sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Filha de Serra fará doação para Alckmin?

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (15), o Jornal Nacional da TV Globo, que sempre blindou os tucanos de alta plumagem, disparou o torpedo. A reportagem exibiu documentos enviados ao Brasil pelo governo da Suíça que reforçariam as suspeitas de caixa dois na campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006. Um deles é um e-mail, de novembro de 2007, no qual a filha do atual senador, Verônica Serra, autoriza a substituição do administrador de uma conta do banco suíço Arner. A conta, chamada de Firenze 3026, seria da empresa offshore Dormunt International Inc, do Panamá. De acordo com o Jornal Nacional, a herdeira do grão-tucano teria recebido uma procuração para gerenciar os recursos.

A decisão da ONU sobre candidatura de Lula

Banco prevê 2º turno com Bolsonaro x PT

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Hoje, a maior probabilidade é de que o ex-capitão do Exército enfrente o candidato do PT (Lula ou Haddad), no segundo turno. Essa é a previsão de um dos maiores bancos de varejo brasileiros! Foi obtida com exclusividade pelo blogueiro, junto a uma fonte que participou da reunião reservada. Alckmin, segundo os donos da grana, tem chances remotas de avançar. Eleição ocorrerá sob o signo "anti-sistema" – e Lula preso e perseguido só ajuda o PT no imaginário social.

A reunião aconteceu em São Paulo, na última quinta-feira (16/agosto). Foi um encontro pequeno, típico da gente de mercado: apenas doze pessoas do “board” (é o termo que se usa entre a turma da grana) de uma grande empresa europeia – que acaba de adquirir participação em empresa subsidiária de um dos maiores bancos privados do Brasil.

O analfabetismo político funcional

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O nível de conflagração política no país tem gerado uma falsa ideia de que há uma divisão racional entre diferentes visões de mundo. O Brasil não está dividido entre esquerda e direita, com suas ponderações que incorporam o centro como agente suavizante, de um lado ou de outro. O que se observa, na troca de ódios que alimenta o dia a dia da nação, é uma regressão ao nível da irracionalidade.

Eleição: guerra aberta, caos e surrealismo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Há duas guerras abertas no início desta campanha eleitoral.

Uma delas se arrasta há alguns bons anos: a máquina de moer gente composta pelo oligopólio midiático e pelo Judiciário/MP versus Lula e o PT.

Abundam, nos últimos dias, manchetes, matérias e colunas na grande mídia destinadas a achincalhar a candidatura de Lula, cujo registro foi consumado ontem.

Miriam Leitão, por exemplo, usa argumentos positivamente ridículos para criticar o artigo de Lula no New York Times. Vou citar apenas um deles. Lula escreveu que foi condenado com base no depoimento de uma testemunha. Miriam diz que não foi uma, mas várias. Eu conto ou vocês contam para a Miriam que palavra de testemunha – quantas forem – desacompanhadas de provas não valem – ou não deveriam valer – nada em um processo penal no mundo civilizado?

Dupla Temer-Alckmin provoca queda do PIB

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

No dia de ontem, enquanto os despachantes do PSDB registravam o “programa de governo” de apenas três páginas de Geraldo Alckmin – certamente o mais medíocre programa de um candidato à presidência da República desde 1989 - o Banco Central, comandado pelo aliado Ilan Goldfajn, informava que de acordo com seu indicador antecedente (IBC-Br) o PIB do país caiu 1% no segundo trimestre do presente ano.

Eleições 2018: O jogo está feito

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

As peças principais foram colocadas no tabuleiro e daqui a dois meses saberemos quem foi mais habilidoso na montagem de sua estratégia. Na etapa que terminou, há pouca dúvida de que o grande vencedor foi Lula.

Ganhou ao fazer com que o sentimento de esquerda, definido de forma ampla, tenha uma representação unificada, apesar de permanecerem as candidaturas de Guilherme Boulos, pelo PSOL, e do PSTU. As pesquisas mostram que a vasta maioria de seus eleitores não hesitaria em apoiar esse representante, mesmo ainda no primeiro turno, se percebesse que era preciso.

Eles só pensam no Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É um furor a corrida para ver quem é que ganha o “privilégio” de impugnar a candidatura Lula.

Está ficando interessante a composição da tropa de oportunistas que querem tirar uma “casquinha” do TSE para se promoverem como “aquele que tirou Lula das urnas., para ficar à frente.

Raquel Dodge não se constrangeu em seguir a “nau dos apressados” capitaneada por Kim Kataguiri e Alexandre Frota e, por fazer ontem uma representação às pressas, remendou-a hoje.

As propostas trabalhistas de "Bolsanaro"

Por João Guilherme Vargas Netto

As propostas trabalhista e sindical registradas pelo candidato "Bolsanaro" na Justiça Eleitoral e que fazem parte de seu programa de governo, totalmente submisso a Paulo Guedes, representante da bolsa, da banca e dos rentistas, são um ultraje à história de resistência e de organização dos trabalhadores. Merecem repulsa.

Reativando antigas propostas neoliberais e agravando ainda mais os efeitos danosos da lei trabalhista celerada compactuam com uma maior desorganização sindical e agridem de maneira letal a própria Constituição.

Carta aos companheiros em greve de fome

Por Pedro Tierra, no site Carta Maior:

"Ensinam lutas antigas que os poetas eram chamados a banhar com os unguentos da palavra a alma dos combatentes feridos. E distribuir sementes de fogo para acender e alumiar o coração dos que voltavam à frente de batalha.

Alguns poetas, ao longo da vida, se moveram no front e se confundiram entre homens e mulheres à luz das fogueiras dos acampamentos. Há quem diga que para isso servem os poemas: para acender as fogueiras dos acampamentos..." (*).

Moro, Dodge e a ditadura em tempo real

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O arbítrio e a exceção jurídica caracterizam uma ditadura. A ditadura pode ser militar, civil-militar ou, ainda, jurídico-midiática, como a ditadura instalada com o golpe de 2016 com o impeachment fraudulento da Presidente Dilma.

O chefe da polícia federal revelou, pouco mais de 1 mês da arbitrariedade ocorrida no domingo de 8 de julho, que recebeu ordens criminosas da procuradora-geral da república [Raquel Dodge] e do presidente do tribunal de exceção da Lava Jato [Thompson Flores] para descumprir mandado de soltura concedido por juiz federal a Lula.

Para os que pretendem votar em Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz e Luiz Alberto dos Santos, no site do Diap:

Parcela do eleitorado - indignada com a situação do País, enfurecida com a corrupção e com a violência - tem sede de vingança. E esse sentimento aproxima essas pessoas do candidato Jair Messias Bolsonaro, que não faz outra coisa na vida senão reforçar esse sentimento de revolta nas pessoas.

Quando um agente político identifica uma situação de desconforto e recomenda punição para os supostos responsáveis por ela, esse gesto o aproxima das pessoas que estão incomodadas com a situação, fazendo-as imaginar que esse diagnóstico comum é suficiente para fazer desse agente político seu representante no Congresso ou no Poder Executivo. O “messianismo”, ou a crença na vinda de um salvador ou redentor, caído do céu, imaculado e justiceiro, para libertar o povo de seus males, é fato na cultura da Humanidade, mas, ao mesmo tempo, pode gerar a alienação dos indivíduos quanto a serem, eles mesmos, os agentes para a solução dos problemas identificados.

Abril foi vítima do capitalismo de compadrio

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

O grupo Abril entrou nessa quarta (15) com um pedido de recuperação judicial junto à justiça de São Paulo. Trata-se de um dispositivo legal que visa socorrer empresas com situações financeiras falimentares.

Segundo nota oficial do grupo, as dívidas englobadas nesse processo somam a importância de R$ 1,6 bilhão. Mas não é tudo.

Segundo Marcos Haaland, da consultoria Alvarez & Marsal, que assumiu o controle, ainda existem outros passivos que, por características próprias, devem seguir outras formas de negociações com os seus credores.

O discurso que legitima o feminicídio

Por Luciana Ramirez da Cruz, no site Brasil Debate:

A polarização e as disputas por ideias são marcas da história política, social e econômica do Brasil, e está no centro dos debates sobre os rumos e caminhos que decidiremos em outubro próximo. Essa polarização explodiu nas manifestações de junho de 2013 e desde ali estamos numa guerra declarada sobre o que queremos como projeto nacional. Foi ali que os grupos que representam os maiores retrocessos para um projeto de desenvolvimento do país com inclusão e justiça social encontraram ressonância e lideranças que mostraram que o Brasil não só é um país cheio de conflitos, mas também que os direitos e as leis são dinâmicas e estão em constante mudança, a depender da correlação de forças que se apresentam. De forma simplificada, foi nessas tensões e conflitos de interesses que presenciamos o golpe em que vivemos desde 2016, com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Intervenção no RJ produz resultados pífios

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Metas descumpridas, nenhuma ação significativa de inteligência policial, aumento da criminalidade e da violência em várias regiões, investigação ineficiente e falta de transparência. Esse é o resultado da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro após seis meses de operações que mobilizaram milhares de soldados do Exército e agentes policiais militares e civis, segundo o relatório Vozes sobre a Intervenção, divulgado na manhã de hoje (16) pelo Observatório da Intervenção, uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes.