sábado, 25 de junho de 2022

Cadê a CPI do balcão de negócios no MEC?

Pensar (e combater) o fascismo hoje

Bolsonaro segundo Weintraub

Um genocídio indígena institucionalizado

Um novo Plano Nacional da Cultura

Bolsonaro queima a cara

Em defesa da vida e da Amazônia

Iates de luxo e 20 milhões vivendo de bicos

Charge: Emanuele Del Rosso
Por Altamiro Borges


Duas notinhas publicadas na Folha nesta quarta-feira (22) mostram os absurdos das desigualdades no capitalismo. A primeira informa que “a empresa italiana de iates de luxo Azimut planeja aumentar a capacidade do seu estaleiro no Brasil e começar a fabricar novos modelos. No último ano, a filial brasileira cresceu mais de 20%. Desde a sua inauguração, em 2010, a empresa diz que já vendeu R$ 1,5 bilhão em embarcações”.

Ainda segundo o jornal, excitado com o luxo da cloaca burguesa, “a empresa viu aumentar a procura por megaiates, como os da linha Grande, lançada há menos de dois anos no Brasil. O modelo de barcos com área equivalente a 350 m² já teve dez unidades vendidas, das quais três estão em produção, e custa mais de R$ 50 milhões. A expansão visa atender, também, a chegada da linha Atlantis, com barcos de alta performance de design esportivo”.

Cadê a CPI do balcão de negócios no MEC?

Charge: Jônatas
Por Altamiro Borges


Antes mesmo do vazamento dos áudios que confirmam a interferência direta de Jair Bolsonaro para tentar salvar seu ex-ministro Milton Ribeiro, a oposição já havia conseguido as assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o balcão de negócios no Ministério da Educação. O requerimento reuniu 28 adesões na quinta-feira (23), uma a mais do que o mínimo exigido.

Mesmo assim, o presidente do Senado, o fisiológico Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que sabotará sua criação. No maior cinismo, ele afirmou em entrevista coletiva considerar que a proximidade das eleições “prejudica o escopo de uma comissão de inquérito”. Quando do pedido de criação da CPI da Covid, no ano passado, o oportunista também protelou a leitura do requerimento por mais de dois meses. Ela só foi instalada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).