Por Jeferson Miola, em seu blog:
Num desatino diplomático que evidencia o desespero em criar fatos políticos para distrair a opinião pública dos escândalos que poderão custar seu mandato [ler aqui], Bolsonaro se associou ao extremista Donald Trump e a outros líderes lunáticos no apoio ao golpe da extrema-direita que poderá fazer da Venezuela a Síria latino-americana.
A posição do governo brasileiro em relação ao conflito no país vizinho destoa da tradição de 200 anos da tradição diplomática do Brasil [ler aqui].
Uma tradição que está consagrada na Constituição, baseada no respeito à auto-determinação dos povos, à não-intromissão em assuntos de outros países e, em especial, no esforço contínuo de construção da paz na região e da “integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações” [Art. 4º da CF].
A elite venezuelana, organicamente associada ao establishment norte-americano e à elite petroleira mundial, nunca aceitou a perda do poder para Hugo Chávez em 1998.
Inconformada com o invento chavista de democracia plebiscitária e direta, que pela primeira vez deu ao povo venezuelano poder deliberativo para escolher o destino da renda petroleira, essa elite egoísta e predadora sabotou e combateu o processo bolivariano desde o início, sem tréguas, e instituiu um padrão insano de polarização.
Em 11 de abril de 2002, com o apoio político, militar e financeiro dos EUA, desfechou o mal-sucedido golpe de Estado que consistiu no sequestro e na tentativa de assassinato do então presidente Chávez.
Aquele golpe foi revertido pela resistência popular, e sedimentou a desconfiança do povo venezuelano em relação à burguesia conspirativa e desestabilizadora.
Contrariamente ao propalado pela propaganda hegemônica, apesar de agredido e sabotado, o chavismo manteve a imprensa livre, o direito à organização partidária e a rotina institucional do país com eleições, plebiscitos e referendos sucessivos – mais de 1 evento de consulta popular a cada 2 anos; prática não verificada em nenhum outro país.
Com a obtenção de maioria parlamentar na eleição de 2015, a oposição de extrema-direita arvorou-se um poder que a Constituição Bolivariana não lhe confere, e passou a dar ultimatos no governo constitucional de Nicolás Maduro.
A oposição transformou a Assembléia Nacional em contra-poder; converteu o Parlamento em força insurgente contra-revolucionária [ler Alarme na Venezuela].
Iniciou-se ali a dinâmica de enfrentamento permanente, desestabilização e de dualidade de poder cuja expressão maior é a auto-proclamação de Juan Guaidó como presidente do país.
É improvável uma operação militar direta de tropas dos EUA – China, Rússia e UE são fatores de contenção. A atuação está se dando com operações coordenadas entre o Pentágono, Departamento de Estado, CIA, FFAA, Colômbia, sicários e grupos mercenários.
A estratégia combina a dualidade de poder político apoiado em maciça propaganda contra o governo e a tentativa de abertura de fissuras nas Forças Armadas para fraturar a hegemonia do chavismo e desequilibrar a correlação de forças no plano militar/armado.
A posição do governo brasileiro é irresponsável e insensata; isola o país e deslegitima a vocação natural do Brasil como liderança continental e hemisférica.
A política externa do Bolsonaro alicerçada no ódio, no obscurantismo ideológico e na submissão aos desatinos de Donald Trump, está contribuindo decisivamente para a eclosão de uma guerra civil que poderá fazer da Venezuela a Síria da América Latina.
Essa política equivocada e irresponsável atenta contra a Constituição Brasileira [Art. 4º], e deve ser imediatamente revertida, antes que o inferno de uma guerra insana que atende a interesses imperialistas desabe sob a América Latina.
Num desatino diplomático que evidencia o desespero em criar fatos políticos para distrair a opinião pública dos escândalos que poderão custar seu mandato [ler aqui], Bolsonaro se associou ao extremista Donald Trump e a outros líderes lunáticos no apoio ao golpe da extrema-direita que poderá fazer da Venezuela a Síria latino-americana.
A posição do governo brasileiro em relação ao conflito no país vizinho destoa da tradição de 200 anos da tradição diplomática do Brasil [ler aqui].
Uma tradição que está consagrada na Constituição, baseada no respeito à auto-determinação dos povos, à não-intromissão em assuntos de outros países e, em especial, no esforço contínuo de construção da paz na região e da “integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações” [Art. 4º da CF].
A elite venezuelana, organicamente associada ao establishment norte-americano e à elite petroleira mundial, nunca aceitou a perda do poder para Hugo Chávez em 1998.
Inconformada com o invento chavista de democracia plebiscitária e direta, que pela primeira vez deu ao povo venezuelano poder deliberativo para escolher o destino da renda petroleira, essa elite egoísta e predadora sabotou e combateu o processo bolivariano desde o início, sem tréguas, e instituiu um padrão insano de polarização.
Em 11 de abril de 2002, com o apoio político, militar e financeiro dos EUA, desfechou o mal-sucedido golpe de Estado que consistiu no sequestro e na tentativa de assassinato do então presidente Chávez.
Aquele golpe foi revertido pela resistência popular, e sedimentou a desconfiança do povo venezuelano em relação à burguesia conspirativa e desestabilizadora.
Contrariamente ao propalado pela propaganda hegemônica, apesar de agredido e sabotado, o chavismo manteve a imprensa livre, o direito à organização partidária e a rotina institucional do país com eleições, plebiscitos e referendos sucessivos – mais de 1 evento de consulta popular a cada 2 anos; prática não verificada em nenhum outro país.
Com a obtenção de maioria parlamentar na eleição de 2015, a oposição de extrema-direita arvorou-se um poder que a Constituição Bolivariana não lhe confere, e passou a dar ultimatos no governo constitucional de Nicolás Maduro.
A oposição transformou a Assembléia Nacional em contra-poder; converteu o Parlamento em força insurgente contra-revolucionária [ler Alarme na Venezuela].
Iniciou-se ali a dinâmica de enfrentamento permanente, desestabilização e de dualidade de poder cuja expressão maior é a auto-proclamação de Juan Guaidó como presidente do país.
É improvável uma operação militar direta de tropas dos EUA – China, Rússia e UE são fatores de contenção. A atuação está se dando com operações coordenadas entre o Pentágono, Departamento de Estado, CIA, FFAA, Colômbia, sicários e grupos mercenários.
A estratégia combina a dualidade de poder político apoiado em maciça propaganda contra o governo e a tentativa de abertura de fissuras nas Forças Armadas para fraturar a hegemonia do chavismo e desequilibrar a correlação de forças no plano militar/armado.
A posição do governo brasileiro é irresponsável e insensata; isola o país e deslegitima a vocação natural do Brasil como liderança continental e hemisférica.
A política externa do Bolsonaro alicerçada no ódio, no obscurantismo ideológico e na submissão aos desatinos de Donald Trump, está contribuindo decisivamente para a eclosão de uma guerra civil que poderá fazer da Venezuela a Síria da América Latina.
Essa política equivocada e irresponsável atenta contra a Constituição Brasileira [Art. 4º], e deve ser imediatamente revertida, antes que o inferno de uma guerra insana que atende a interesses imperialistas desabe sob a América Latina.
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