domingo, 1 de abril de 2018

Barroso mentiu sobre contrato de palestra

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Folha de São Paulo bem que tentou salvar a pele do ministro Luis Roberto Barroso, publicando um “desmentido” à informação de que ele teria sido contratado por R$ 47 mil, pelo TCE-RO, para dar palestra na instituição.



Pelo jeito, quem mentiu foi Barroso. E mentiu conscientemente, porque em 2017, ele deu a mesma palestra e auferiu o mesmo valor.

O ovo de serpente da intervenção no Rio

Por Maurício Thuswohl, na Rede Brasil Atual:

Além do indefectível efeito anestésico que aos poucos vai dominando os corações e mentes de boa parte dos "indignados", os quinze dias decorridos desde o atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes nos trouxeram a certeza de que um ameaçador ovo de serpente está sendo chocado no Rio de Janeiro, com a anuência – para não dizer incentivo – do governo federal. Ao tirar proveito da situação de falência financeira, administrativa e política do Rio provocada pela gestão desastrosa de seu próprio partido, o MDB, e inventar uma intervenção na segurança pública fluminense que parece ter o principal objetivo de trazer dividendos a seu próprio governo, o presidente Michel Temer dá uma perigosa carta branca a setores das "forças de ordem" acostumados a preencher suas páginas com letras vermelhas de sangue.

Impunidade prepara novos ataques contra Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Mesmo num país no qual crimes políticos raramente são investigados, muito menos esclarecidos, a apuração sobre os três tiros contra dois ônibus da caravana de Lula já atinge um nível grotesco, justificando a certeza de que tudo será feito para que não se chegue a lugar nenhum - exatamente como ocorria nos piores momentos da ditadura militar.

Só para rememorar com três exemplos. Em 1971, quando o empresário Rubens Paiva foi torturado e morto, divulgou-se que havia escapado dos meganhas que o sequestraram e nunca mais fora visto. O assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, foi apresentado como suicídio, inclusive com foto forjada. Em 1981, o atentado a bomba do RioCentro, que poderia ter custado a vida de milhares de pessoas reunidas num show de 1 de Maio, no Rio de Janeiro, foi atribuído a uma organização armada, VPR.

Ministério da “xêpa” mantém Meirelles e Jucá

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer anunciou os “tapa-buracos” da antiga “equipe dos sonhos” da economia.

No lugar de Henrique Meirelles, Eduardo La Guardia, seu segundo na Fazenda e ex-secretário do Tesouro de Pedro Malan, no governo FHC.

No BNDES, onde há algum ainda para emprestar para as eleições, Dyogo Oliveira, posto por Romero Jucá no Planejamento quando este teve de sair, após o escândalo das gravações de Sérgio Machado, substitui Paulo Rabello de Castro, picado por uma inexplicada mosca azul de candidatura.

Lula e a repetição da farsa do Riocentro

Por Ricardo Amaral, no Jornal GGN:

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não tem a menor condição de conduzir um inquérito isento sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula na rodovia entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na noite da terça-feira, 27. Há fortes indícios de que se caminha para a construção de uma farsa semelhante ao inquérito do Ricocentro.

A primeira reação da Secretaria, tão logo o atentado foi denunciado à imprensa e pelas redes sociais, foi divulgar uma nota oficial escandalosamente mentirosa. Afirmava que Lula teria feito o percurso de helicóptero e que o PT não havia solicitado escolta para caravana.

A crise política e o dilema da oposição

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Na passagem dos 54 anos do golpe militar de 1964, o fantasma do adiamento das eleições tem rondado o meio político, com todos os riscos que isso representaria para a democracia. A possibilidade de um afastamento de Temer, por força da aprovação de uma nova denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, deixa os partidos de esquerda num dilema. Em outro momento, já estariam pedindo o impeachment e preparando atos com o refrão Fora Temer. Mas, em considerações reservadas, ainda sob o impacto das prisões de amigos do presidente, alguns de seus líderes ponderam que ficou tarde demais para seu afastamento e que agora sua manutenção traz mais segurança do que sua troca por Rodrigo Maia, com vistas à manutenção do calendário eleitoral.

Golpe de 1964: Estamos de volta ao passado?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Eu tinha 16 anos em 1964, estava começando a trabalhar num jornal de bairro e tinha a ligeira impressão de que algo de muito grave estava para acontecer.

Depois do comício de Jango na Central do Brasil e da revolta dos marinheiros no Rio, começou-se a clamar abertamente na imprensa por um golpe militar para “acabar com a baderna e a corrupção” e “livrar o país do comunismo”. Lembra alguma coisa?

Vivíamos os tempos da Guerra Fria e o país estava dividido entre reacionários e trabalhistas, direita e esquerda, como hoje.

Seguidor de Bolsonaro e a caravana de Lula

Por Daniel Giovanaz e Poliana Dallabrida, no jornal Brasil de Fato:

O jornalista Karlos Eduardo Antunes Kohlbach, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP-PR), também se apresenta como assessor de imprensa do comitê de campanha do deputado Jair Bolsonaro (PSL) em Curitiba. Esta semana, Kohlbach divulgou em um grupo de repórteres no WhatsApp a agenda oficial de Bolsonaro no Paraná. No mesmo grupo, o assessor da SESP-PR informou o posicionamento da pasta sobre as investigações do atentado à caravana do ex-presidente Lula (PT).

A mídia e o golpe militar de 1964

Por Altamiro Borges

Este 1º de abril marca os 54 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964. Na época, o imperialismo estadunidense, os latifundiários e parte da burguesia nativa derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart. Naquela época, a imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornalões continuaram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições.