O 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília esta semana, é ocasião propícia para fazermos um exercício de reflexão que, a rigor, deveria ser permanente, cotidiano, obstinado: o que nós, seres humanos, fizemos (estamos fazendo) de nossa fonte básica de existência? Quem são os destinatários desta fonte tão fundamental à sobrevivência do planeta? Quem controla o seu uso? Compreendemos, como mantra, que sem água não há vida? Não são perguntas despropositadas, ainda mais quando o dia 22 de março, a ela consagrado, é o Dia Mundial da Vida.
quinta-feira, 22 de março de 2018
E a água segue escoando pelo ralo
O 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília esta semana, é ocasião propícia para fazermos um exercício de reflexão que, a rigor, deveria ser permanente, cotidiano, obstinado: o que nós, seres humanos, fizemos (estamos fazendo) de nossa fonte básica de existência? Quem são os destinatários desta fonte tão fundamental à sobrevivência do planeta? Quem controla o seu uso? Compreendemos, como mantra, que sem água não há vida? Não são perguntas despropositadas, ainda mais quando o dia 22 de março, a ela consagrado, é o Dia Mundial da Vida.
Morte de Marielle inibirá os conservadores?
Por Carol Scorce, na revista CartaCapital:
A morte da vereadora carioca e ativista de direitos humanos Marielle Franco parece ter abalado a confiança do campo conservador e de seus discursos de ódio em pleno ano eleitoral. Nesse sentido, o silêncio do presidenciável Jair Bolsonaro sobre o assassinato da parlamentar é significativo.
Diante da forte reação à morte de Marielle, alguns expoentes reacionários se resguardam, como fez o pré-candidato do PSL, enquanto outras figuras públicas tiveram de voltar atrás em suas declarações. Agora, resta saber se o brutal assassinato da vereadora terá influência sobre um possível recuo do discurso conservador nas eleições deste ano.
Diante da forte reação à morte de Marielle, alguns expoentes reacionários se resguardam, como fez o pré-candidato do PSL, enquanto outras figuras públicas tiveram de voltar atrás em suas declarações. Agora, resta saber se o brutal assassinato da vereadora terá influência sobre um possível recuo do discurso conservador nas eleições deste ano.
Decisão do STF deixa a direita louca de ódio
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não se antecipe em otimismos com o resultado parcial do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Lula.
É que a estratégia dos linchadores foi grosseira demais.
Recusar o exame do habeas corpus seria excessivamente flagrante.
Mas a “ala monstro” do Judiciário não o aceitou.
Luiz Fachin, o minúsculo, quis recusar a admissibilidade que ele próprio teria afastado, ao receber o pedido, seu aditamento e encaminha-lo ao plenário.
Não se antecipe em otimismos com o resultado parcial do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Lula.
É que a estratégia dos linchadores foi grosseira demais.
Recusar o exame do habeas corpus seria excessivamente flagrante.
Mas a “ala monstro” do Judiciário não o aceitou.
Luiz Fachin, o minúsculo, quis recusar a admissibilidade que ele próprio teria afastado, ao receber o pedido, seu aditamento e encaminha-lo ao plenário.
Freixo e o bonde da história
Por Renato Rovai, em seu blog:
Momentos difíceis exigem coragem e compromissos maiores do que as nossas ambições pessoais.
A decisão do PT e do PCdoB de apoiar o deputado estadual Marcelo Freixo se ele for o candidato do PSoL ao governo do Rio é o grande fato político do campo progressista nos últimos anos.
Permite não só uma aliança inédita com grandes chances de vitória (imaginem a força de uma chapa Freixo e Celso Amorim) como também pode significar um ponto de inflexão na história do Rio de Janeiro.
Momentos difíceis exigem coragem e compromissos maiores do que as nossas ambições pessoais.
A decisão do PT e do PCdoB de apoiar o deputado estadual Marcelo Freixo se ele for o candidato do PSoL ao governo do Rio é o grande fato político do campo progressista nos últimos anos.
Permite não só uma aliança inédita com grandes chances de vitória (imaginem a força de uma chapa Freixo e Celso Amorim) como também pode significar um ponto de inflexão na história do Rio de Janeiro.
Estão de olho nos seus dados pessoais
Por Tiago Pereira, na Revista do Brasil:
Seu provedor de acesso à internet sabe as páginas que você visita, se fica mais tempo nas redes sociais ou assistindo a filmes e vídeos. Se costuma fornecer o seu CPF à farmácia perto de sua casa, na hora de pagar seus remédios, ela sabe, por exemplo, que a cada dois meses você compra aquele medicamento para descongestionar o nariz, o que pode indicar um futuro problema crônico nas vias respiratórias. Se utiliza bilhete eletrônico no transporte público, a prefeitura guarda os dados sobre horários e trajetos mais utilizados. Google e Facebook pedem para que a gente revele a festa em que estivemos e quem lá encontramos.
Precisamos ingressar na idade da razão
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O Brasil desmoraliza o impossível: a tragédia nacional se agrava dia a dia, abarcando todos os setores da vida nacional, esgarçando o tecido social, trabalhado pela violência indiscriminada e pela intolerância estimulada, em níveis jamais conhecidos em nossa História.
É a mais grave crise da vida republicana que, no passado, por diversas vezes, foi espaço de rupturas constitucionais, violação de direitos e retrocessos políticos, sempre em prejuízo dos trabalhadores e dos mais pobres.
O Brasil desmoraliza o impossível: a tragédia nacional se agrava dia a dia, abarcando todos os setores da vida nacional, esgarçando o tecido social, trabalhado pela violência indiscriminada e pela intolerância estimulada, em níveis jamais conhecidos em nossa História.
É a mais grave crise da vida republicana que, no passado, por diversas vezes, foi espaço de rupturas constitucionais, violação de direitos e retrocessos políticos, sempre em prejuízo dos trabalhadores e dos mais pobres.
Compra de votos derruba presidente do Peru
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, foi saudado com entusiasmo pelos articulistas de direita da mídia comercial ao ser eleito em 2016. “Um Armínio Fraga peruano”, saudou o autor de best-sellers reaça Leandro Narloch na Veja. “O Peru foi salvo”, comemorou o Nobel de Literatura peruano e ícone liberal Mario Vargas Llosa. O economista “libertário” norte-americano Tyler Cowen escreveu que Kuczynski tinha uma formação de “dar inveja” aos presidentes de seu país. Mas Kuczynski durou apenas um ano e meio no cargo: hoje renunciou à presidência após meses às voltas com denúncias de corrupção.
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, foi saudado com entusiasmo pelos articulistas de direita da mídia comercial ao ser eleito em 2016. “Um Armínio Fraga peruano”, saudou o autor de best-sellers reaça Leandro Narloch na Veja. “O Peru foi salvo”, comemorou o Nobel de Literatura peruano e ícone liberal Mario Vargas Llosa. O economista “libertário” norte-americano Tyler Cowen escreveu que Kuczynski tinha uma formação de “dar inveja” aos presidentes de seu país. Mas Kuczynski durou apenas um ano e meio no cargo: hoje renunciou à presidência após meses às voltas com denúncias de corrupção.
Maioria do STF derrota bancada da mídia
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Uma nova divisão ficou evidente na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal que começou a julgar nesta terça-feira o habeas corpus impetrado pela defesa de Lula para impedir sua prisão imediata.
Mesmo sem discutir o mérito do pedido, mas apenas se deveria ou não ser aceito para julgamento, formou-se ampla maioria a favor da posição da defesa.
Por 7 votos a 4, a maioria do STF admitiu julgar o habeas corpus, mas a sessão foi suspensa e o plenário só voltará a se reunir no dia 4 de abril porque o tribunal fecha para a Semana Santa.
Mesmo sem discutir o mérito do pedido, mas apenas se deveria ou não ser aceito para julgamento, formou-se ampla maioria a favor da posição da defesa.
Por 7 votos a 4, a maioria do STF admitiu julgar o habeas corpus, mas a sessão foi suspensa e o plenário só voltará a se reunir no dia 4 de abril porque o tribunal fecha para a Semana Santa.
Retomada da democracia é questão estratégica
Foto: Cezar Xavier |
O manifesto Unidade para reconstruir o Brasil foi tema de debate nesta terça-feira (20), em São Paulo, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Os presidentes e representantes das fundações que assinam o documento dialogaram, acompanhados do comentário e questionamentos da jornalista Maria Inês Nassif e da presidenta da UJS, Carina Vitral.
Os representantes das fundações foram seus presidentes Marcio Pochmann (Fundação Perseu Abramo), Renato Rabelo (Fundação Mauricio Grabois), Francisvaldo Mendes (Fundação Lauro Campos) e Henrique Matthiessen, que substituiu Manoel Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
Água: a disputa do século recrudesce
Por Riccardo Petrella, no site Outras Palavras:
Três razões para repensar a água:
1. A mercantilização, monetização e privatização da água e dos serviços hídricos: danos e falhas
Sob a vaga “triunfante” da chamada “terceira revolução industrial” (tecnologias da informação e da comunicação, biotecnologia, novos materiais, transportes e energias renováveis) e da globalização desregulada que emerge da economia capitalista de mercado, todas as formas de vida foram mercantilizadas nos últimos 50 anos, e tudo o que um dia foi considerado como serviço público essencial para a vida e o viver juntos, sob a responsabilidade coletiva das comunidades humanas, foi privatizado e submetido às “regras” dos mercados financeiros mundiais cada vez mais alienados da economia real.
1. A mercantilização, monetização e privatização da água e dos serviços hídricos: danos e falhas
Sob a vaga “triunfante” da chamada “terceira revolução industrial” (tecnologias da informação e da comunicação, biotecnologia, novos materiais, transportes e energias renováveis) e da globalização desregulada que emerge da economia capitalista de mercado, todas as formas de vida foram mercantilizadas nos últimos 50 anos, e tudo o que um dia foi considerado como serviço público essencial para a vida e o viver juntos, sob a responsabilidade coletiva das comunidades humanas, foi privatizado e submetido às “regras” dos mercados financeiros mundiais cada vez mais alienados da economia real.
O assassinato de Marielle e a TV Globo
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
Estamos e estaremos, durante muito tempo, sob impacto do assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, na última quarta-feira (14.03), no Rio de Janeiro.
Mulher negra, moradora da Maré, socióloga, ativista dos movimentos feminista e negro, aos 38 anos, em plena ascensão política, Marielle tinha todas as qualidades para ser, em futuro próximo, excelente liderança nacional e de esquerda.
Sua morte interrompe, bruscamente, este processo.
Estamos e estaremos, durante muito tempo, sob impacto do assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, na última quarta-feira (14.03), no Rio de Janeiro.
Mulher negra, moradora da Maré, socióloga, ativista dos movimentos feminista e negro, aos 38 anos, em plena ascensão política, Marielle tinha todas as qualidades para ser, em futuro próximo, excelente liderança nacional e de esquerda.
Sua morte interrompe, bruscamente, este processo.
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