sexta-feira, 15 de junho de 2018

Desistência de Alckmin é apenas “futrica”?

Por Altamiro Borges

Em entrevista ao Jornal do Brasil nesta semana, o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin negou os boatos sobre a possível desistência da sua candidatura a presidente da República pelo combalido PSDB. Alvo do fogo amigo dentro do próprio ninho tucano, com críticas ao seu péssimo desempenho nas pesquisas, ele garantiu que seguirá em frente com sua campanha e fustigou os agourentos. “Não houve nenhuma especulação nesse sentido. Tem é muita fake news. É impressionante como, às vezes, a imprensa, e isso é um fenômeno mundial, em vez de cobrir com profundidade os temas de interesse do país, dá espaço para essas especulações. Há muita futrica da Corte. Pretendo ser candidato até o dia da eleição”, jurou o ex-devoto da seita Opus Dei.

O contrato milionário da afiliada da Globo

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O Ministério Público Estadual abriu inquérito civil contra o Governo do Estado do RN em razão de indícios de irregularidades na contratação, sem licitação, da InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, para divulgação de campanha publicitária nos meses de maio, junho, novembro e dezembro.

O contrato foi publicado em 15 de maio de 2018, no Diário Oficial do Estado, por inexigibilidade de licitação, e custará ao Estado R$ 1,2 milhão.

O futebol não pertence à CBF

Por Marcelo Zero

É 1980. A equipe de uma TV brasileira está em Teerã para cobrir a crise causada pela tomada da embaixada dos EUA por parte dos guardas revolucionários iranianos. Voltando ao Brasil, já perto do aeroporto, os brasileiros resolvem fazer umas imagens externas. Sem perceber, filmam umas instalações militares. Em minutos, são presos por guardas revolucionários, kalashnikovs em punho.

Os guardas não falam nada de inglês, francês ou espanhol. Muito menos português. Os brazucas não falam nada de farsi. Não há comunicação possível. Os brasileiros tentam desesperadamente explicar aos guardas que não são espiões da CIA. Em vão. A tensão cresce. Eles já se imaginam jogados em alguma masmorra quando alguém tem um estalo e exclama: Pelé!

Templos e crime podem liderar o Brasil

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“As principais instituições que possivelmente estarão comandando o Brasil de amanhã, se não houver reversão do ponto de vista das instituições tradicionais, são o crime organizado e as igrejas neopentecostais. Porque são as duas instituições que têm melhor clareza para que mundo estamos cada vez mais avançando”.

A análise é do economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, do PT, em entrevista ao Tutaméia. Para ele, esses dois grupos operam como instituições, preparam quadros para serem advogados, prestarem concurso público para carreiras de Estado, se tornarem candidatos às eleições. “Eles vão contaminando as instituições, vão entrando nas instituições, fazem parte do jogo”, diz.

As candidaturas patéticas da direita

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No início de 2016, ano do golpe parlamentar-judicial que atirou o Brasil no imponderável, seria louco quem dissesse que chegaríamos às eleições presidenciais de 2018 com a direita reduzida a candidaturas patéticas.

No infeliz ano novo que começava, as pesquisas indicavam – pode parecer incrível a você, hoje – Aécio Neves como o líder das intenções de voto, com 27% no Datafolha. Fosse Alckmin o candidato tucano, ainda teria um patamar do qual partir, com seus então 14%.

Copa sem torcida e país sem democracia

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

O torcedor de futebol em tempos não muito distantes tinha outra diversão além de comemorar as vitórias do seu clube. Esperava com alguma ansiedade a convocação das seleções brasileiras para saber quantos jogadores de cada time haviam sido convocados. Depois, claro, comemorava a presença dos seus ídolos na seleção, ou não.

Isso acontecia em São Paulo e no Rio, uma vez que os jogadores convocados vinham apenas de clubes desses estados. Em 1958, na primeira conquista de um mundial pelo Brasil, eram 12 cariocas e 10 paulistas. Do Rio, o Flamengo cedia quatro atletas, Vasco e Botafogo três cada um, Fluminense e Bangu, um cada um. De São Paulo, o Santos e o São Paulo lideravam com três jogadores cada um, seguidos do Corinthians com dois e do Palmeiras e Portuguesa de Desportos com um.

Maioria do STF impõe derrota à Lava Jato

Da revista CartaCapital:

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira 14, proibir as conduções coercitivas para interrogatórios de investigados. O instrumento, que já foi utilizado pela Lava Jato contra o ex-presidente Lula, estava suspenso desde dezembro em razão de uma liminar de Gilmar Mendes.

Além do ministro, votaram contra as conduções Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e o decano Celso de Mello. Foram favoráveis às conduções os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Um sopro de ordem no STF

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A proibição das conduções coercitivas, consideradas inconstitucionais por maioria de seis ministros do STF, é a maior derrota já sofrida pelo juiz Sérgio Moro e a Operação Lava Jato. Desprovido do instrumento que popularizou ao utilizá-lo mais de 200 vezes nos últimos quatro anos, o comando de Curitiba não poderá mais expor à execração figuras públicas nem arrastar investigados para depoimentos na ausência de seus advogados.

Uma grande vitória no STF, enfim!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O campo democrático conseguiu, enfim, uma grande vitória.

Ainda vai demorar um pouco para cair a ficha em todo mundo, mas logo ficará claro que foi talvez a maior vitória desde 2013.

Não importa se é uma vitória “popular”, “midiática”, ou quantos por cento tem de apoio ou rejeição no Datafolha.

É uma causa justa e democrática, e uma vitória da liberdade.

Condução coercitiva e a morte do Cancellier

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Lava Jato transformou a condução coercitiva numa marca registrada de seu espírito punitivista, espetaculoso e seletivo.

Por isso a decisão do STF de proibir essa prática nefasta e inconstitucional é uma derrota para a República de Curitiba.

O placar foi 6 a 5 e os times foram os de sempre. Venceu a bancada de Gilmar Mendes.

Exército compra caviar, camarões e bebidas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Acabei de ler no UOL, em matéria de Leandro Prazeres, às 11h47:

“Em meio a restrições orçamentárias do governo federal, o Comando Militar do Leste, vinculado ao Comando do Exército, realiza uma licitação estimada inicialmente em R$ 6,5 milhões para a compra de mantimentos que incluem uma lista de produtos refinados e bebidas alcoólicas.

Entre os produtos licitados estão duas toneladas de camarão, 109 potes de caviar e milhares de garrafas de bebidas alcoólicas, como vinhos nacionais e importados, uísque, cachaça e espumante. Questionado pela reportagem, o Exército disse que esses artigos serão destinados ao abastecimento dos restaurantes e bares de dois hotéis da corporação no Rio e serão vendidos aos hóspedes”.

Um fascismo renovado percorre a Europa

Por Eduardo Febbro, no site Outras Palavras:

O ex-primeiro-ministro esloveno Janez está a um passo de se somar como uma peça a mais da fortaleza populista e xenófoba que, com um êxito imparável, foi se construindo na Europa desde que, em meados dos anos 80 do século XX, a extrema-direita da Frente Nacional francesa começou a acumular êxitos eleitorais. Naqueles anos, seus militantes se reuniam com a cabeça raspada, exibiam sem rodeios as suásticas e entoavam hinos públicos em homenagem ao nazismo. Os de agora andam com gravata, desfizeram as cenografias provocativas e centraram sua ascensão ao poder em torno da rejeição à Europa e de um racismo fervoroso.

Pacto sem Lula não tem democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando se sabe que nem o confinamento em Curitiba impede Lula de ser um personagem permanente na conversa dos brasileiros - agora ele vai publicar comentários sobre a Copa no programa de José Trajano - sua exclusão de qualquer debate político nunca é um fato menor nem simples coincidência. Envolve uma opção política e, através do tratamento a uma pessoa, revela um projeto de país.

Guerra comercial e a subserviência de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há uma guerra comercial a se desenhar no mundo, que poderá opor os principais protagonistas das relações internacionais – Estados Unidos e China.

O confronto começou com as medidas protecionistas de Donald Trump, que alteram em profundidade as relações comerciais que dominaram nas últimas décadas e ameaçam destruir os fundamentos da globalização neoliberal que surgiu justamente para atender aos interesses imperialistas dos Estados Unidos.