segunda-feira, 15 de maio de 2017

Um apelo pela democracia

Por Jeferson Miola

Paulo Sérgio Pinheiro, que foi Secretário Nacional de Direitos Humanos no governo FHC e membro da Comissão Nacional da Verdade no governo Dilma, verbaliza o sentimento que inquieta a sociedade brasileira: “Estamos vivendo no Brasil uma escalada autoritária”.

Na opinião dele, “depois do fechamento do Instituto Lula não há absolutamente nenhuma dúvida. A decisão é um atentado contra o direito de associação, o direito de reunião, o direito de opinião, ao pluralismo e com um conteúdo nitidamente persecutório ao ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva”.

O papel da imprensa no julgamento de Lula

Foto: Mídia Ninja
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Depois de vazar ilegalmente para a Globo conversas particulares de Lula, de pedir o apoio da opinião pública através da imprensa, de ter discursado em eventos patrocinados por políticos do PSDB, de ter sua esposa dando entrevistas e aparecendo em capas de revistas, de assistir docilmente diversos vazamentos ilegais - e condenar apenas um, justamente o que em tese favoreceria a Lula - , o juiz Sérgio Moro teve a coragem de afirmar não ter nada a ver com o que é publicado pela imprensa.

“O senhor tem essas reclamações com a imprensa, e eu compreendo, mas o juiz não tem nenhuma relação com o que a imprensa publica ou não publica, e esses processos são públicos”.

Cruel com o povo, Temer dá bilhões aos ricos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O jogo ficou mais pesado, concorda a líder do PT no Senado, senadora Gleisi Hoffmann, tanto na ofensiva da Lava Jato contra Lula e Dilma como na marcha do governo Temer para impor sua agenda conservadora e aprovar as reformas a toque de caixa, enquanto distribui favores bilionários a bancos e empresas. Na reunião de hoje da bancada petista Gleisi colocará em pauta o desafio da oposição de denunciar o recrudescimento do golpe e ao mesmo tempo ampliar as formas de resistência e luta.

Golpistas confiaram na domesticação da Globo

Por Fátima Bezerra, no blog Viomundo:

Na madrugada do dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprovou a admissibilidade do impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, instituindo um Estado de Exceção a serviço de uma elite reacionária, ignorante e covarde.

Sob o olhar omisso do Supremo Tribunal Federal e a proteção do oligopólio da mídia, iniciava-se o processo de desconstrução do Estado Social inscrito na Constituição Cidadã, liderado não apenas por Michel Temer e o seu partido, mas sobretudo pelo PSDB, partido que foi derrotado quatro vezes seguidas nas eleições presidenciais.

O vírus global que veio de Washington

Por Sam Biddle, no site Outras Palavras:

Em meados de abril, um poderoso arsenal de ferramentas de software, aparentemente projetadas pela NSA para infectar e controlar computadores que usam sistema operacional Windows, foi vazado por uma entidade conhecida pelo nome de “Shadow Brokers” (agentes da sombra). Menos de um mês depois, a suposta ameaça de que criminosos usariam estas ferramentas contra o público em geral tornou-se real, e milhares de computadores no mundo inteiro estão agora paralisados, dominados por uma quadrilha desconhecida que exige uma recompensa.

Cinco tiros nos direitos trabalhistas

Por Edson Carneiro Índio, no site Carta Maior:

O Senado Federal acelera para votar sem debates o PLC 38/2017, da ‘deforma’ trabalhista. Temer e sua base parlamentar manobram para que nenhuma alteração seja feita no texto que veio da Câmara que garante aos empresários uma cesta de novas opções – na linguagem do mercado – para contratar mão de obra, podendo escolher entre tantas modalidades, aquela que propiciar menor custo e melhor se adaptar ao negócio.

O texto votado na Câmara traz alterações em mais de 100 artigos e 200 dispositivos da CLT, o que concorre para dificultar a compreensão e dispersar a resistência. O texto contém todas as exigências do empresariado, de todos os setores, e não dispensa factóides, armadilhas e alguns bodes na sala pra tentar nos confundir.

O pensamento do juiz autoritário em 14 pontos

Por Rubens Casara, no site Justificando:

I – Introdução

Em 1950, foram publicadas as conclusões da pesquisa conduzida por Theodor W. Adorno e outros pesquisadores, realizada nos Estados Unidos da América, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial e a derrota dos fascistas, com o objetivo de verificar a presença naquele país de tendências antidemocráticas, mais precisamente de indivíduos potencialmente fascistas e vulneráveis à propaganda antidemocrática. Os dados produzidos na pesquisa, tanto quantitativos quanto qualitativos, não deixaram dúvida: a potencialidade antidemocrática da sociedade norte-americana já era um risco presente naquela oportunidade.

Motivos para cassar a concessão da Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Não dá para levar a sério qualquer candidatura do campo democrático que não inclua em seu programa o acerto de contas com o monopólio da Globo. Se Lula conseguir vencer o cerco criminoso do qual é vítima e concorrer em 2018, ele vencerá a eleição. Mas, mesmo no caso do poderoso conluio golpista lograr o impedimento de Lula, o candidato da oposição, seja ele quem for, não tem como fugir desse debate. Para além de um compromisso político-partidário, é um dever de honra com a afirmação da cidadania e uma imposição ditada pela pluralidade da nossa sociedade.

Golpe pode inventar Macron brasileiro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apenas o espírito abertamente reacionário dos tempos atuais explica o sucesso da palavra "centrista" para designar o novo presidente da França, Emmanoel Macron.

Sua aceitação mesmo no Brasil, país que deu quatro vitórias consecutivas ao Partido dos Trabalhadores nas eleições presidenciais entre 2002 e 2014, mostra a fantasia ideológica construída no país após golpe que afastou Dilma Rousseff.

Em tempos de maior lucidez e respeito pelas ideias políticas e pelo significado real das palavras, Macron seria chamado sem receio como aquilo que é -- um líder conservador, de direita, com um programa destinado a defender interesses e reconstruir privilégios das camadas superiores da sociedade francesa, enfraquecendo direitos e conquistas dos trabalhadores e da população em geral.

O novo golpe está sendo preparado

As “reformas” e o futuro dos trabalhadores

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Já há fartíssima massa crítica sobre as mudanças, chamadas eufemisticamente de reformas (previdenciária e trabalhista), que o governo quer fazer na Previdência e nas relações de trabalho, por meio das proposições — PEC 287/16 e PLC 38/17 - PL 6.787/16 — que encaminhou ao Congresso Nacional, em dezembro de 2016.

A reforma da Previdência institui idade mínima para o Regime Geral em 65 (H) e 62 (M), aumenta idade no Regime Próprio de 60 para 65 (H) e de 55 para 62 (M) e, ainda, aumenta a carência (contribuição) de 15 para 25 anos para concessão de aposentadoria.