segunda-feira, 1 de julho de 2019
Mídia mente sobre acordo Mercosul-UE
Por João Vicente Goulart, na revista Fórum:
Olhando neste sábado (29) a maioria das manchetes dos grandes jornalões brasileiros, assim como a programação dos maiores noticiários, como JN, GloboNews, Jornal da Band etc, deparei-me com as forçadas, grandes e espalhafatosas chamadas, do “maior acordo” que o Brasil, através de Bolsonaro-Macri, havia realizado com a União Europeia.
Olhando neste sábado (29) a maioria das manchetes dos grandes jornalões brasileiros, assim como a programação dos maiores noticiários, como JN, GloboNews, Jornal da Band etc, deparei-me com as forçadas, grandes e espalhafatosas chamadas, do “maior acordo” que o Brasil, através de Bolsonaro-Macri, havia realizado com a União Europeia.
Por que Bolsonaro perdeu a popularidade?
Por Victor Ohana, na revista CartaCapital:
Após um longo ciclo de desonestidades, somente um homem de bem, sem ligação com partidos políticos, sem ideologias, e que ama a sua pátria, é capaz de salvar o Brasil de corruptos e marginais vermelhos para retomar o crescimento. Condensar as palavras-chave eleitorais de Jair Bolsonaro em uma frase pode ajudar a compreender o discurso que o construiu como um “mito”. Após seis meses de governo, a desconstrução se impõe: o que o faz desintegrar?
Vaza-Jato, mídia e os atos de apoio a Moro
Número de textos publicados desde o primeiro dia da cobertura do escândalo (10/06/19) |
As manifestações do dia 30 de junho, motivadas pelos vazamentos do Intercept, foram o grande assunto do dia. O vigésimo segundo dia de cobertura contou com 16 textos sobre a Lava Jato, dentre eles duas manchetes, de O Globo e Estadão.
Hora de fazer justiça aos advogados de Lula
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Lendo matéria assinada pelo bravo jornalista Joaquim de Carvalho, no DCM, fico sabendo que Moro negou pedido feito pelos advogados de Lula para que fosse tomado o depoimento do ex-sindicalista Jacó Bittar, amigo de Lula há mais de 40 anos, no processo do sítio de Atibaia.
Isso porque Bittar, que é pai de Fernando Bittar, o verdadeiro e inequívoco dono da propriedade, estava pronto para jogar por terra com riqueza de detalhes a versão da Lava Jato, segundo a qual Lula seria o dono oculto do imóvel. Moro alegou “razões humanitárias” para não ouvir Bittar, porque ele sofre de Mal de Parkinson, o que traria constrangimento ao depoente.
Lendo matéria assinada pelo bravo jornalista Joaquim de Carvalho, no DCM, fico sabendo que Moro negou pedido feito pelos advogados de Lula para que fosse tomado o depoimento do ex-sindicalista Jacó Bittar, amigo de Lula há mais de 40 anos, no processo do sítio de Atibaia.
Isso porque Bittar, que é pai de Fernando Bittar, o verdadeiro e inequívoco dono da propriedade, estava pronto para jogar por terra com riqueza de detalhes a versão da Lava Jato, segundo a qual Lula seria o dono oculto do imóvel. Moro alegou “razões humanitárias” para não ouvir Bittar, porque ele sofre de Mal de Parkinson, o que traria constrangimento ao depoente.
Condenação de Lula: um crime clamoroso
Por Roberto Amaral, em seu blog:
A presente discussão em torno da licitude/ilicitude, legalidade/ilegalidade das revelações do The Intercept Brasil tem um só objetivo: esvaziar a gravidade de seu significado. Assim, ao invés de o debate travar-se em torno do mérito da questão, o conluio criminoso entre juiz e procuradores, deriva para o secundário, forma e meios de obtenção dos dados cuja revelação escreve uma página dolorosa da história do Poder Judiciário brasileiro.
No frigir dos ovos o grande sistema teme as conhecidas consequências da apuração dos fatos revelados, pois elas caminham da anulação pura e simples dos processos e de suas condenações, à punição daqueles agentes do Estado que prevaricaram.
No frigir dos ovos o grande sistema teme as conhecidas consequências da apuração dos fatos revelados, pois elas caminham da anulação pura e simples dos processos e de suas condenações, à punição daqueles agentes do Estado que prevaricaram.
The Intercept flagra a rainha nua
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:
A mídia empresarial-monopolista brasileira foi surpreendida pelo jornalismo.
Parece ironia, jogo de palavras.
Mas não é.
O The Intercept, assim como um raio caído num dia de céu azul, deixou-a estupefata e sem rumo, num primeiro momento.
Curioso vê-la girando em torno de um site, mariposa diante da luz, quase cega.
Lembra a população de Galveias, em Portugal, no belo romance de José Luís Peixoto, sem saber como lidar com algo que caíra do céu, abrira uma cratera gigantesca de onde exalava um insuportável cheiro de enxofre.
Que diabo é isso? – pareciam perguntar editores tão acostumados à placidez dos dias.
A mídia empresarial-monopolista brasileira foi surpreendida pelo jornalismo.
Parece ironia, jogo de palavras.
Mas não é.
O The Intercept, assim como um raio caído num dia de céu azul, deixou-a estupefata e sem rumo, num primeiro momento.
Curioso vê-la girando em torno de um site, mariposa diante da luz, quase cega.
Lembra a população de Galveias, em Portugal, no belo romance de José Luís Peixoto, sem saber como lidar com algo que caíra do céu, abrira uma cratera gigantesca de onde exalava um insuportável cheiro de enxofre.
Que diabo é isso? – pareciam perguntar editores tão acostumados à placidez dos dias.
O que pensam os militares brasileiros hoje?
Por Alexandre Fuccille, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Historicamente, a América Latina tem se caracterizado por ser uma região onde as relações civis-militares se desenvolveram de forma bastante atribulada. No caso da experiência brasileira, maior país e economia deste espaço geográfico, isso não foi diferente, particularmente no período republicano, nascido sob o signo da espada ainda no século XIX. Foi a partir da Guerra do Paraguai, também no século XIX, que as Forças Armadas brasileiras passaram a ter crescente importância política e militar. Militar porque as Forças, durante o conflito, verificaram a necessidade de dispor de novas técnicas e processos para que pudessem dar mais eficiência ao desempenho de suas múltiplas tarefas. Passou-se então a perceber a relação entre a organização militar e o grau de desenvolvimento econômico de um país como o nosso, onde eram tão incipientes as bases da industrialização. Até então, as Forças Armadas regulares eram vistas como uma reminiscência da dominação colonial.
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