quarta-feira, 9 de julho de 2025

Brasil conduz bem o Brics

Foto: Rafa Pereira/BRICS Brasil
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A tentação de ver o mundo sob a lógica belicosa e restritiva da nova “Guerra Fria”, da grande disputa pelo poder global, é grande.

A divisão do mundo entre “democracias” e “autocracias”, entre o suposto “Bem” e o suposto “Mal”, é propalada pelo chamado Ocidente e pela direita e extrema-direita mundial e brasileira, de forma constante e sistemática.

Há, de fato, uma pressão geopolítica muito grande para que os países do assim denominado Sul Global “escolham” o lado supostamente “correto” e “democrático” da nova Guerra Fria, e se alinhem aos EUA e aliados, em sua luta contra o crescente protagonismo de nações como a China, a Rússia etc.

Não faltam também os membros da “quinta-coluna” interna, cada vez mais assanhados e verborrágicos. Em posições comprometedoras para a soberania nacional, abundam.

É preciso enfrentar o adversário

Reprodução do site AntCap
Por Roberto Amaral

“Há uma luta de classes, sim. Mas é a minha classe, a classe rica, que está fazendo a guerra, e estamos ganhando" - Warren Buffett, magnata estadunidense.

O governo Lula, quase tardiamente, ensaia algo que pode sugerir o início de uma reforma fiscal, cutucando os superlucros dos super-ricos. São o 1% que nos governa - na democracia e nas ditaduras, nos governos de direita e nos governos de centro-esquerda. É o grande capital, que controla a vida econômica e, por consequência, a vida política, nela incluídos os espaços do poder republicano.
Embora tímida, a proposta do governo pôs em pé de guerra a Faria Lima e suas adjacências - a saber, o Congresso e a grande imprensa (aparelho ideológico da classe dominante), os dois territórios privilegiados onde atuam seus agentes e procuradores.

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terça-feira, 8 de julho de 2025

O “trisal institucional” do STF

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ministro do STF Flávio Dino disse que o decreto do governo que ajusta as alíquotas do IOF “se tornou um tema complexo não em razão de fatores jurídicos, mas sim exatamente por conta do ambiente [político] geral” do país.

“É um tema tributário que um aluno do primeiro período da graduação em direito sabe responder. Não renderia cinco minutos de discussão”, ainda declarou.

Dino tem razão. É claríssima a constitucionalidade e a legalidade do governo em definir os percentuais do IOF, como é claríssima a inconstitucionalidade e a abusividade do ato do Congresso que derrubou a medida.

Batalha do IOF e o Congresso escancarado

Charge: Miguel Paiva/247
Por Pedro Carrano

A questão central do Congresso Nacional está exposta. Uma fratura antiga. Os vídeos feitos nas redes sociais pelos partidos de esquerda e pela sociedade civil sobre a urgência de taxar bancos, bilionários (aliviados pelo governo Bolsonaro) e bets, isentando o trabalhador, rompendo a atual tributação regressiva brasileira, são temas que dialogam de forma direta com o imaginário popular.

Pautar a polarização dos ricos contra pobres é necessário! Sobretudo depois da traição de Hugo Motta, presidente da Câmara, na pauta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e de toda a extorsão feita pelo Centrão contra o país.

A sociedade civil abraça o Brics

IOF: Congresso invadiu competências

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Soberania digital e movimentos sociais

segunda-feira, 7 de julho de 2025

O papel (ou papelão) do Banco Central

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Hoje vou tratar de uma questão econômica especialmente complexa – a política de juros do Banco Central. O artigo vai ser um pouco mais técnico. Não desista, porém, leitor ou leitora. Se tiver dificuldades com alguma parágrafo ou termo técnico, pule a passagem e continue, ou faça na rede consultas conceituais rápidas.

Desde o ano passado, na gestão Roberto Campos Neto, e em 2025, na gestão Gabriel Galípolo, o BC aumentou expressivamente a taxa básica de juro, a Selic. Os juros reais ex ante (a taxa nominal descontada a inflação esperada) subiram para níveis recordes, colocando o Brasil, mais uma vez, como campeão ou vice-campeão mundial da usura. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o comando do BC indicou que os juros continuarão altos por muito tempo, adaptando-se de maneira mais ou menos passiva às expectativas do mercado financeiro.

Climatério e invisibilidade do saber feminino

Ilustração: Hellen Vieira/Conexão Ciência
Por Aline Amorim

A gente aprende cedo a ser múltipla: filha que cuida, mulher que entende, profissional que entrega, mãe que antecipa. Mas em algum momento, normalmente entre os 45 e 55, o corpo avisa: o que te trouxe até aqui não é mais o que vai te levar adiante.

O nome disso, dizem, é climatério. Mas ele é muito mais do que os hormônios: ele escancara o acúmulo, a ausência de pausa, o silêncio sobre tudo o que uma mulher sustenta calada.

E no mundo do trabalho, o preço é alto.

Se somos firmes, dizem que estamos “difíceis”.

Se adoecemos, sugerem terapia, mas não mudam o ritmo.

Se questionamos, nos colocam na “gaveta do RH”.

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