” dos quais caberiam R$ 98 mil a Dias e R$ 296 mil a cada um dos três políticos.
A CPI da Covid entrou em recesso até o dia 3 de agosto, mas os escândalos não estão de férias.
Reportagem do UOL publicada esta madrugada dá conta de que está sendo investigado um suposto esquema de corrupção nos contratos entre o Ministério da Saúde e a VTCLog, uma empresa de logística que assumiu a distribuição de medicamentos e outros insumos médico-hospitalares públicos.
No centro da trama estariam Roberto Ferreira Dias e seu padrinho político, Ricardo Barros, líder do governo e dois outros políticos, de nome não revelados, que receberiam, somados, 10% de um contrato que custou, em cinco anos, R$ 592.733.096,15 aos cofres públicos.
Seriam, assim, R$ 988 mil mensais de “comissão” dos quais caberiam R$ 98 mil a Dias e R$ 296 mil a cada um dos três políticos.
Google remove canal bolsonarista Terça Livre
Por Altamiro Borges
Na quinta-feira passada (15), o Google removeu o canal bolsonarista “Terça Livre” do YouTube após decisão favorável da Justiça brasileira. A página havia sido suspensa em fevereiro, mas o seu criador, o difusor de fake news e propagador de ódio Allan dos Santos, conseguiu mantê-la por meio de liminar. Agora, ela volta a ser censurada.
A juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou improcedente a volta do canal, o que garantiu o direito à multinacional para a sua remoção. "Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", afirma nota do Google.
Na quinta-feira passada (15), o Google removeu o canal bolsonarista “Terça Livre” do YouTube após decisão favorável da Justiça brasileira. A página havia sido suspensa em fevereiro, mas o seu criador, o difusor de fake news e propagador de ódio Allan dos Santos, conseguiu mantê-la por meio de liminar. Agora, ela volta a ser censurada.
A juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou improcedente a volta do canal, o que garantiu o direito à multinacional para a sua remoção. "Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", afirma nota do Google.
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