Os repórteres Paula Soprana, Leonardo Vieceli e Daniela Arcanjo, na Folha de hoje, fazem uma chocante visita à mesa dos brasileiros mais pobres, aqueles que não entram nas contas dos analistas de economia e de política, muito menos nos passeios de motocicleta de Jair Bolsonaro.
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
A inflação dos mais pobres, com ganho de até 1,5 mínimos é quase 50% maior que a das famílias de renda de renda superior a 15 salários mínimos
Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que a inflação atingiu os mais pobres na pandemia. Segundo o instituto, a faixa da população com renda considerada muito baixa (inferior a R$ 1.650,50 por mês) registrou inflação de 9,24% no acumulado de 12 meses até junho. É a maior variação entre os seis grupos pesquisados.
A situação tende a ficar pior nos próximos meses: há sinais de que o preço dos alimentos está voltando a subir e o peso da energia elétrica nas despesas da casa já contribui para o “apagão dos pobres”, quando as tomadas ficam sem energia não por falta d’água, mas for falta de dinheiro para pagar as contas de luz.
Será que os nossos ilustres colunistas políticos – órfãos do tucanato agonizante – realmente querem que estes brasileiros – ao menos isso concedam, já que não os acham cidadãos – querem discutir “terceira via” ou retomar os tempos em que podiam comer com dignidade?
É esta memória, a da parca felicidade em ver os filhos alimentados, que acham que, em poucos anos, o povão perdeu?
E aos nossos “ultraesquerdistas”, pergunta-se: será que querem aproveitar o fogaréu na estátua de Borba Gato para moquear uns pezinhos de frango?
Será tão difícil ver que é contra os direitos do povo que se levanta o medo da desordem, argumento que sempre serviu para legitimar os poderosos e justificar as armas?
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
A inflação dos mais pobres, com ganho de até 1,5 mínimos é quase 50% maior que a das famílias de renda de renda superior a 15 salários mínimos
Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que a inflação atingiu os mais pobres na pandemia. Segundo o instituto, a faixa da população com renda considerada muito baixa (inferior a R$ 1.650,50 por mês) registrou inflação de 9,24% no acumulado de 12 meses até junho. É a maior variação entre os seis grupos pesquisados.
A situação tende a ficar pior nos próximos meses: há sinais de que o preço dos alimentos está voltando a subir e o peso da energia elétrica nas despesas da casa já contribui para o “apagão dos pobres”, quando as tomadas ficam sem energia não por falta d’água, mas for falta de dinheiro para pagar as contas de luz.
Será que os nossos ilustres colunistas políticos – órfãos do tucanato agonizante – realmente querem que estes brasileiros – ao menos isso concedam, já que não os acham cidadãos – querem discutir “terceira via” ou retomar os tempos em que podiam comer com dignidade?
É esta memória, a da parca felicidade em ver os filhos alimentados, que acham que, em poucos anos, o povão perdeu?
E aos nossos “ultraesquerdistas”, pergunta-se: será que querem aproveitar o fogaréu na estátua de Borba Gato para moquear uns pezinhos de frango?
Será tão difícil ver que é contra os direitos do povo que se levanta o medo da desordem, argumento que sempre serviu para legitimar os poderosos e justificar as armas?
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