Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
No universo de Bolsonaro, não importa estar certo nem ter razão. Nem é preciso ficar perturbado ao ser flagrado numa afirmação grotesca sobre a fome dos brasileiros, desmentida por uma simples caminhada pelos bairros chiques de São Paulo. Na mentira intencional - como a eterna negação da tortura, que agora alcançou Miriam Leitão - ou na demonstração de ódio racista pelos "paraíbas," os mesmos nordestinos que, conforme o tuite de uma estudante paulista, em 2010, deveriam ser mortos por afogamento como "um favor a São Paulo".
O importante é não parar de falar e assim impedir o Outro de se fazer ouvir. Pode parecer simplório mas nem tudo é complexo no personagem. O efeito procurado por esse discurso permanente, total, asfixiante, é tentar impedir o país de refletir - passo necessário para que possa reagir. Nunca é uma fala para um diálogo nacional, necessário em qualquer projeto que pretendesse construir alguma saída positiva para um país, mais desencontrado e perplexo hoje do que na campanha presidencial.
É um discurso para impor, de cima para baixo, ideias que a população rejeita, como a liberação da posse de armas, o enfraquecimento da proteção social, o ataque às universidades públicas, a submissão humilhante a Washington. Bolsonaro dispensa comentários e sabe que o risco de buscar aplausos é abrir espaço para vaias e assobios. Para evitar surpresas desagradáveis, aceita gestos conformados de concordância. Fala sem parar para nos calar pelo excesso de ruído. Isso lhe basta.
Alguma dúvida?
O governo Bolsonaro é um discurso sem silêncios nem pausas. Não há intervalo para contraponto nem para questionamentos. Muitos menos para a construção de um ponto de vista alternativo, que implicaria em admitir democraticamente que o espaço público é um local de eterna disputa, onde cabe aos brasileiros e brasileiras a palavra final para seus problemas e soluções.
No universo de Bolsonaro, não importa estar certo nem ter razão. Nem é preciso ficar perturbado ao ser flagrado numa afirmação grotesca sobre a fome dos brasileiros, desmentida por uma simples caminhada pelos bairros chiques de São Paulo. Na mentira intencional - como a eterna negação da tortura, que agora alcançou Miriam Leitão - ou na demonstração de ódio racista pelos "paraíbas," os mesmos nordestinos que, conforme o tuite de uma estudante paulista, em 2010, deveriam ser mortos por afogamento como "um favor a São Paulo".
O importante é não parar de falar e assim impedir o Outro de se fazer ouvir. Pode parecer simplório mas nem tudo é complexo no personagem. O efeito procurado por esse discurso permanente, total, asfixiante, é tentar impedir o país de refletir - passo necessário para que possa reagir. Nunca é uma fala para um diálogo nacional, necessário em qualquer projeto que pretendesse construir alguma saída positiva para um país, mais desencontrado e perplexo hoje do que na campanha presidencial.
É um discurso para impor, de cima para baixo, ideias que a população rejeita, como a liberação da posse de armas, o enfraquecimento da proteção social, o ataque às universidades públicas, a submissão humilhante a Washington. Bolsonaro dispensa comentários e sabe que o risco de buscar aplausos é abrir espaço para vaias e assobios. Para evitar surpresas desagradáveis, aceita gestos conformados de concordância. Fala sem parar para nos calar pelo excesso de ruído. Isso lhe basta.
Alguma dúvida?
2 comentários:
Tenho uma dúvida: por que ou por quanto tempo temos de discutir o que esse pateta fala?
O tempo que se investe em falar dessa criatura miliciana, asquerosa, psicopata, etc, é que a torna importante. Precisamos ignorar esse lixo e tentarmos encontrar um meio de expulsa-lo. Primeiro o moroloide.
Precisamos de líderes inteligentes e não traidores como há muitos na esquerda.
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