Na quinta-feira passada (15), o Google removeu o canal bolsonarista “Terça Livre” do YouTube após decisão favorável da Justiça brasileira. A página havia sido suspensa em fevereiro, mas o seu criador, o difusor de fake news e propagador de ódio Allan dos Santos, conseguiu mantê-la por meio de liminar. Agora, ela volta a ser censurada.
A juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou improcedente a volta do canal, o que garantiu o direito à multinacional para a sua remoção. "Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", afirma nota do Google.
Briga de bandidos
A pendenga entre o YouTube e o “Terça Livre” é uma briga de bandidos. Ela confronta uma "big tech" estadunidense, que se considera dona do mundo, e um canal neofascista. A página, que tem mais de 1,23 milhão de inscritos na plataforma, já violou várias vezes as suas regras. Entre outros crimes, o canal postou vídeos sugerindo que houve fraude nas eleições presidenciais dos EUA no fim do ano passado – defendendo a ação terrorista de Donald Trump.
A página do criminoso Allan dos Santos também postou conteúdo em apoio à invasão do Capitólio, em janeiro, o que o Google considerou "incitação para que outras pessoas cometam atos violentos contra indivíduos". Em função dessas postagens, o “Terça Livre” foi suspenso – nada tendo a ver com os incontáveis textos favoráveis ao genocida Jair Bolsonaro no Brasil.
Em live postada após a remoção do Google, o influenciador fujão, que hoje vive nos EUA, posou de vítima, anunciou que poderá fechar o seu canal e pediu socorro financeiro aos seus fanáticos seguidores. Allan dos Santos está cada dia mais acuado. No passado recente, como lembra uma reportagem do jornal O Globo, “o blogueiro bolsonarista alvo da Polícia Federal tinha trânsito livre no Palácio do Planalto”. Ele era considerado o chefão da tropa digital do presidente.
O chefão do tropa digital bolsonarista
Mas as investigações da CPMI das Fake News, no Congresso Nacional, e o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) cortaram suas asinhas. “Ao longo da investigação, a Polícia Federal encontrou provas e conversas de WhatsApp que revelam como o blogueiro dava as cartas no governo Bolsonaro, tentando influenciar em nomeações de cargos públicos, incentivando uma intervenção militar, que é inconstitucional, e discutindo a liberação de verbas para a ‘mídia aliada’ com Fábio Wajngarten, então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom)”, descreve o jornal.
“A influência de Allan dos Santos no governo Bolsonaro ia muito além das suas publicações e mensagens de celular. De acordo com provas colhidas pela PF, o blogueiro tinha contato direto com integrantes do Planto e promovia em sua residência em Brasília encontros com parlamentares e apoiadores do presidente para discutir temas políticos. Entre os convidados, estavam o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente”.
O Globo lembra que “antes de conquistar passe livre no poder, Allan dos Santos foi seminarista e se aproximou das ideias conservadoras quando morou nos Estados Unidos. Entre 2013 e 2014, trabalhou para o site norte-americano Church Militant, página católica acusada de distribuir notícias falsas. Naquele período, ele entrou em contato com Olavo de Carvalho, filósofo que é considerado o guru da ala ideológica do governo e de dois filhos do presidente, Carlos e Eduardo”.
Circulando livremente pelo Palácio do Planalto
“De volta ao Brasil, Allan dos Santos participou dos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e, após o início do governo Bolsonaro, passou a ter contatos frequentes com integrantes do Palácio do Planalto. De olho nas portas que essas relações poderiam abrir em Brasília, o blogueiro se mudou para a capital federal e passou a residir em uma casa alugada no Lago Sul, área nobre da capital, onde ganhou uma estrutura maior e mais profissional para gravar vídeos com ataques àqueles que o presidente considerava como adversários”.
“O blogueiro chegou a ter liberdade para circular até mesmo em áreas não permitidas à imprensa. Em diversos desses diálogos, Allan dizia estar no Palácio do Planalto com integrantes do governo. Também intermediava contatos no governo com outros bolsonaristas... À medida que expandia a sua influência, os negócios envolvendo seu site cresciam na mesma proporção. As finanças do Terça Livre chamaram a atenção da Polícia Federal. Os investigadores tentaram descobrir o total dos pagamentos recebidos pelo blogueiro por meio dos acessos às suas páginas, mas tiveram dificuldades porque Allan dos Santos escolheu receber os pagamentos por meio de uma empresa constituída no Canadá”.
Temendo ser preso, Allan dos Santos, que era todo metido a valentão, acabou se borrando e fugiu para os EUA. De lá, continuou difundindo mentiras e propagando ódio e violência. Agora, porém, sofreu um novo baque. O que o psicopata fará no próximo período?
A página do criminoso Allan dos Santos também postou conteúdo em apoio à invasão do Capitólio, em janeiro, o que o Google considerou "incitação para que outras pessoas cometam atos violentos contra indivíduos". Em função dessas postagens, o “Terça Livre” foi suspenso – nada tendo a ver com os incontáveis textos favoráveis ao genocida Jair Bolsonaro no Brasil.
Em live postada após a remoção do Google, o influenciador fujão, que hoje vive nos EUA, posou de vítima, anunciou que poderá fechar o seu canal e pediu socorro financeiro aos seus fanáticos seguidores. Allan dos Santos está cada dia mais acuado. No passado recente, como lembra uma reportagem do jornal O Globo, “o blogueiro bolsonarista alvo da Polícia Federal tinha trânsito livre no Palácio do Planalto”. Ele era considerado o chefão da tropa digital do presidente.
O chefão do tropa digital bolsonarista
Mas as investigações da CPMI das Fake News, no Congresso Nacional, e o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) cortaram suas asinhas. “Ao longo da investigação, a Polícia Federal encontrou provas e conversas de WhatsApp que revelam como o blogueiro dava as cartas no governo Bolsonaro, tentando influenciar em nomeações de cargos públicos, incentivando uma intervenção militar, que é inconstitucional, e discutindo a liberação de verbas para a ‘mídia aliada’ com Fábio Wajngarten, então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom)”, descreve o jornal.
“A influência de Allan dos Santos no governo Bolsonaro ia muito além das suas publicações e mensagens de celular. De acordo com provas colhidas pela PF, o blogueiro tinha contato direto com integrantes do Planto e promovia em sua residência em Brasília encontros com parlamentares e apoiadores do presidente para discutir temas políticos. Entre os convidados, estavam o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente”.
O Globo lembra que “antes de conquistar passe livre no poder, Allan dos Santos foi seminarista e se aproximou das ideias conservadoras quando morou nos Estados Unidos. Entre 2013 e 2014, trabalhou para o site norte-americano Church Militant, página católica acusada de distribuir notícias falsas. Naquele período, ele entrou em contato com Olavo de Carvalho, filósofo que é considerado o guru da ala ideológica do governo e de dois filhos do presidente, Carlos e Eduardo”.
Circulando livremente pelo Palácio do Planalto
“De volta ao Brasil, Allan dos Santos participou dos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e, após o início do governo Bolsonaro, passou a ter contatos frequentes com integrantes do Palácio do Planalto. De olho nas portas que essas relações poderiam abrir em Brasília, o blogueiro se mudou para a capital federal e passou a residir em uma casa alugada no Lago Sul, área nobre da capital, onde ganhou uma estrutura maior e mais profissional para gravar vídeos com ataques àqueles que o presidente considerava como adversários”.
“O blogueiro chegou a ter liberdade para circular até mesmo em áreas não permitidas à imprensa. Em diversos desses diálogos, Allan dizia estar no Palácio do Planalto com integrantes do governo. Também intermediava contatos no governo com outros bolsonaristas... À medida que expandia a sua influência, os negócios envolvendo seu site cresciam na mesma proporção. As finanças do Terça Livre chamaram a atenção da Polícia Federal. Os investigadores tentaram descobrir o total dos pagamentos recebidos pelo blogueiro por meio dos acessos às suas páginas, mas tiveram dificuldades porque Allan dos Santos escolheu receber os pagamentos por meio de uma empresa constituída no Canadá”.
Temendo ser preso, Allan dos Santos, que era todo metido a valentão, acabou se borrando e fugiu para os EUA. De lá, continuou difundindo mentiras e propagando ódio e violência. Agora, porém, sofreu um novo baque. O que o psicopata fará no próximo período?
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