segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Bolsonaro e Globo babam contra a Venezuela

Por Altamiro Borges

Após as facadas da semana passada, o “capetão” Jair Bolsonaro e a TV Globo – rotulada de “inimiga” pelo presidente nas mensagens de WhatsApp trocadas com o defecado ministro Gustavo Bebianno – voltaram a se unir por uma causa nada patriótica. Agora sob o comando do terrorista Donald Trump, a paz entre essas duas facções da cloaca burguesa nativa foi selada contra a Venezuela. O presidente, seus “pimpolhos” hidrófobos e seu chanceler aloprado se colocaram como capachos dos EUA na tentativa de iniciar uma guerra na fronteira com a desculpa esfarrapada da “ajuda humanitária”. As provocações ganharam a cobertura favorável, falaciosa e abjeta da Rede Globo com seu crônico complexo de vira-lata.

“Amigo particular” de Bolsonaro é reprovado

Por Altamiro Borges

São tantas sacanagens no bordel de Jair Bolsonaro que está difícil dar atenção a cada uma delas. Logo após tomar posse, o presidente do laranjal indicou o “amigo particular” Carlos Victor Guerra Nagem para ocupar o cobiçado cargo de gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. Agora, a imprensa revela, sem maior alarde, que a estatal reprovou a indicação do cupincha por “falta de experiência para a função”. Como diria um âncora de televisão que concorre ao Oscar de maior puxa-saco do presidente-capetão, “é uma vergonha!”

Donald Trump: conspiração e estratégia

Por José Luís Fiori, no site Carta Maior:

“COUNTER FOREIGN CORRUPTION: Using our economic and diplomatic tools, the United States will continue to target corrupt foreign officials and work with countries to improve their ability to fight corruption so U.S. companies can compete fairly in transparent business climates.” Presidence of the United States, “National Security Strategy of the United States of America”, December 2017, Washington, p 22

Depois da eleição de Donald Trump, ficou muito mais difícil de prever o futuro do sistema mundial e as mudanças súbitas da política externa norte-americana, em particular com relação às Grandes Potências. Mas num aspecto, tudo ficou mais claro e transparente: o comportamento dos Estados Unidos frente aos países da “periferia” do sistema.

A guerra midiática contra a Venezuela

Por John Pilger, no blog Viomundo:

Viajando com Hugo Chávez, logo entendi a ameaça representada pela Venezuela. Em uma cooperativa agrícola no estado de Lara, as pessoas esperavam pacientemente e com bom humor no calor. Jarros de água e suco de melão foram servidos.

Uma guitarra foi tocada; uma mulher, Katarina, levantou-se e cantou com um contralto rouco.

“O que suas palavras disseram?”, Perguntei.

“Que estamos orgulhosos”, foi a resposta.

Os aplausos por ela se fundiram com a chegada de Chávez. Sob um braço carregava uma mochila cheia de livros. Usava sua grande camisa vermelha e cumprimentava as pessoas pelo nome, parando para ouvir. O que me impressionou foi sua capacidade de ouvir.

Trabalhar e contribuir mais, receber menos

Do site da Agência Sindical:

Institutos e especialistas convergem. A proposta de reforma previdenciária (PEC 6/2019) que o presidente Bolsonaro levou ao Congresso na quarta (20) mostra que a pessoa vai trabalhar mais, contribuir por mais tempo e receber menos.

A Agência Sindical teve acesso a vários textos. Um deles é da Queiroz Assessoria, de Brasília, dirigida pelo jornalista Antônio Augusto de Queiroz, que também é diretor do Diap.

Outro estudo (circulação interna, em fase de debates) foi produzido pelo Dieese e a CUT. O título é direto: “Os mais pobres pagam a conta”.

Encontro de Lima testará retórica de Mourão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao participar de uma reunião do grupo de Lima, na qual uma bancada latino-americana de governos submissos a Washington irá discutir os próximos passos para derrubar Nicolas Maduro, o general Hamilton Mourão será submetido a um teste de grande interesse para o país - e também para seu futuro político.

Até agora, Mourão tem cumprido um papel particular nos debates sobre o assunto. Enquanto o próprio Bolsonaro deixa claro seu alinhamento com Donald Trump - até bateu continência para John Bolton, um dos mais radicais assessores do presidente dos Estados Unidos, com um papel relevante na guerra do Iraque -, o general vice-presidente tem feito o contraponto interno num momento crucial na política externa brasileira.

E depois de Bolsonaro?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O óbvio está escancarado.

O capitão não tem condições de presidir o país: carece de atributos éticos, intelectuais e cognitivos. Pensa com dificuldade, incapaz de uma abstração; cinge-se ao bê-á-bá do fascismo primário, já de si de poucas palavras, claudica na leitura dos discursos. Seus assessores parecem orientados a utilizar, nos textos que lhe preparam, um repertório de aluno do ensino médio.

De tudo isso já se sabia desde que o capitão-paraquedista foi intimado a abandonar a carreira no Exército que não honrou, pois sempre foi um mau oficial, na sentença do insuspeito general Ernesto Geisel.

Polícia nunca matou tanto no Rio de Janeiro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A nota publicada no site do Instituto de Segurança Pública (ISP) do governo do Rio, sobre a queda de 18% na taxa de homicídio doloso no estado, em janeiro deste ano, é um tanto ridícula, porque a comparação é feita com o mesmo mês de 2018.

Um índice desse tipo tem de ser feito, por razões óbvias, com o mês anterior, e aí notamos um forte aumento de 26% no número de mortes violentas no estado.

Em janeiro de 2019, 563 pessoas foram assassinadas no estado do Rio. Definitivamente, isso não é motivo de comemoração. É uma taxa de países em guerra.

Moro atira em pobres, negros e periféricos

Do site da Fundação Maurício Grabois:

O pacote anticrime do ministro Sérgio Moro “carece de embasamento teórico suficiente, de análise de impacto social e de uma efetiva construção democrática, configurando-se ineficaz”. É assim que as Defensorias Públicas do RJ e SP, IDDD (Instituto de Defesa do Direito à Defesa) e o Ibccrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) definem as propostas do governo de Jair Bolsonaro para a segurança pública, incluindo os decretos de posse de armas e de indulto de presos. As críticas estão em um documento desenvolvido e aprovado nesta sexta-feira (15/2), durante o seminário “Recrudescimento Penal e a Política Criminal no Brasil” realizado em São Paulo. Pelo menos outras 29 entidades assinam o manifesto.

Alcolumbre: Voto aberto, patrimônio oculto

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A parelha Rodrigo Maia-Davi Alcolumbre, na qual o governo Bolsonaro aposta para puxar a pesada reforma previdenciária no Congresso, pode ter ficado manca, hoje, com a revelação da Folha de que o presidente do Senado, reiteradamente, ocultou seu patrimônio nas declarações de bens apresentadas à Justiça Eleitoral ao longo de seis eleições, desde 2002.

A vitória de Maduro foi espetacular

Por Gilberto Maringoni

É preciso dizer COM todas as letras: Nicolás Maduro obteve uma vitória incontestável e espetacular contra a tentativa de derrubá-lo através da entrada forçada de uma torta "ajuda humanitária", articulada pelo Departamento de Estado, com auxílio da Colômbia e do Brasil. Inquestionável e espetacular, não menos que isso.

Os Estados Unidos demoraram a encontrar uma tática para retirar Maduro do poder que fosse palatável à opinião pública global. Quando Donald Trump declarou, na ONU em 26 de setembro do ano passado, que "Todas as opções estão na mesa, todas. As mais e menos fortes. E já sabem o que quero dizer com forte", estava se referindo a uma intervenção militar direta. Mariners e boinas verdes marchariam sobre Caracas.

Mídia abafa alta do desemprego nas capitais

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (21), o IBGE divulgou um dado alarmante sobre o índice de desemprego nas capitais brasileiras. Segundo o instituto, o número de desocupados registrou em 2018 a maior alta dos últimos sete anos em 14 das 27 capitais do país. Na cidade de São Paulo, que concentra o maior número de trabalhadores do Brasil, o percentual subiu de 13,5% para 14,2%. Além da capital paulista, as outras que registraram aumento do desemprego foram Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Teresina, Macapá, Belém, Boa Vista e Porto Velho.