sábado, 15 de dezembro de 2018

Para quem Queiroz repassou R$ 1,2 milhão?

Por Jeferson Miola, em seu blog:     

O assessor Fabrício Queiroz é a pessoa mais habilitada – além, naturalmente, dos próprios Bolsonaro – para esclarecer o escândalo do R$ 1,2 milhão.

A sucursal carioca da Lava Jato deflagrou a operação Furna da Onça, que levou à prisão deputados estaduais implicados com as mesmas práticas criminosas descobertas no gabinete do Flavio Bolsonaro.

A operação coordenada pelo espetaculoso Deltan Dallagnol estranhamente decidiu-se, porém, por não atribuir a Flavio Bolsonaro o mesmo destino dado aos colegas dele [a prisão] e, além disso, demonstra total inapetência em investigar o caso. Decorridos quase 10 dias desde a denúncia, a Lava Jato sequer convocou Queiroz para depor.

Bolsonaro e os truques de Dallagnol

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Malandro é malandro, mané é mané.

Deltan Dallagnol encontrou um jeito de comentar sem comentar as denúncias envolvendo os Bolsonaros e seus assessores.

Hiperativo nas redes sociais, o loquaz procurador deu pouca atenção, para seus padrões, ao escândalo político mais escabroso do momento.

Em uma semana, retuitou duas matérias.

A lei da selva dos golpistas

Editorial do site Vermelho:

A matemática não mente; mente quem faz mau uso dela. O axioma atribuído a Albert Einstein é uma boa referência para se entender as discretas comemorações, pelos economistas oficias, do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao terceiro trimestre de 2018. A cifra foi de pouco mais de R$ 1,7 trilhão, o que corresponde a 0,8% de expansão, suficiente para fazer o “mercado” projetar uma tendência de baixo crescimento da economia no próximo governo.

De vendedora de açaí a personal trainer

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Ah, pelo amor de Deus, pergunta para o meu chefe de gabinete. Eu tenho 15 funcionários comigo”, desabafou Jair Bolsonaro, já eleito presidente, quando os repórteres lhe perguntaram sobre o que fazia em seu gabinete de deputado a funcionária Nathalia Melo de Queiroz.

De camiseta, encostado num carro na entrada do seu condomínio na Barra da Tijuca, o capitão parecia visivelmente acuado diante das câmeras e microfones, cercado por um batalhão de jornalistas e seguranças.

AI-5 continua vivo

Por Marcelo Zero

O Brasil, ao contrário de outros países da América do Sul que também passaram por ditaduras militares, nunca conseguiu encerrar realmente o ciclo político do autoritarismo militar.

Para tanto, teria sido necessário que os culpados por crimes hediondos, como o de tortura, sequestro, assassinato, etc. tivessem sido responsabilizados por seus atos, e julgados com o amplo direito à defesa que eles negaram às suas vítimas.

Dessa forma, o país poderia ter “passado a limpo” o seu passado de crimes e crueldades.