sexta-feira, 5 de março de 2021
Censura na universidade. Fascismo avança!
O fascismo volta a imperar nas universidades brasileiras. Nesta terça-feira (2), a Controladoria-Geral da União (CGU) advertiu o ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (RS), Pedro Hallal, e o professor Eraldo Pinheiro, porque eles ousaram criticar o "capetão" Jair Bolsonaro. Ambos foram forçados a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Pelo termo, os dois professores estão proibidos de fazer qualquer tipo de manifestação política dentro da universidade e terão que participar de um curso de ética no serviço público”, relata a Folha.
Flávio Dino e a queixa-crime contra Bolsonaro
Flávio Dino, governador do Maranhão |
Não dá para aceitar passivamente as fake news obradas quase todos os dias pelo "capetão". Nessa linha do enfrentamento, o site UOL informa que "o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar à Câmara dos Deputados uma queixa-crime apresentada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, contra o presidente Jair Bolsonaro".
Segundo a matéria, "Dino acusa Bolsonaro de calúnia por dizer que o governador negou um pedido para que a Polícia Militar fizesse a segurança do presidente durante uma visita ao estado no ano passado". A mentira foi proferida em entrevista à rádio Jovem Pan – também batizada de rádio “Ku Klux Pan” – em 21 de outubro.
Ricaços garfaram R$ 650 bilhões de impostos
Por Stela Pastore, no jornal Brasil de Fato:
Mais de R$ 650 bilhões é o valor que as classes mais ricas deixaram de pagar de imposto entre 2007 e 2018 por conta da regressividade das alíquotas sobre os ganhos para as altas rendas.
O estudo “Concentração de Riquezas no Brasil”, publicado em fevereiro, conclui que esta acumulação de riquezas se dá em parte por uma ineficiência da tributação sobre a renda em capturar uma parcela dos altos rendimentos e, também, por uma baixa tributação sobre as grandes heranças e doações.
Entre 2007 e 2018, os contribuintes com rendas acima de 30 salários mínimos passaram a pagar cada vez menos, pois seus índices diminuíram ano a ano, ao contrário daqueles com rendas mais baixas que pagaram mais imposto a cada ano.
O estudo “Concentração de Riquezas no Brasil”, publicado em fevereiro, conclui que esta acumulação de riquezas se dá em parte por uma ineficiência da tributação sobre a renda em capturar uma parcela dos altos rendimentos e, também, por uma baixa tributação sobre as grandes heranças e doações.
Entre 2007 e 2018, os contribuintes com rendas acima de 30 salários mínimos passaram a pagar cada vez menos, pois seus índices diminuíram ano a ano, ao contrário daqueles com rendas mais baixas que pagaram mais imposto a cada ano.
Pela suspensão da Emenda Constitucional-95
Por José Reginaldo Inácio, no site da NCST:
Já faz quase cinco anos que a Emenda Constitucional 95 (EC 95), de 2016, está em vigor. Período em que seus efeitos agravaram as condições de proteção social no país. O papel protetor do Estado, ou de um Estado protetor, é substituído por políticas predatórias. O Estado brasileiro é transformado em um Estado predador de direitos e da proteção social. As áreas sociais são atacadas. Um enorme gatilho é disparado, ao ponto de ser legal a violação estatal de princípios e direitos fundamentais como, e principalmente, na área de saúde, educação, habitação, segurança alimentar e assistência social.
Salvar a si próprio e ao país
Por João Guilherme Vargas Netto
Na gravíssima situação dos brasileiros as instituições públicas estão sendo exigidas a orientarem coerentemente a população.
Entre as que têm agido corretamente destaco o movimento sindical que, por meio de suas direções centrais e de inúmeras entidades, vem atuando de maneira unitária e persistente procurando enfrentar os três desafios urgentes que a epidemia coloca.
Desde o 5 de janeiro a orientação é precisa: isolamento social e estritas regras de prevenção, vacinação em massa obtendo-se para tanto as vacinas e auxílio emergencial de 600 reais até o fim da pandemia para todos os necessitados (além, é claro, de reforço imediato do SUS, das prefeituras e dos governos estaduais e crédito para as micro e pequenas empresas).
Na gravíssima situação dos brasileiros as instituições públicas estão sendo exigidas a orientarem coerentemente a população.
Entre as que têm agido corretamente destaco o movimento sindical que, por meio de suas direções centrais e de inúmeras entidades, vem atuando de maneira unitária e persistente procurando enfrentar os três desafios urgentes que a epidemia coloca.
Desde o 5 de janeiro a orientação é precisa: isolamento social e estritas regras de prevenção, vacinação em massa obtendo-se para tanto as vacinas e auxílio emergencial de 600 reais até o fim da pandemia para todos os necessitados (além, é claro, de reforço imediato do SUS, das prefeituras e dos governos estaduais e crédito para as micro e pequenas empresas).
Ruptura ou congelamento
Por Pedro Amaral e Roberto Amaral, em seu blog;
A frente política finalmente se pôs de pé, no Congresso Nacional, mas puxada pela extrema direita, para dar sustentação ao seu governo. Não nasceu a sonhada frente democrática. A frente de esquerda segue ainda mais distante, como longe está a frente simplesmente oposicionista, visto lhe faltarem união, programa e rumo.
A frente política finalmente se pôs de pé, no Congresso Nacional, mas puxada pela extrema direita, para dar sustentação ao seu governo. Não nasceu a sonhada frente democrática. A frente de esquerda segue ainda mais distante, como longe está a frente simplesmente oposicionista, visto lhe faltarem união, programa e rumo.
A frente governista, porém, se fortalece no casamento do reacionarismo com o fisiologismo larvar. Estrutura-se para sustentar, a peso de ouro, um situacionismo envilecido que investe contra a nação e desmonta o Estado social, mas que ainda tem muitos recursos para distribuir e está disposto a pagar o preço do mercado de votos.
Bolsonaro usa Lei Rouanet contra lockdown
Ilustração: Alireza Pakdel |
O governo de Jair Bolsonaro publicou hoje, sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União, uma portaria na qual anuncia que, nos próximos 15 dias, só vai analisar propostas de projetos de cultura presenciais, de interação com o público, que não provenham de Estados ou municípios que tenham decretado isolamento social, “em que não haja restrição de circulação, toque de recolher, lockdown ou outras ações que impeçam a realização do projeto”.
Bomba armada pelo general-ministro da Morte
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O descalabro da atuação do general-ministro da Morte Eduardo Pazuello em Manaus contribuiu para o agravamento da propagação de variantes do coronavírus pelo Brasil inteiro.
Variantes encontradas exclusivamente em Manaus no início do ano agora já estão espalhadas por todo país. São cepas mais agressivas e mais transmissíveis, que causam adoecimentos mais graves e em todas faixas etárias e, portanto, potencializam o morticínio.
É difícil confirmar se foi mais uma escolha macabra planejada meticulosamente, no marco da “estratégia oficial de propagação do coronavírus” adotada pelo governo brasileiro, como denunciado na pesquisa do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário [CEPEDISA] da Faculdade de Saúde Pública USP e da ONG Conectas Direitos Humanos.
O descalabro da atuação do general-ministro da Morte Eduardo Pazuello em Manaus contribuiu para o agravamento da propagação de variantes do coronavírus pelo Brasil inteiro.
Variantes encontradas exclusivamente em Manaus no início do ano agora já estão espalhadas por todo país. São cepas mais agressivas e mais transmissíveis, que causam adoecimentos mais graves e em todas faixas etárias e, portanto, potencializam o morticínio.
É difícil confirmar se foi mais uma escolha macabra planejada meticulosamente, no marco da “estratégia oficial de propagação do coronavírus” adotada pelo governo brasileiro, como denunciado na pesquisa do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário [CEPEDISA] da Faculdade de Saúde Pública USP e da ONG Conectas Direitos Humanos.
Bolsonaro, a vacinação e os cristãos
Por Jair de Souza
O número de mortes por covid-19 no Brasil já ultrapassou os 260.000. Para Bolsonaro, o panorama não é tão grave e, portanto, pedir por vacinas e protestar por isso é fazer mi-mi-mi, é ser mariquinha.
Pode parecer uma monstruosidade que um governante pense assim e procure retirar importância de uma cifra tão escandalosamente elevada de mortes. Mas, do ponto de vista dos interesses do governo Bolsonaro e daqueles que se identificam com sua política econômica, tudo faz muito sentido.
Mas, que grupos sociais podem ser beneficiários de uma política que favorece o crescimento das mortes como as que estão ocorrendo no Brasil no momento?
O número de mortes por covid-19 no Brasil já ultrapassou os 260.000. Para Bolsonaro, o panorama não é tão grave e, portanto, pedir por vacinas e protestar por isso é fazer mi-mi-mi, é ser mariquinha.
Pode parecer uma monstruosidade que um governante pense assim e procure retirar importância de uma cifra tão escandalosamente elevada de mortes. Mas, do ponto de vista dos interesses do governo Bolsonaro e daqueles que se identificam com sua política econômica, tudo faz muito sentido.
Mas, que grupos sociais podem ser beneficiários de uma política que favorece o crescimento das mortes como as que estão ocorrendo no Brasil no momento?
Lava-Jato é uma "pandemia jurídica"
Diante das novas conversas divulgadas que mostram o coordenador da Lava Jato agindo para interditar a soltura de Lula e pressionando a juíza Gabriela Hardt a acelerar a elaboração da sentença no caso do sítio de Atibaia, o jurista Lenio Streck não economizou palavras. De acordo com ele, o conluio montado entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro “infectou” o sistema de Justiça. E apenas o Supremo Tribunal Federal (STF) é capaz de produzir um antídoto para recuperar a credibilidade do Poder Judiciário.
Os assassinos do Jair
Por Fernando Brito, em seu blog:
São Paulo está parada, mas não por um lockdown.
Quem a para é uma gangue de caminhoneiros bolsonaristas, que bloqueia a Marginal Tietê e o acesso a Avenida Ayrton Sena e a outras vias de entrada e saída da capital.
Dizem que é uma “manifestação” pelo direito de trabalhar e contra a decretação da “fase vermelha” de restrições às atividades econômicas. O que, em absolutamente nada, afeta os caminhoneiros.
Estão ali por ordem, indireta que seja, do Sr. Jair Bolsonaro, o capitão da morte.
Fosse uma manifestação pelo direito de comer, de ter escola, aposentadoria ou moradia, a esta hora teríamos vários batalhões de PMs distribuindo bombas e borrachadas.
São Paulo está parada, mas não por um lockdown.
Quem a para é uma gangue de caminhoneiros bolsonaristas, que bloqueia a Marginal Tietê e o acesso a Avenida Ayrton Sena e a outras vias de entrada e saída da capital.
Dizem que é uma “manifestação” pelo direito de trabalhar e contra a decretação da “fase vermelha” de restrições às atividades econômicas. O que, em absolutamente nada, afeta os caminhoneiros.
Estão ali por ordem, indireta que seja, do Sr. Jair Bolsonaro, o capitão da morte.
Fosse uma manifestação pelo direito de comer, de ter escola, aposentadoria ou moradia, a esta hora teríamos vários batalhões de PMs distribuindo bombas e borrachadas.
A imprensa atuou como parte da Lava-Jato
Por Bia Barbosa e Laurindo Lalo Leal Filho, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
O ministro do STF Edson Fachin afirmou, em entrevista recente à Folha de S. Paulo, que a doença infantil do lavajatismo estava morrendo. Seja ou não seja verdadeira esta afirmação, o fato é que não se pode deixar cair no esquecimento o estrago feito pela “imprensa lavajatista”.
A crítica à relação de grande parte da imprensa com os procuradores da força-tarefa de Curitiba tem dois aspectos fundamentais. Um deles está nos interesses políticos e econômicos das empresas donas dos veículos de jornalismo. O outro é da prática jornalística em si.
A questão dos interesses políticos vem sendo denunciada há décadas, em função de muitos outros casos nos quais os “jornalões” e emissoras de TV e rádio demonstraram que defendem uma agenda econômica neoliberal. Os “donos da mídia” têm interesses econômicos e em muitos embates históricos se posicionaram contra o próprio país.
A crítica à relação de grande parte da imprensa com os procuradores da força-tarefa de Curitiba tem dois aspectos fundamentais. Um deles está nos interesses políticos e econômicos das empresas donas dos veículos de jornalismo. O outro é da prática jornalística em si.
A questão dos interesses políticos vem sendo denunciada há décadas, em função de muitos outros casos nos quais os “jornalões” e emissoras de TV e rádio demonstraram que defendem uma agenda econômica neoliberal. Os “donos da mídia” têm interesses econômicos e em muitos embates históricos se posicionaram contra o próprio país.
Bolsonaro e Guedes agravam a tragédia
Editorial do site Vermelho:
A conjugação dos efeitos das crises econômica e sanitária resulta numa tragédia social que só o tempo poderá dimensioná-la devidamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,1% em 2020, a maior contração desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996, superando a queda de 3,5% registrada em 2015. A economia brasileira, que tem caído de patamar em patamar – o que deve fazer o país deixar o clube dos dez maiores PIBs do mundo –, sofre as consequências da orientação ultraliberal do governo Bolsonaro, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
A conjugação dos efeitos das crises econômica e sanitária resulta numa tragédia social que só o tempo poderá dimensioná-la devidamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 4,1% em 2020, a maior contração desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996, superando a queda de 3,5% registrada em 2015. A economia brasileira, que tem caído de patamar em patamar – o que deve fazer o país deixar o clube dos dez maiores PIBs do mundo –, sofre as consequências da orientação ultraliberal do governo Bolsonaro, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
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