quarta-feira, 28 de março de 2018

Caravana de Lula: Tiros contra a democracia

Em Curitiba (PR), 28/3/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O atentado à caravana de Lula é o mais grave episódio do gênero desde o ainda inexplicado acidente automobilístico que levou à morte o presidente Kubitschek, na Via Dutra, em 1976. É bom lembrar que o relatório da Comissão da Verdade de Minas Gerais, recentemente divulgado, destacou o caso de JK como uma das investigações devidas à sociedade brasileira. A morte do ex-presidente não foi devidamente explicada.

O aperitivo de chumbo do fascismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ataque a tiros ao ônibus de Lula tem vários autores, além do criminoso que apertou o gatilho pelo menos três vezes, ao mesmo tempo em que “minavam” a estrada com “miguelitos”, para furarem os pneus dos veículos e facilitar os disparos.

São aqueles que açularam as bestas- feras.

São muito bem apessoados e distintos, usando paletós e togas, sentados nos tribunais e redações.

Jungmann não garante segurança a Lula

O STF diante da Globo e o atentado a Lula

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os ataques fascistas à caravana do ex-presidente Lula na região Sul do país subiram mais um degrau na escalada do terror.

Além de maníacos estarem utilizando-se de trincheiras típicas de guerra, dois ônibus da comitiva foram atingidos nesta terça (27) por pelo menos quatro tiros.

Por sorte, ninguém ficou ferido. Desta vez.

Já é dado como certo por 10 em cada 10 analistas da política brasileira que em 2018 não teremos uma campanha, mas uma verdadeira contenda com consequências imprevisíveis.

A melhor defesa de Lula contra tiros

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os tiros que atingiram a caravana de Lula, ontem, devem inspirar uma reflexão demorada sobre um novo patamar atingido pela violência política no país. A segurança de Lula deve ser reforçada em todos os pontos. Medidas preventivas imediatas devem ser tomadas.

No plano político, a responsabilidade do governo federal - que tem a guarda constitucional dos ex-presidentes da República - deve ser ressaltada e cobrada. Um governo capaz de montar uma bilionária intervenção federal no Rio de Janeiro não pode ficar de braços cruzados nem fazer ares de surpresa diante da caçada contra o mais popular político brasileiro. Não tem o direito de fingir que não sabe o que está acontecendo.

Senadora Ana Amélia foi pega na mentira

Do blog Viomundo:

O perfil do PT no Senado no twitter acusou ontem a senadora Ana Amélia (PP-RS) de mentir.

“Depois de incitar a violência contra a Caravana #LulaPeloSul, Ana Amélia negou o que disse, se faz de vítima e atacou, como de costume, o PT e suas lideranças. Já que a senadora esqueceu o que disse no fim de semana, a gente lembra”, diz a mensagem.

O golpe como elemento da Guerra Híbrida

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

Circula um vídeo na internet que reforça o que já se sabia há alguns anos: estruturas do governo dos Estados Unidos auxiliaram os responsáveis pela Lava Jato no fornecimento de informações que comprometeram políticos, funcionários públicos, e executivos de grandes empresas brasileiras. A troca de informações que possibilitou a montagem dos inquéritos foi realizada informalmente, sem a autorização do Ministério da Justiça, como prevê a Lei. Essas informações sobre a parceria entre os procuradores e os órgãos de justiça e informações dos EUA foram reveladas, no vídeo mencionado, por Kenneth Blanco, em julho de 2017, na ocasião vice procurador geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). O vice procurador ao fazer o comentário, exaltava as supostas vantagens do esquema, por processar os casos de maneira mais rápida e “efetiva”.

Onda neoliberal ameaça a democracia

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Desde o processo de impeachment, os poderes da República se colocaram a serviço do mercado, inicialmente dividindo tarefas para implementar a agenda neoliberal e, posteriormente, manobrando para impedir que os “avanços reformistas” alcançados possam ser revistos, num movimento de afronta ao debate, à deliberação e à democracia.

No primeiro momento, antes mesmo da efetivação de Michel Temer na Presidência da República, houve uma espécie de acordo entre os três poderes no sentido de pôr em prática a agenda do Consenso de Washington, com a distribuição de tarefas entre eles.

Globo e a cultura do ódio e da mentira

Por Jessé Souza, na revista CartaCapital:

Hoje em dia não resta nenhuma dúvida ao leitor atento que o Brasil está sendo vítima, desde 2013, de um ataque dirigido pelo capitalismo financeiro internacional na sua ânsia de saquear as riquezas nacionais e se apropriar do trabalho coletivo. Mas este ataque não tem as mesmas consequências em todos os lugares. Daí ser fundamental inquirir pela forma especificamente nacional que este ataque assume.

No Brasil a instituição que incorpora à perfeição o espírito do capital financeiro é a Rede Globo. A mentira tem que ser dita não só como se verdade fosse, mas tem de dar a impressão de ser luta moral e emancipadora. Essa é a sofisticação demoníaca do capital financeiro que a Globo materializa e interpreta tão bem. O ponto essencial é a criminalização da política e das demandas populares com o propósito de legitimar a rapina da população.

Despesas com juros e dívida pública

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação estão em posição um tanto desconfortável. Receberam como missão prioritária a garimpagem refinada por notícias “menos ruins” no front econômico.

A intenção explícita é estabelecer uma estratégia de convencimento da maioria da população de que as coisas “deixaram de piorar” ao longo dos últimos meses. Com isso, tenta-se cacifar as diversas pré-candidaturas à Presidência da República de figuras que se alinharam desde o início em prol do “golpeachment” de Dilma Rousseff.

Atentado contra Lula e a ameaça ao Fachin

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A caravana do ex-presidente Lula sofreu um atentado a tiros na “República do Paraná”, o território dos principais propagadores do ódio e da violência no Brasil, quando se deslocava entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.

Apesar de felizmente não ter produzido vítimas, o atentado é de extrema gravidade, não só por ser dirigido contra um ex-presidente da República, contra populares e parlamentares, mas por confirmar a escalada do terrorismo de setores da classe dominante.

Brasil não pode tolerar atentado contra Lula

Da Frente Brasil Popular

A Frente Brasil Popular repudia qualquer tentativa de intimidação e os atentados contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ocorreram no final da tarde do dia 27 de março.

A etapa Sul da Caravana foi a única que teve a omissão dos governos estaduais e também do governo federal na garantia de segurança do ex-presidente e no direito dele de ir e vir.

Calar um ex-presidente da República com agressões e tiros demonstra quão grave é o momento que o Brasil vive.