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Por Roberto Amaral, em seu blog: “O Brasil tem um arremedo de Defesa. Neste domínio, a República fracassou. Para a afirmação da soberania brasileira, precisamos de uma nova Defesa, que revise o papel, a organização e a cultura das Forças Armadas. Chamo essa revisão de reforma militar” - Manuel Domingos Neto - O que fazer com o militar (Editora Gabinete de Leitura) Graças ao empenho e a coragem de alguns poucos cientistas sociais, e dentre eles destaco o prof. Manuel Domingos Neto, abre-se, ainda restrito, ainda tímido e cauteloso, o necessário debate sobre o papel das forças armadas do Estado brasileiro. Já não era sem tempo, passados quase 60 anos do golpe de 1964 e nada menos de 35 da Constituinte tutelada, restrita, despida de poder originário, costurada sob a vigilância dos generais (um só exemplo é o ameaçador art. 142). Esta nossa democracia limitada, tanto frágil quanto seguidamente ameaçada pela caserna, é o preço do acordo que a possibilitou. Não poderia ser diferente, quando o próprio fim da ditadura foi negociado, e, longe do despejo, os militares ditaram as condições do retorno à caserna. Um dos itens da conciliação foi a impunidade dos torturadores, quando a “correlação de forças”, conceito hoje tão em voga, sugeria o avanço das forças populares. Mas, como sempre, venceu a conciliação liberal, e o avanço foi substituído pelo recuo.