Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
E eis que Erenice Guerra irrompeu espetacularmente na Veja no sábado passado.
Ela seria nada menos que o chefão no caso Zelotes. Numa interpretação livre de muita gente nas redes sociais, ali estava o elo perdido.
Em Erenice você chegava a ela, sempre ela: Dilma.
A Veja não tinha documentos consistentes, mas isso há muito tempo deixou de ser um problema para a revista quando se trata de assassinar reputações.
A revista sabe que não terá consequências jurídicas no Brasil. Nos Estados Unidos ou na Inglaterra, seria bem diferente. Mas, como diziam Victor e Roberto Civita, as coisas são bem mais fáceis no “Hemisfério Sul”.
Erenice apareceu em um ou outro email entre os tantos interceptados pela Polícia Federal na Zelotes.
Nada de comprometedor, nada que comprove nada, um nome entra dezenas, centenas. Sequer investigada ela está sendo, embora a Veja garanta que isso em breve acontecerá.
Mas a fragilidade de base para ataques não quer dizer nada para a Veja faz tempo.
Fiz um exercício.
Testei a repercussão da revista.
Fui algumas vezes ao G1. Nada. A perda de credibilidade da Veja é tão brutal que sequer o G1 deu o furo de Erendice.
E considere. Por trás do G1 está o jornalista Erick Bretas, que publicamente conclamou as pessoas a marcharem contra o governo no dia 15 de março.
Nem o G1, por ora, comprou a história da Veja.
Houve, a rigor, uma adesão notável. A do UOL. Pelas mãos calejadas, e fortemente reacionárias, do blogueiro Josias de Souza.
Josias é a nova velhinha de Taubaté. Acredita na Veja em quaisquer circunstâncias.
Um artigo seu sequer questionou a qualidade da informação. “Erenice será investigada na Operação Zelotes” era o título.
Em qualquer manual, o certo seria: “Revista diz que etc etc.” Mas não. Josias é a velhinha de Taubaté da Veja.
Josias conta que Erenice foi “ejetada” da Casa Civil depois de cinco meses no cargo, sob acusações de favorecer negócios da família.
Ele não acrescentou que ela posteriormente foi inocentada das acusações, mas também para ele este é, evidentemente, um detalhe.
O artigo ocupou durante algum tempo a manchete do UOL. Depois, sumiu misteriosamente da home, talvez por obra de um editor menos crédulo.
Outra adesão imediata veio do jornalista José Neumanne. Como Josias, Neumanne encontra espaço na florescente indústria do antipetismo jornalístico.
Até aqui, em nome da justiça, sequer os blogueiros da própria Veja se aventuraram. Nem mesmo o Brad Pitt de Taquaritinga fez suas habituais graças provincianas.
Claro que, para os leitores típicos dessa espécie de jornalismo, os chamados analfabetos políticos, os populares APS, o texto da Veja foi suficiente para conclusões acima de toda dúvida.
Observe os comentários dos APS.
Eles incorporam bovinamente as acusações e incluem Dilma.
Dilma, e isso se alastra velozmente pelas redes sociais, passa a ser o principal nome implicado na Operação Zelotes.
Por muito menos, os britânicos exigiram uma nova regulação para sua mídia.
Mas aqui é o Brasil, e somos informados neste começo de semana que o governo desistiu de sequer enviar ao Congresso um projeto de regulação de caráter simbólico.
Victor e Roberto Civita estavam certos. É mais fácil a vida no Hemisfério Sul.
Ela seria nada menos que o chefão no caso Zelotes. Numa interpretação livre de muita gente nas redes sociais, ali estava o elo perdido.
Em Erenice você chegava a ela, sempre ela: Dilma.
A Veja não tinha documentos consistentes, mas isso há muito tempo deixou de ser um problema para a revista quando se trata de assassinar reputações.
A revista sabe que não terá consequências jurídicas no Brasil. Nos Estados Unidos ou na Inglaterra, seria bem diferente. Mas, como diziam Victor e Roberto Civita, as coisas são bem mais fáceis no “Hemisfério Sul”.
Erenice apareceu em um ou outro email entre os tantos interceptados pela Polícia Federal na Zelotes.
Nada de comprometedor, nada que comprove nada, um nome entra dezenas, centenas. Sequer investigada ela está sendo, embora a Veja garanta que isso em breve acontecerá.
Mas a fragilidade de base para ataques não quer dizer nada para a Veja faz tempo.
Fiz um exercício.
Testei a repercussão da revista.
Fui algumas vezes ao G1. Nada. A perda de credibilidade da Veja é tão brutal que sequer o G1 deu o furo de Erendice.
E considere. Por trás do G1 está o jornalista Erick Bretas, que publicamente conclamou as pessoas a marcharem contra o governo no dia 15 de março.
Nem o G1, por ora, comprou a história da Veja.
Houve, a rigor, uma adesão notável. A do UOL. Pelas mãos calejadas, e fortemente reacionárias, do blogueiro Josias de Souza.
Josias é a nova velhinha de Taubaté. Acredita na Veja em quaisquer circunstâncias.
Um artigo seu sequer questionou a qualidade da informação. “Erenice será investigada na Operação Zelotes” era o título.
Em qualquer manual, o certo seria: “Revista diz que etc etc.” Mas não. Josias é a velhinha de Taubaté da Veja.
Josias conta que Erenice foi “ejetada” da Casa Civil depois de cinco meses no cargo, sob acusações de favorecer negócios da família.
Ele não acrescentou que ela posteriormente foi inocentada das acusações, mas também para ele este é, evidentemente, um detalhe.
O artigo ocupou durante algum tempo a manchete do UOL. Depois, sumiu misteriosamente da home, talvez por obra de um editor menos crédulo.
Outra adesão imediata veio do jornalista José Neumanne. Como Josias, Neumanne encontra espaço na florescente indústria do antipetismo jornalístico.
Até aqui, em nome da justiça, sequer os blogueiros da própria Veja se aventuraram. Nem mesmo o Brad Pitt de Taquaritinga fez suas habituais graças provincianas.
Claro que, para os leitores típicos dessa espécie de jornalismo, os chamados analfabetos políticos, os populares APS, o texto da Veja foi suficiente para conclusões acima de toda dúvida.
Observe os comentários dos APS.
Eles incorporam bovinamente as acusações e incluem Dilma.
Dilma, e isso se alastra velozmente pelas redes sociais, passa a ser o principal nome implicado na Operação Zelotes.
Por muito menos, os britânicos exigiram uma nova regulação para sua mídia.
Mas aqui é o Brasil, e somos informados neste começo de semana que o governo desistiu de sequer enviar ao Congresso um projeto de regulação de caráter simbólico.
Victor e Roberto Civita estavam certos. É mais fácil a vida no Hemisfério Sul.
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