domingo, 3 de abril de 2022

Bolsonaro sai fortalecido da janela partidária

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Altamiro Borges


A máquina de corrupção do governo, com R$ 16 bilhões em emendas parlamentares somente no orçamento secreto, foi decisiva no troca-troca da janela partidária encerrada nesta sexta-feira (1). Segundo levantamento do site G1, 23% dos deputados federais trocaram de partido (120 dos 513) e a bancada governista foi a que mais cresceu.

O maior favorecido pelas mudanças foi o PL, a nova sigla de aluguel de Jair Bolsonaro. Desde o primeiro dia da janela, em 3 de março, a bancada do partido cresceu 83% (de 42 para 76 deputados federais). Na sequência, Republicanos e PP – as outras duas legendas do Centrão que dão sustentação ao fascista – foram as que mais engordaram.

Bolsocaro faz disparar preço dos alimentos

Bolsonaro “convida” militares para o golpe

Bolsonaro bota a cara no fogo e nem queima

Charge: CrisVector
Por Gilson Reis, no site Vermelho:


O Twitter, às vezes, traz sínteses precisas sobre os acontecimentos. O resumo mais exato da última segunda-feira (28) foi o tuíte de Matheus Agostin, que viralizou nas redes: “Cai o pior ministro da educação da História. Ele sucedeu o pior ministro da educação da História e deve ser sucedido pelo pior ministro da educação da História”. No mesmo dia, o perfil ficcional Coronel Siqueira — cujo autor, imbuído do personagem, é colunista da Carta Capital — tuitou em letras garrafais, como de costume, sua própria candidatura ao cargo:

Educação não combina com autoritarismo

Charge: Santiago
Por Heleno Araújo, no jornal Brasil de Fato:

Nenhum governo autoritário, seja de qualquer país ou época, gosta de uma educação que ajude o povo a pensar e ser autônomo em sua vida. Invariavelmente, governos autoritários perseguem educadores, calam estudantes e promovem um modelo educacional que atenda simplesmente a seus interesses políticos.

É justamente nos governos autoritários, comandados por tiranos que se apegam ao poder e dele não pretendem se distanciar, que os sistemas educacionais recebem toda a atenção possível: ao autoritarismo interessa moldar uma educação que cultive os valores políticos emanados pela figura do político autoritário.

O primeiro turno está virando o segundo?

Charge: Frank
Por Fernando Brito, em seu blog:


Saímos dos dias finais da dança partidária – em geral movida pela fidelidade aos partidos da carreira e do dinheiro – com alguns sinais importantes.

O mais significativo deles: o de que a tal “Terceira Via” acabou de vez, reduzida a uma “articulação ” entre dois personagens – Sergio Moro e Eduardo Leite – que sequer têm um partido que suporte suas improváveis candidaturas e um terceiro, João Doria, que precisa ameaçar e chantagear o PSDB para que não lhe retire o direito, conquistado em prévias internas, a ser o candidato à sucessão presidencial.

Logo a seguir vem a constatação de que Jair Bolsonaro conquistou de vez a hegemonia – e quase o monopólio, para ser mais exato – do campo da direita, e não só da extrema-direita.

Moro: um ser humano sem nenhuma virtude

Charge: Telejornalien
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Quando se filiou ao partido Podemos, um ajuntamento de políticos lavajatistas e reacionários, e foi ungido candidato a presidente da República, Moro acertou o recebimento de uma remuneração mensal, conforme noticiou a imprensa.

Mas, nada como um dia após o outro com uma noite no meio. Logo empaca nas pesquisas e vê sua rejeição não parar de crescer. Acontece, então, o esperado: abandona e trai o Podemos, depois de o partido ter gastado mais de 2 milhões com sua aventura presidencial.

Como, além de tudo, trata-se de um verdadeiro otário (do tipo que jogou bola de gude no carpete e soltou pipa no ventilador), cai na conversa fiada de uma raposa como Luciano Bivar, ex-PSL e atualmente União Brasil, de que se ingressasse nas fileiras do novo partido, poderia ser candidato a presidente, e com mais estrutura e dinheiro. Para isso, bastava fazer um teatrinho dizendo que estava desistindo “por enquanto” da presidência.

Ucrânia: chegou a hora da diplomacia?

Sai o livro didático, entra a bíblia!