Às 21h14 desta quarta-feira (8), a Agência Brasil deu uma trágica notícia: "A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que trata da regulamentação do trabalho terceirizado. Os destaques e sugestões de alterações serão discutidos na próxima semana". Na prática, os deputados aprovaram a volta da escravidão ao Brasil. Com a terceirização das chamadas atividades-fim, o assalariado não terá mais os direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terá ainda maiores dificuldade para se organizar em sindicatos na luta contra o desemprego, o arrocho salarial e a precarização. Já a sociedade como um todo sofrerá com os péssimos serviços prestados pelas terceirizadas.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O tempo pressiona o governo Dilma
Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:
O grande risco de tomar um momento por outro, e de tratar como iguais coisas que são apenas semelhantes, é não entender o ritmo próprio que a história impõe aos acontecimentos. Uma noção distorcida do governo sobre o tempo que dispõe para deter a corrosão da popularidade da presidenta Dilma Rousseff acaba anulando os resultados de qualquer eventual ação política para reverter esse processo.
O grande risco de tomar um momento por outro, e de tratar como iguais coisas que são apenas semelhantes, é não entender o ritmo próprio que a história impõe aos acontecimentos. Uma noção distorcida do governo sobre o tempo que dispõe para deter a corrosão da popularidade da presidenta Dilma Rousseff acaba anulando os resultados de qualquer eventual ação política para reverter esse processo.
Desconstrução do choque de gestão em MG
Nas eleições norte-americanas de 1877, o magnata William Henry Smith, um dos principais acionistas da Western Telegraph (o monopólio estatal de telégrafo sem fio) e da Associated Press (única agência de notícias do país), aliou-se ao New York Times para promover a candidatura de Rutherford Hayes à presidência da República.
A estratégia adotada foi a de enaltecer cada espirro de Hayes e desconstruir cada declaração do adversário.
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O choro de Villa é o sorriso de Dilma
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
“Por trás de um homem triste, há sempre uma mulher feliz”, diz a canção de um dos mais ilustres cabos eleitorais de Dilma Rousseff.
A letra de Chico Buarque encaixa-se como luva no desespero de Marco Antonio Villa, historiador ultra-tucano e pau para toda a obra da mídia corporativa.
Desde meados do governo Lula, quando a mídia tentou derrubar o governo transformando o mensalão, um caso vulgar de caixa 2, num escândalo quase metafísico, Villa tornou-se num de seus pitbulls mais constantes. Digamos que ele passou a viver disso. Tornou-se um dos primeiros pistoleiros profissionais na guerra da mídia contra o PT.
“Por trás de um homem triste, há sempre uma mulher feliz”, diz a canção de um dos mais ilustres cabos eleitorais de Dilma Rousseff.
A letra de Chico Buarque encaixa-se como luva no desespero de Marco Antonio Villa, historiador ultra-tucano e pau para toda a obra da mídia corporativa.
Desde meados do governo Lula, quando a mídia tentou derrubar o governo transformando o mensalão, um caso vulgar de caixa 2, num escândalo quase metafísico, Villa tornou-se num de seus pitbulls mais constantes. Digamos que ele passou a viver disso. Tornou-se um dos primeiros pistoleiros profissionais na guerra da mídia contra o PT.
Globo prega redução da maioridade
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:
O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira (6) um editorial intitulado “Destravar o debate”, defendendo a redução da maioridade penal. Nada demais um jornal defender uma opinião sobre um tema que faz parte da pauta nacional. Mas chamam a atenção os fracos argumentos que embasam a posição de O Globo na questão da maioridade penal. Tão fracos que nos fazem pensar que O Globo só defende a redução por uma questão de coerência histórica.
O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira (6) um editorial intitulado “Destravar o debate”, defendendo a redução da maioridade penal. Nada demais um jornal defender uma opinião sobre um tema que faz parte da pauta nacional. Mas chamam a atenção os fracos argumentos que embasam a posição de O Globo na questão da maioridade penal. Tão fracos que nos fazem pensar que O Globo só defende a redução por uma questão de coerência histórica.
Terceirização: o que está em jogo?
Por Sávio M. Cavalcante, no blog Escrevinhador:
O Congresso Nacional está prestes a iniciar a votação do Projeto de Lei 4330/04 que, se aprovado – na íntegra ou mesmo parcialmente – representará uma modificação estrutural das relações trabalhistas no país. Seus formuladores defendem o projeto porque ele regulamentaria a terceirização no Brasil, uma prática já largamente utilizada por empresas de todos os ramos e que teria por objetivo principal a busca de eficiência, agilidade e qualidade com aumento da oferta de empregos.
O Congresso Nacional está prestes a iniciar a votação do Projeto de Lei 4330/04 que, se aprovado – na íntegra ou mesmo parcialmente – representará uma modificação estrutural das relações trabalhistas no país. Seus formuladores defendem o projeto porque ele regulamentaria a terceirização no Brasil, uma prática já largamente utilizada por empresas de todos os ramos e que teria por objetivo principal a busca de eficiência, agilidade e qualidade com aumento da oferta de empregos.
Carta Mundial da Mídia Livre
Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):
Nós, comunicadores/as e ativistas, engajados/as em múltiplas práticas de comunicação emancipatória em diferentes regiões do mundo, livremente reunidos/as em março de 2015 em Túnis, por ocasião do 4º Fórum Mundial de Mídia Livre, organizado nos marcos do Fórum Social Mundial 2015, adotamos a presente Carta Mundial da Mídia Livre, como resultado de nossa reflexão coletiva iniciada em 2013 e como expressão da nossa voz de resistência e engajamento em defesa de uma comunicação justa e emancipatória, comprometida com as evoluções do mundo e da humanidade.
A terceirização será liberada no Brasil?
Por Samantha Maia, na revista CartaCapital:
Depois de 11 anos de trâmite no Congresso, o projeto de lei que libera a terceirização da contratação de serviços no Brasil deve ir para votação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira 8. O projeto é defendido pelos empresários, que afirmam que a lei acabará com a insegurança jurídica na contratação de terceirizados e aumentará a competitividade das companhias. “A terceirização é uma forma moderna de organização, o mundo inteiro terceiriza para ganha eficiência”, diz Alexandre Furlan, vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias.
O jornalismo sem sutilezas
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
O texto jornalístico vem perdendo qualidade há muitos anos e a imprensa brasileira se caracteriza hoje, entre outras coisas, pela pobreza homogênea dos recursos linguísticos. Nos estudos acadêmicos sobre a questão, destaca-se a produção do falecido repórter Marcos Faerman, que segue sendo tema de livros e teses de pós-graduação, passados mais de quinze anos de sua morte. Entre os jornalistas vivos, destaca-se a também gaúcha Eliane Brum, que atua no site brasileiro do diário espanhol El País.
Democracia requer cuidado permanente
Da Revista do Brasil:
Um antigo hábito da política estabelece certa "trégua" aos governantes em seus 100 primeiros dias de gestão. No caso de Dilma Rousseff, que chega a essa marca em 10 de abril, não houve calmaria. Uma combinação de erros de gestão, medidas impopulares, situação econômica difícil e sanha oposicionista, ainda com inconformismo pela derrota eleitoral, deixou o governo na defensiva. No final do mês passado, o Planalto anunciou medidas de combate à corrupção e acenou com diálogo, mas ainda enfrenta impopularidade e uma reação turbulenta com o Congresso. Fora e dentro do governo, a avaliação é de que o Executivo terá de se comunicar melhor e ouvir mais.
Um antigo hábito da política estabelece certa "trégua" aos governantes em seus 100 primeiros dias de gestão. No caso de Dilma Rousseff, que chega a essa marca em 10 de abril, não houve calmaria. Uma combinação de erros de gestão, medidas impopulares, situação econômica difícil e sanha oposicionista, ainda com inconformismo pela derrota eleitoral, deixou o governo na defensiva. No final do mês passado, o Planalto anunciou medidas de combate à corrupção e acenou com diálogo, mas ainda enfrenta impopularidade e uma reação turbulenta com o Congresso. Fora e dentro do governo, a avaliação é de que o Executivo terá de se comunicar melhor e ouvir mais.
Terceirização é retrocesso civilizatório
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Marcada para hoje, na Câmara de Deputados, a votação do projeto de lei 4330, que permite a terceirização sem limites dos contratos de trabalho, representa um encontro dos brasileiros com sua história. Ao contrário de outros momentos da evolução de um país, porém, desta vez o encontro representa uma tentativa do obrigar o Brasil e os brasileiros a andar para trás.
Marcada para hoje, na Câmara de Deputados, a votação do projeto de lei 4330, que permite a terceirização sem limites dos contratos de trabalho, representa um encontro dos brasileiros com sua história. Ao contrário de outros momentos da evolução de um país, porém, desta vez o encontro representa uma tentativa do obrigar o Brasil e os brasileiros a andar para trás.
A corrosão da credibilidade da Veja
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
E eis que Erenice Guerra irrompeu espetacularmente na Veja no sábado passado.
Ela seria nada menos que o chefão no caso Zelotes. Numa interpretação livre de muita gente nas redes sociais, ali estava o elo perdido.
Em Erenice você chegava a ela, sempre ela: Dilma.
Ela seria nada menos que o chefão no caso Zelotes. Numa interpretação livre de muita gente nas redes sociais, ali estava o elo perdido.
Em Erenice você chegava a ela, sempre ela: Dilma.
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