quarta-feira, 12 de abril de 2017

Lula volta a ser acusado sem provas!

Zuzu Angel, uma heroína brasileira

A lista de Janot, o senhor do Tempo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o vazamento da lista da Janot

A divulgação da lista de inquéritos autorizados pelo Ministro Luiz Fachin não significa que, enfim, a Lava Jato resolveu tratar as investigações com isonomia, que o pau que dá em Chico dá em Francisco.

O Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot continua dono absoluto do calendário. Através do controle do ritmo das investigações, ele decide monocraticamente quem vai e quem não vai ser condenado.

Durante três anos, toda a carga foi em cima do PT e, especialmente, de Lula. Em três anos de investigações, há cinco ações em andamento contra Lula, uma perseguição impiedosa que culminou com o vazamento, ontem, da suposta delação de Marcelo Odebrecht, sob as barbas do juiz Sérgio Moro e ele alegando a impossibilidade de identificar o vazador. Some-se a informação do procurador Deltan Dallagnol de que o único vazamento efetivo de informações foi para o blogueiro Eduardo Guimarães. O que significa que todas os demais vazamentos ocorreram sob controle estrito da Lava Jato.

Manifesto denuncia desmonte do Brasil

Luiz Carlos Bresser-Pereira
Enviado por Eleonora de Lucena

Liderados pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, economistas, professores, físicos, engenheiros, sociólogos, músicos, arquitetos, cineastas, escritores, intelectuais, políticos, advogados estão lançando o Manifesto do Projeto Brasil Nação.

O texto afirma que o Brasil passa por um desmonte, com o esquartejamento da Petrobrás, a destruição da indústria, a demolição de direitos sociais. Esse processo levará o país “à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento. Privatizar e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os ganhos de rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país”.

Rio: traição, corrupção e calvário

Por Wadih Damous

Não faz muito tempo o Rio de Janeiro era o centro das atenções mundiais. À expectativa pela realização da Copa do Mundo e à confirmação da cidade maravilhosa como sede dos Jogos Olímpicos, somava-se o fato de o estado liderar o ranking, entre todas unidades da federação, dos investimentos dos governos de Lula e Dilma, na forma de obras, convênios e parcerias.

Na esteira das altas sucessivas na cotação internacional do barril do petróleo, a economia fluminense parecia voar em céu de brigadeiro com o recebimento dos royalties e participações especiais do petróleo extraído nas profundezas da Bacia de Campos. Essa onda de euforia levou o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a se reelegerem no primeiro turno.

Temer não afastará nenhum dos investigados

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os nove ministros que serão alvos de inquérito por autorização do ministro Luiz Fachin representam um terço do ministério de Michel Temer mas todos serão mantidos em seus cargos. Segundo parlamentares da base governista, prevalecerá a decisão já anunciada por Temer, quando das denúncias contra ele e Padilha, de que afastará provisoriamente os que se tornarem réus e definitivamente os que forem condenados.

Como nada disso deve acontecer em seu mandato, este será o governo com o maior número de acusados de corrupção de toda a história republicana. Aliás, delatado, o próprio Temer só não é investigado porque desfruta da imunidade temporária, em se tratando de atos cometidos fora do exercício do mandato, quando ainda não assumira o cargo.

Governo do dinheiro arruína o país

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O esbulho que se impôs ao país como sinônimo de redenção moral e material --a grande frente do dinheiro com a vigarice e o conservadorismo-- patina.

Com alguns dos principais personagens enredados na lambança que criticavam, em meio a renitentes sinais de desagregação econômica, a receita tropeça nos seus próprios termos.

Como um boxeador que esmurra o próprio queixo.

O queixo da economia, por exemplo, trincou.

Os golpes desferidos e os ensaiados são tão violentos que já romperam a própria blindagem de uma base política cujo instinto de sobrevivência dirige-se aos botes de salva-vidas, antes que se consuma o naufrágio de 2018.

A verdade é que o Governo do Dinheiro arruinou o Brasil.

FHC: como são feios os pés do pavão...

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É quase certo que não vá dar em nada a investigação – se houver – sobre o “pagamento de vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito da campanha eleitoral de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, nos anos de 1993 e 1997”, delatadas pelo empreiteiro Emílio Odebrecht.

Vai para Justiça de São Paulo – é preciso fazer comentários – e não custa para ser descartada na conta da prescrição.

Seja como for, não há punição maior para Fernando Henrique, nada que lhe doa mais do ter de recolher a sua plumagem de pavão, com que voltou, desde a crise do governo petista, a exibir, como sendo o pró-homem da República.

Na lista de delações, nem todos são iguais

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

Nesta terça-feira (11), a turma da Lava Jato divulgou estrepitosamente uma lista de mais de 100 nomes citados em "delações premiadas" de executivos da Odebrecht. Da lista fazem parte muitos corruptos, mas, nessa lista, nem todos são iguais.

A partir da Lava Jato, instaurou-se no país uma moral abusiva, aética, contrária à Justiça e ao Direito. A partir de suspeitas, consistentes ou não, prende-se uma pessoa, sob a forma de "condução coercitiva", "prisão temporária" ou "preventiva", tudo isso aplicado arbitrariamente.

O denuncismo mentiroso contra Lula

Do site Lula:

Vazamentos falsos e seletivos de informações sigilosas, denuncismo mentiroso e perseguição política são algumas das principais causas para o momento de crise por que passa o país, e apenas com um governo democraticamente eleito pelo povo é que se pode dar início à superação desta crise.

Este é o resumo do que disse na manhã desta terça-feira (11) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao vivo concedida por telefone à rádio Meio Norte, do Piauí. De acordo com Lula, o Estado precisa fazer com que as pessoas tenham oportunidade, fazendo com que a parte mais pobre da população possa participar da economia, e não ser apenas vítima de políticas de arrocho. "Precisamos reconstruir o Brasil, porque tem gente torcendo para destruir o país", disse.

A lista de Fachin e o caos político

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

A lista de Fachin é devastadora por um motivo central: é suficientemente ampla e ecumênica para não ser acusada de parcial ou unidirecional. Ao mesmo tempo, seu potencial destrutivo pode colocar a pique todo o sistema político. Ela nos bate na cara gritando “Après moi le déluge! Après moi le déluge!”

E depois do dilúvio? Quem administrará as águas?

O rol de nomes e sobrenomes nela contido reafirma algo perceptível após as eleições de 2014, quando Dilma decidiu colocar a pique a credibilidade do voto popular nela depositada: não há um vetor com credibilidade para reorganizar o sistema. O estelionato eleitoral trouxe o desalento, exacerbou o sentimento antipolítica e descortinou o fascismo social que não ousava dizer seu nome.

Aécio e Jucá são os campeões de inquéritos

Da revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e o líder do governo Michel Temer no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), são os campeões de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht. Cada um deles responderá a cinco investigações diferentes. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, aparece em seguida, com quatro inquéritos.

De acordo com documentos divulgados pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Aécio é alvo de pedidos de investigação relacionados à campanha presidencial de 2014, às eleições ao governo de Minas em 2010, às obras da Cidade Administrativa de Minas e aos empreendimentos do Rio Madeira e das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.

A farsa acabou. É hora da política

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país que desde 2005, data das primeiras denúncias da AP 470, assiste à criminalização da política e dos políticos, a lista de Edson Fachin – 8 ministros, 24 senadores, 39 deputados federais , 3 governadores – confirma aquilo que sempre se soube ou pelo menos sempre se imaginou.

As denuncias de desvios de recursos, abusos e corrupção pura e simples atingem (quase) tudo e (quase) todos, em especial aqueles que assumiram o poder de Estado a partir do impeachment de Dilma Rousseff.

Ataque à Síria expõe fundamentos dos EUA

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Por qualquer ângulo que se olhe para Donald Trump, depois que ele ordenou o ataque dos Estados Unidos à Síria - com a conivência das potências europeias -, é impossível não ver um criminoso de guerra. Ele é o típico representante do Partido Republicano afinado com os chefes militares do Pentágono, os senhores da guerra que, pela natureza do regime norte-americano, são uma proeminente fonte de poder, o escalão mais importante e mais caro do governo dos Estados Unidos. São os operadores da “ordem militar” que hipertrofiou-se dos anos 1950 para cá.