domingo, 5 de janeiro de 2020

A carnificina no Iraque e o capacho dos EUA

Editorial do site Vermelho:

Os ataques assassinos dos Estados Unidos no Iraque, amplamente repudiados, têm significado histórico e sentido geopolítico. Apesar da política sistemática de Washington de disseminar violência no Oriente Médio, eles ganham maiores dimensões por ter exterminado Qassim Suleimani, líder da Guarda Revolucionária do Irã e figura estratégica da resistência anti-imperialista no Oriente Médio.

É verdade que Donald Trump, desde que entrou na cena política, se soube na contramão do direito internacional. Por qualquer ângulo que se olhe para ele, é impossível não ver um criminoso de guerra. Além dos tiques primitivos, seu governo padece de escândalos potencialmente explosivos. Só que nenhum desses fatos justifica uma operação desse calibre.

O poder das milícias ameaça a República

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Por que os mandantes do assassinato de Marielle Franco ainda estão livres, leves e soltos, quase dois anos após esse atentado de terrorismo político-miliciano?

Para encontrar a resposta a essa singela pergunta, recomendo a leitura do artigo “Em defesa da República - Desafio da sociedade em 2020 é iniciar concertação contra o milicianismo”, de Oscar Vilhena Vieira, publicado hoje na Folha.

Vilhena vai direto ao ponto:

“Para o milicianismo não há cidadãos ou direitos (…) Os que não se curvam à extorsão nada recebem. Os que se insubordinam são eliminados, como ocorreu com Marielle Franco”.

Cebrapaz condena atentado terrorista dos EUA

Do site do Cebrapaz:

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) condena energicamente o criminoso atentado de 2 de janeiro que, por ordem do presidente dos Estados Unidos da América, resultou no assassinato de oito militares iranianos de alta patente, entre eles o general Qassem Soleimani, eminente figura em seu país e em toda a região do Oriente Médio.

Soleimani era uma das maiores autoridades da Defesa do país persa e comandou a luta contra grupos terroristas na Síria e no Iraque. Ajudou países amigos na luta contra ataques e ocupações militares dos sionistas israelenses e imperialistas estadunidenses.

Os efeitos do ataque dos EUA ao Irã

Charge: Gianfranco Uber/Itália
Por José Luís Fiori e Rodrigo Leão, no site Carta Maior:

O reconhecimento do presidente Donald Trump, e a comemoração de algumas autoridades norte-americanas, transformam o “ataque americano ao aeroporto de Bagdá”, numa operação direcionada e bem sucedida de eliminação de um general iraniano de alta patente, em território iraquiano, por cima de toda e qualquer ideia de direito internacional, ou de respeito pela “soberania” das nações, ou pelos “direito universal”’ dos indivíduos. Deste ponto de vista, a ação norte-americana só pode ter sido uma de duas coisas: um assassinato internacional, premeditado e por cima da lei, ou então foi um “ato de guerra”, ou mais precisamente, uma “declaração de guerra’ feita sem o consentimento do Congresso norte-americano.

Lei de Abuso de Autoridade e crimes de Moro

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Depois de uma discussão no Congresso Nacional que se arrastou por dois anos, entrou em vigor no dia 03 de janeiro a Lei de Abuso de Autoridade, nº 13.869.

A nova lei torna passível de punição, com multa, prisão e pagamento de indenização às vítimas, agentes de segurança, juízes e membros do Ministério Público que incorram em 45 tipos de conduta.

Analisando os termos da lei, salta aos olhos a constatação de que se ela vigorasse desde 2014, ano em que o câncer judicial chamado Lava Jato começou a adoecer o Brasil, Moro, Dallagnol e companhia estariam atrás das grades, condenados a longas penas de prisão, além de completamente falidos, tantas seriam as multas aplicadas.

Examinemos as violações cometidas por Moro, com base na hipótese dele pegar pena máxima em cada um dos crimes previstos pela nova lei:

Os golpes no Irã e no Brasil

Ernesto Araújo, o aprendiz de feiticeiro

Por Eugênio Aragão, no Diário do Centro do Mundo:

Lembram daquele desenho do filme “Fantasia”, de Walt Disney, com a música “O aprendiz de feiticeiro” de Mussorgsky ao fundo? Mickey faz as vassouras lavarem o piso do castelo, mas, depois, perde o controle sobre elas, que passam a inundar o castelo com o ritmo frenético com que esvaziam baldes mais baldes de água sobre o piso. Pois é… parece nossa política externa sob a batuta do chanceler terraplanista Ernesto Araújo, de certo, inspirada por um charlatão grosseiro da Virgínia e um fritador de hambúrguer que quis ser embaixador em Washington.

O que esperar de 2020?