Greve dos trabalhadores da Renault Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba |
Por coincidência meus dois últimos textos, este e o anterior, dizem respeito a datas no mês de julho.
Rememorei os quatro anos de vigência da destrutiva deforma trabalhista e agora comemoro o primeiro aniversário da vitoriosa greve dos metalúrgicos da Renault, no Paraná.
No dia 21 de julho, em plena pandemia, a empresa demitiu de maneira arbitrária e abusiva 747 trabalhadores, muitos dos quais doentes ou afastados.
A reação dos demitidos foi imediata e o sindicato dos metalúrgicos da Grande Curitiba encampou esta resistência e os conduziu na luta.
O sindicato pode fazê-lo porque tem um passado de lutas invejável e goza de grande prestígio entre os metalúrgicos e entre os trabalhadores paranaenses. A unidade e a garra da sua diretoria são indiscutíveis sob o comando do companheiro Sergio Butka.
Após três semanas de paralisação com acampamento na porta da empresa e muitas manifestações de apoio da categoria, de outros trabalhadores, da sociedade e dos mundos político e jurídico, a greve foi vitoriosa com a reintegração dos demitidos e reabertura de frutíferas negociações com o sindicato.
Devido à brutalidade da agressão empresarial a solidariedade aos demitidos e aos grevistas foi emocionante, com participação das famílias dos trabalhadores e a cobertura diária da grande imprensa do Paraná estimulada pela comunicação do sindicato, especialmente em suas formas eletrônicas.
A greve e a vitória dos metalúrgicos da Renault impediram também uma verdadeira epidemia de demissões que poderia contaminar outras montadoras e outras empresas. O sentimento de classe e de solidariedade se manifestou em todo o Brasil e no mundo, com muitos sindicatos de trabalhadores se associando à luta dos grevistas.
Para comemorar um ano desta grande vitória o sindicato organizou e realizou ontem, dia 21, inúmeras ações nas portas de fábricas e em outros locais, com todas as preocupações sanitárias, destacando a força do sindicato, o apoio dos trabalhadores e reafirmando sua intransigência contra as demissões abusivas.
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