Entrevista com Chico Malfitani, jornalista e publicitário com 35 anos de trabalho com marketing político. Comandou a histórica campanha que elegeu Luiza Erundina prefeita de São Paulo e hoje está na coordenação da campanha de televisão do candidato Guilherme Boulos
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
O contrato de vassalagem dos militares
Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:
Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.
Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil
Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.
Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.
Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil
Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.
Combater a agenda de Guedes e Damares
Por Esther Solano, na revista CartaCapital:
Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.
Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.
Sempre respondo a mesma coisa.
Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.
O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.
Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.
Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.
Sempre respondo a mesma coisa.
Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.
O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.
O pavor da taxação das grandes fortunas
Por Jair de Souza
Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.
As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.
Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.
As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.
Eleições e esquerdas: Esperando Godot
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.
Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.
Assinar:
Postagens (Atom)