Por Altamiro BorgesMais um miliciano bolsonarista dançou na Justiça. Marcelo Xavier, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) durante o covil fascista de Jair Bolsonaro e ex-delegado da Polícia Federal, foi condenado nesta quarta-feira (15) a dez de prisão por perseguir servidores do órgão e lideranças indígenas e pressionar pela liberação do chamado Linhão de Tucuruí. A sentença foi assinada pelo juiz federal Thadeu José Piragibe Afonso, que também determinou o pagamento de multa e a perda de cargo público. Ainda cabe recurso.
Marcelo Xavier tem vasta ficha corrida. Segundo matéria da Folha, “ele responde a outros processos sobre desmonte da Funai e foi indiciado pela PF sob suspeita de homicídio com dolo eventual no caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Agora, ele foi condenado por pressionar e perseguir servidores, lideranças indígenas e um procurador da República, para tentar liberar a obra do Linhão de Tucuruí, uma rede de transmissão de energia de 122 km para ligar o estado de Roraima ao sistema nacional, e que atravessa a reserva Waimiri Atroari”.