quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Bolsonaro já admite que pode fugir

Isenção do IR desnorteia mercado e mídia

Charge: CrisVector
Por Bepe Damasco, em seu blog:


O enredo já estava programado pelo mercado financeiro e pelos seus porta-vozes na imprensa comercial: o presidente Lula ou seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de joelhos, anunciando cortes nos chamados gastos obrigatórios do governo, que atingiriam apenas o andar de baixo, com tesouradas no BPC, nos abonos salariais, no seguro-desemprego e no salário mínimo.

Em vez de se submeter a esse script desgastante, o ministro Haddad ocupou cadeia de rádio e TV para anunciar de forma altiva o cumprimento de compromisso de campanha do presidente Lula, que é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil reais.

Eles ainda estão aqui

Charge: Quinho
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Bolsonaro só chegou aonde chegou e o Brasil quase mergulhou numa ditadura feroz porque os militares criaram as condições para isso.

Por um triz não houve uma mudança de regime; faltou muito pouco. Se a conspiração tivesse sido exitosa, o Brasil submergiria numa ditadura militar terrível.

A trama golpista foi urdida no Planalto e na caserna, com envolvimento central de generais do Alto Comando do Exército e da alta oficialidade das três Forças. Não por outra razão 25 dos 37 indiciados inicialmente pela Polícia Federal são oficiais militares.

O empreendimento golpista era um meio para o objetivo final – a concretização do projeto de poder militar acalentado pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, sobretudo por aqueles setores do porão do velho regime que nunca aceitaram a transição lenta, gradual e segura, e, tampouco, o fim da ditadura, porque desejavam um “regime eterno”, pois entendem que os paisanos são incompetentes, corruptos e incapazes de conduzir os destinos do país.

Divulgar as lutas e as conquistas

Por João Guilherme Vargas Netto


O pagamento neste fim de ano do 13º salário é uma boa oportunidade para o movimento sindical retraçar a origem e a trajetória de lutas desta conquista.

O 13º salário foi pago em 1945 aos eletricitários de São Paulo como abono de Natal e foi equivalente, na época, à reposição da inflação anual. Logo em seguida outras categorias o conquistaram e esta reivindicação passou a fazer parte das pautas sindicais, de negociações, de congressos e de greves, até que em 1962, depois de uma greve geral e considerado “desastroso” pelo Globo, o 13º salário foi garantido por lei.

Qual regulação de IA queremos?

Bolsonaro confessa crimes em coletiva

PF conclui que Bolsonaro tentou o golpe

Haddad eleva isenção do Imposto de Renda

Forças Armadas e subordinação ao Pentágono

Militares chamam Bolsonaro de covarde

PF encontra o plano de golpe de Bolsonaro

terça-feira, 26 de novembro de 2024

‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista

Divulgação
Por Altamiro Borges


Até a semana passada, o filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, já havia ultrapassado a marca de um milhão de espectadores e arrecadado R$ 23,5 milhões. O longa é ambientado nos anos de chumbo da ditadura militar e narra a saga heroica de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado, torturado e morto a mando dos generais. Além do êxito nas bilheterias, ele venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza e concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025.

A estranha harmonização facial de Nunes

Charge: Bruno Struzani/@desenholadino
Por Altamiro Borges


No início de novembro, o site UOL revelou que Ricardo Nunes, prefeito reeleito de São Paulo, foi presenteado por uma clínica de luxo com um procedimento de “harmonização facial”. A própria empresa postou as fotos em suas redes, mas logo deletou devido à repercussão negativa. O caso é grave, tanto que deixou irritado o oportunista do MDB que se aliou ao “capetão” Jair Bolsonaro no pleito municipal. A denúncia, porém, logo sumiu do noticiário da imprensa chapa-branca.

Golpismo, Bolsonaro e o papel dos militares

Bolsonaro chora e diz que pode ser preso

PF põe Bolsonaro no centro do alvo

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Moraes manda inquérito do golpe para a PGR

Extrema direita vai abandonar Bolsonaro?

Questões correntes sobre a ação golpista

Charge: Quinho
Por Manuel Domingos Neto

Estivemos à beira de mais uma ditadura?

Estaremos sempre, enquanto persistir a síndrome pós-Guerra do Paraguai. Homens armados se veem superiores aos desarmados. Se bem treinados, maior a sensação de superioridade. Se enfileirados, uniformizados e afastados da convivência social, imaginam-se capazes de tudo. Pretendem-se dignos de glória e subjugam os que lhes sustentam. Para o poder político, comandá-los é tarefa obrigatória. Não há meios termos: ou comanda ou é submetido.

Os ânimos nos quais quartéis estão acirrados?

O clima é de apreensão sobre os desdobramentos das investigações. Há profundo mal-estar com a saraivada de denúncias e críticas desabonadoras. Corporações têm instinto de defesa: percebendo-se atacadas, tendem a se unir, não a se fragmentar.

Banditismo militar e recuo republicano

Charge: Latuff/247
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Quando a serpente rompe a casca do ovo e não é, de imediato, esmagada, ela sai espargindo a peçonha até contaminar todo o organismo democrático. As consequências, como é sabido, vêm depois, e não há mais do que reclamar.

Nosso governo, no auge do respaldo popular, pois recém-saído de eleições presidenciais vitoriosas (com dificuldade embora), renunciou ao dever republicano de assumir o comando político do país e ditar-lhe o rumo, quando, em janeiro de 2023, fomos agredidos – o país, seu povo –, por uma tentativa de sublevação institucional. O vácuo ensejou a presença de novos agentes, e um deles é o STF. Ficamos, pelo menos aparentemente, na plateia. Nossos partidos sem iniciativa. Como se tudo tivesse começado e terminado ali.

O CNPJ do golpe é o das Forças Armadas

Charge: Céllus
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ministro da Defesa José Múcio Monteiro repete como um mantra que os implicados na tentativa de golpe “são pessoas que pertencem às Forças Armadas, mas não estavam representando os militares, estavam com seus CPFs. Foi iniciativa de cada um”.

O ministro tem razão ao dizer que os golpistas fardados carregarão seus CPFs perante os tribunais. Mas o golpe, enquanto empreendimento institucional, tem CNPJ, e o CNPJ do golpe é o CNPJ das Forças Armadas.

Contraria a lógica elementar alegar que a execução do plano foi iniciativa individual e isolada, visto que dentre os 37 indiciados inicialmente no inquérito policial, 25 são militares da alta oficialidade, inclusive general da ativa e integrante do Alto Comando do Exército. Isso caracteriza, portanto, um fenômeno sistêmico –e não individual– da instituição militar.

A Europa prepara-se para a guerra.

Quando essas malditas guerras acabarão?/Ahmad Rahma
Por Flávio Aguiar, na Rádio França Internacional:


Um autêntico calafrio percorreu toda a Europa na semana passada. Noticiou-se com destaque que os governos da Suécia e da Finlândia divulgaram para seus cidadãos manuais sobre como proceder no caso de uma guerra contra terceiros.

O governo sueco distribuiu pelo correio uma brochura de 32 páginas. O finlandês disponibilizou uma publicação online.

Embora o nome não aparecesse, era óbvio que se tratava de uma guerra com a Rússia. A Suécia não tem uma fronteira terrestre com a Rússia. Há uma fronteira marítima entre ela e o enclave russo de Kaliningrado, espremido entre o Mar Báltico, a Lituânia e a Polônia. A Finlândia tem uma fronteira terrestre com a Rússia de 1.343 km.

Bolsonaro pode pegar 28 anos de jaula

PF indicia Bolsonaro e mais 36 golpistas

Cid entrega Bolsonaro para manter delação

Impacto da financeirização na vida política

A decadência dos EUA e os novos desafios

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Justa homenagem a Raphael Martinelli

Por João Guilherme Vargas Netto


Participei na última terça-feira (dia 19), como debatedor, da mesa de um evento em homenagem à memória de Raphael Martinelli, ativista e dirigente sindical ferroviário, preso e torturado pela ditadura militar e militante durante toda sua vida ao longo de seus muitos anos.

Discutiram-se também os desafios atuais a serem enfrentados pelo movimento sindical dos trabalhadores.

Aconteceu no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi – FS (na antiga e famosa sede do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, na rua do Carmo) e a “nomenclatura” da mesa (seguindo a ordem fotográfica) retrata bem o alcance da homenagem e dos debates: Carolina Maria Ruy do Centro de Memória Sindical, José Luiz del Roio do Instituto Astrojildo Pereira, Sebastião Neto do Instituto, Informações, Estudos e Pesquisas (IIEP), Frei Chico do Sindnapi, Rosa Martinelli, filha do homenageado, Almino Affonso, ministro do Trabalho de Jango (do alto dos seus 95 anos fez uma lúcida e memorável intervenção), Lincoln Secco, professor da USP e historiador consagrado e eu mesmo.

O impacto da eleição de Trump nos EUA

O que as nomeações de Trump antecipam?

PF indicia Bolsonaro e mais 35 golpistas

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Cid mentiu sobre plano para assassinar Lula

Por Altamiro Borges


O tenente-coronel Mauro Cid, o ex-faz-tudo do “capetão” Jair Bolsonaro, terá novamente de depor nesta quinta-feira (21). Ele poderá inclusive sair da audiência direto para a cadeia, já que há sinais de que burlou os termos do acordo da sua delação premiada firmado em setembro de 2024. Em depoimentos anteriores, o milico omitiu a existência de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Nesta terça-feira (19), Mauro Cid esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília. A intimação se deu após a deflagração da Operação Contragolpe, que apura a trama terrorista dos assassinatos. Ele foi questionado sobre o plano macabro, mas negou qualquer conhecimento. Diante das contradições do seu interrogatório, o ministro do STF decidiu convocá-lo outra vez. Em seu despacho, ele alegou que “o objetivo da convocação é para que apresente esclarecimentos aos termos da colaboração”.

SBT inicia demissão de 400 profissionais

As justificativas de antes e as de agora

Arte: Saed Hilmi
Por Jair de Souza

Por volta dos anos 40 do século passado, estava em curso em pleno coração da Europa um dos mais tenebrosos episódios já vivenciados pela humanidade ao longo do tempo. Naquela região onde suas classes dominantes se vangloriavam de haver erguido a mais elevada civilização humana, as cenas mais horripilantes imagináveis estavam sendo praticadas.

Enquanto centenas de milhares, ou mesmo milhões, de pessoas eram submetidas a atos de crueldade e perversidade inauditos, a imensa maioria dos que viviam ali bem pertinho parecia não se sentir incomodada pelo terror que estava assolando a tantos outros. É claro que tampouco se podia notar muito alvoroço com relação a isto no restante do mundo.

Os fatores do declínio do jornalismo

O plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

A pressão pelo fim da jornada 6x1

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Bolsonaro e Braga Netto próximos da prisão

Por Renato Rovai, na revista Fórum:

O planejamento do assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre Moraes foi a gota d’água pra o debate ganhar força.

Entre juristas e advogados a tese de que já existem os elementos para uma prisão preventiva de Jair Bolsonaro e do seu candidato a vice, Walter Braga Netto, deixa de ser tratada como algo radical e passa a ser entendida como necessária para o momento.

O evento do planejamento do assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre Moraes teria acontecido na casa de Braga Netto. O mesmo que era interventor do Rio de Janeiro quando das investigações do assassinato de Marielle. O vice. O homem da mais alta confiança de Bolsonaro.

Mídia tenta minimizar vitória de Lula no G20

Charge: Miguel Paiva/247
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A presidência brasileira do G20, ao longo deste ano, e os resultados da reunião de cúpula realizada no Rio constituem inegável vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da diplomacia brasileira. Algumas vozes, como sempre, inventam argumentos para minimizar os méritos do presidente e desmerecer a efetividade do que foi pactuado.

O lançamento e o acolhimento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi uma espécie de medalha de ouro para Lula, que concebeu a iniciativa ainda no ano passado. Mas não só por isso o Brasil saiu maior do encontro, ampliando seu reconhecimento como ator relevante no cenário internacional, capaz de liderar, pelo diálogo, a busca de soluções e consensos sobre os grandes problemas do mundo.

Braga Netto e o plano para assassinar Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O golpe foi uma diretriz institucional das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas. Bolsonaro, oficiais militares, ativistas midiáticos e políticos extremistas foram instrumentos deste projeto institucional, não seus idealizadores centrais.

É fundamental, neste sentido, que as investigações e as punições alcancem, também, a mais alta hierarquia militar [1] envolvida desde a concepção do projeto de poder militar, acalentado muitos anos antes, e [2] atuante na tentativa de materialização deste projeto antidemocrático.

A candidatura presidencial de Bolsonaro foi lançada na Aman, Academia Militar das Agulhas Negras, ainda em novembro de 2014, em cerimônia de formação de aspirantes a oficiais então presidida pelo atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, outro personagem da dinâmica golpista que em 2022 comandava o Comando Militar do Sudeste tomado pelo acampamento de golpistas autorizados por ele a se manterem no local.

Jornalões aliviam para emissário de Trump

Por Moisés Mendes, em seu blog:


Todos os jornalões brasileiros passam pano para a decisão do anarcocapitalista Javier Milei de esculhambar com a reunião e a declaração final da reunião do G20. Todos.

Todos ignoram a afronta do argentino às decisões de consenso sobre clima, igualdade de gênero e a aliança global de combate à fome e à miséria. Apenas registram o que chamam de impasse.

Não há nos jornais de hoje um editorial, um só, que condene as atitudes desrespeitosas do fascistão com todos os outros governantes presentes no Rio.

Por quê? Porque Milei é o emissário de Trump. Os jornalões se acovardaram, não diante de Milei, mas diante do chefe dele.

domingo, 17 de novembro de 2024

Justiça argentina manda prender 61 golpistas

Charge: Fredy Varela
Por Altamiro Borges


Os patriotários que vandalizaram Brasília no 8 de janeiro de 2023 pensaram que iam se safar da cadeia correndo para os braços do Javier Milei, o “El Loco” fascista eleito presidente da Argentina. Mas parece que se deram mal. Na semana passada, a Justiça local ordenou a imediata prisão dos 61 golpistas condenados no Brasil e refugiados no país vizinho. Já na quinta-feira (14), a polícia da província de Buenos Aires efetuou a primeira detenção  de Joelton Gusmão. Um segundo foi preso no dia seguinte e outros terroristas devem ter o mesmo destino nos próximos dias.

O significado do fim da escala 6×1

Charge: Miguel Paiva/247
Editorial do site Vermelho:


A Proposta de Emenda Constitucional apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) para diminuir as jornadas de trabalho após massiva mobilização nas redes sociais com o VAT – Vida além do Trabalho, conseguiu o número necessário de assinaturas para tramitar na Câmara dos Deputados. Para além dos parlamentares da esquerda, deputados da centro-direita chancelaram esta PEC. A bancada do PCdoB, historicamente comprometida com essa bandeira, assinou e se movimenta para somar mais apoios.

Pesquisa do Instituto DataSenado realizada neste ano indica que para 85% dos entrevistados a redução da jornada propiciará melhor qualidade de vida. Sobre a destinação do tempo livre, 40% disseram que se dedicariam à família, 17% cuidariam da saúde, 11% aumentariam a renda e 14% realizariam atividades físicas e de lazer.

Quem trabalha contra a escala 6x1?

Esquerda precisa fazer educação política

sábado, 16 de novembro de 2024

STF já responsabilizou 741 golpistas do 8/1

Bomba no STF derrete estratégia bolsonarista

A farsa “anistia” e o homem-bomba no DF

Acordo de reparação de Mariana é justo?

Bolsonaro se inspira em Trump e tenta anistia

SBT inicia demissão de 400 profissionais

Foto: Divulgação SBT
Por Altamiro Borges


Segundo o site de entretenimento TV Pop, “o SBT iniciou na manhã desta quinta-feira (14) a maior demissão em massa de sua história. Em uma movimentação desesperada para tentar evitar um prejuízo de mais de R$ 100 milhões no final do ano, a emissora liderada por Daniela Beyruti deverá abrir mão de cerca de 400 colaboradores até o final do mês”. Imagine se não fossem “colaboradores”, mas trabalhadores. Não seria “abrir mão”, mas sim o cruel facão!

Ainda de acordo com a reportagem, os cortes atingirão todos os setores, sem exceção, e vão causar impacto direto no orçamento da emissora, já que todas as produções do canal tiveram seus orçamentos cortados em ao menos 20%. “O TV Pop apurou que a mudança mais visível para o público até o momento da publicação deste texto é o cancelamento do SBT News na TV. O noticioso, que estreou há quase dois anos, cederá seu espaço para um bloco de reapresentações de programas antigos da rede”.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Musk e o desmonte do Estado norte-americano

Charge: Jawad Morad/Cartoon Movement
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


A França trouxe os primeiros exemplos de formação dos estados e das burocracias públicas modernas. Mas o modelo institucional que coordenou o Ocidente veio dos Estados Unidos no final do século 19, com a criação da Interestate Commerce Commission (ICC).

Seu objetivo era coibir os abusos das empresas ferroviárias, que manipulavam as tarifas e cobravam preços discriminatórios contra pequenos produtores e comunidades.

A Agência surgiu nos ecos da Lei Antitruste Sherman (Lei Antitruste Sherman), que acolheu uma denúncia do Departamento de Justiça contra o poder de monopólio da Standard Oil.

Com o tempo, a ICC ampliou suas funções para supervisionar transporte rodoviário, hidroviário e aéreo.

Renúncias fiscais x corte de gastos

Charge: Fraga/GHZ
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Todos nós sabemos que, antes de render-se à necessidade de fazer um duro corte de gastos para cumprir a regra fiscal, o ministro Fernando Haddad tentou fazer o ajuste pela receita, cortando parte dos subsídios bilionários concedidos a vários setores e empresas.

O Congresso não deixou: manteve a desoneração da folha de pagamentos e não acabou com o Perse.

Com o anúncio da Receita, de que a perda de receita com renúncias este ano chegou a R$ 97,7 bilhões até agosto, o ministro passou uma descompostura nos jornalistas que cobrem a Fazenda, por ter a mídia o acusado de inflar os números: “façam uma reflexão sobre a conduta que vocês tiveram no ano passado”, disse Haddad ao longo de sua reprimenda, cujo áudio virá ao final deste texto.

Os dados sobre as perdas tributárias da União foram disponibilizados pela Receita através da DIRB - Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária, ferramenta recém-criada para consolidar as informações sobre o que deixou de ser recolhido.

Demora de Gonet deixou país mais vulnerável

Coringa, montagem de Leebaneo
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O procurador-geral da República Paulo Gonet precisa ser cobrado pela demora em relação aos inquéritos envolvendo Bolsonaro.

Há vários meses Bolsonaro já poderia estar respondendo a ações penais devido à participação em vários crimes, o mais grave deles a tentativa de abolição do Estado de Direito. Mas isso não aconteceu, no entanto, por escolha direta e pessoal do PGR Paulo Gonet, que decidiu adiar seu pronunciamento sobre os inquéritos da Polícia Federal para depois da eleição.

Atuando no tempo da política e não no tempo da justiça, ele alegou “cautela” para “não contaminar o período eleitoral”.

O choque de realidade nos convida a agir

Mural de Diego Rivera, Palácio Nacional, Cidade do México
Por Roberto Amaral

“Os filósofos até agora apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; cabe agora transformá-lo.” (Karl Marx, 1845, Teses sobre Feuerbach)

Não basta contemplar a realidade, como as estrelas de Bilac. É preciso estudá-la, conhecê-la, avançando sobre as aparências que escondem sua essência. Só assim surge o mundo real, produto histórico, rico em suas fontes sociais e econômicas. Mesmo o conhecimento daí decorrente não pode ser visto como obra acabada: sua vida decorre de seu papel como instrumento de intervenção do homem na realidade: só assim é possível transformar o mundo, e este é o destino do ser humano, sujeito histórico.

Homem-bomba é filho do gabinete do ódio

A mobilização pelo fim da jornada 6x1

Da guerra cultural bolsonarista ao terrorismo

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Olavo de Carvalho deu calote no fisco dos EUA

Faria Lima e mídia agem como partidos

Charge do site Sintunesp
Por Bepe Damasco, em seu blog:

A operação sabotagem segue a pleno vapor: a moeda nacional é alvo de crescente movimento especulativo por parte da Faria Lima, jogando o valor do dólar para as alturas e criando um ambiente político propício para colocar o governo Lula na defensiva.

O objetivo é tentar obrigá-lo a aceitar um modelo de ajuste fiscal com base no sacrifício dos mais pobres, tesourando o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o seguro-desemprego e a política de valorização do salário mínimo.

Enquanto Lula resiste, os sanguessugas do mercado junto com a imprensa comercial, sua sócia na empreitada, aumentam a artilharia. Uma dia desses um comentarista econômico de televisão teve a desfaçatez de dizer que "o mercado perdeu a paciência e resolveu dar uma basta no governo", ou "é bom que o governo saiba que não é qualquer ajuste que vai satisfazer ao mercado".

Escala 6x1 e a redução da jornada

Charge: Nando Motta/247
Por João Guilherme Vargas Netto


Com a agitação provocada nas redes sociais sobre a jornada 6 X 1 (que ofuscou a discussão sobre o corte de gastos do governo), quero fazer uma pergunta retórica: se a PEC aprovada determinasse quatro dias de trabalho por semana o que fariam milhões de trabalhadores e trabalhadoras nos outros dias?

Suspendamos, por ora, a resposta e procuremos entender a situação.

A reivindicação de uma redução geral da jornada de trabalho é histórica no movimento sindical e foi alcançada em várias ocasiões e em vários países ao longo do tempo a começar pela jornada de oito horas diárias, luta no próprio berço do sindicalismo.

A falácia do “equilíbrio” fiscal

Charge: Chen Xia/Global Times
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


As pressões exercidas pelas forças vinculadas ao sistema financeiro sobre o conjunto da sociedade são gigantescas. Trata-se de um movimento já bastante conhecido por nós e que opera de forma bastante articulada entre os representantes diretos da banca privada, os grandes meios de comunicação e uma parcela nada confiável da alta tecnocracia da administração federal. Essa forma deveras peculiar de articulação das relações incestuosas entre o capital privado e o setor púbico ganha ainda maior relevância quando se trata de definir questões estratégicas e de longo prazo para o País.

Folha de mãos dadas com Bolsonaro

Tarcísio vende terras, fazenda, água, escolas…

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Mídia reconstrói e projeta Bolsonaro. De novo

Charge: Toni
Por Eliara Santana, no site Viomundo:

Desde que Donald Trump foi eleito para um segundo mandato nos EUA, Jair Bolsonaro, aqui no Brasil, ficou ouriçadíssimo, em estado contínuo de gozo e alegria.

Voltou super atuante e otimista nas redes sociais, dando novas cores a questões antigas, ressignificando o discurso, projetando futuro, fazendo planos para o Brasil.

Até aí, tudo bem – essa euforia era esperada, todos sabemos das ligações da família Bolsonaro com Trump e o significado dessa eleição para o clã.

Mas, o ponto chocante nesse contexto é o espaço qualificado que a mídia corporativa está dando a Jair Bolsonaro no cenário político brasileiro, como alguém capaz de fazer análise (!) do cenário conjuntural mundial da eleição de Donald Trump, normalizando uma figura abjeta e que não titubeia em se insurgir contra a democracia.

Um breve interregno ao avanço fascista

Cartaz em homenagem ao 25/4/1945, Dia da Libertação
na Itália. Site: MeteoWeb
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em artigo na Folha [12/11], o autor de O fim da história Francis Fukuyama avalia que a eleição de Donald Trump “está inaugurando uma nova era na política dos EUA e talvez no mundo como um todo. Os americanos votaram nele com pleno conhecimento de quem Trump era e o que ele representava”.

Fukuyama lembra que “quando Biden conquistou a Casa Branca [em 2020], parecia que as coisas tinham voltado ao normal após uma desastrosa Presidência de um mandato só” do tenebroso republicano.

A ilusão logo se desfez. O governo ruinoso de Trump não foi um ponto fora da curva. Na realidade, ponto fora da curva foi a vitória do democrata Joe Biden em 2020.

“Após a votação do dia 5 [de outubro passado], agora parece que a anomalia foi a Presidência de Biden”, escreveu Fukuyama.

Venezuela, a cobertura da mídia e a TeleSur

Lula peita especuladores e segura cortes

A Faria Lima vai dobrar Lula?

O impacto do pacote de corte dos gastos

Uma aliança contra a Otan e os EUA?

domingo, 10 de novembro de 2024

Olavo de Carvalho deu calote no fisco dos EUA

Charge do site Emancipação Socialista
Por Altamiro Borges


Aos poucos, as picaretagens do “filósofo” Olavo de Carvalho, mentor intelectual das hordas bolsonaristas, estão vindo à tona. Na semana passada, o site Metrópoles revelou que a sua “herança milionária” sumiu em função de calotes com a Receita Federal dos EUA. “Filha do escritor, Heloísa de Carvalho Martins Arriba afirmou que as dívidas com o fisco dos Estados Unidos, onde o pai morava desde 2005, consumiram boa parte da herança deixada pelo guru bolsonarista morto em 2022, aos 74 anos”.

STF já responsabilizou 741 golpistas do 8/1

Charge: Marcelo Martinez
Por Altamiro Borges


Até a semana passada, o Supremo Tribunal Federal já havia responsabilizado penalmente 741 bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF no fatídico 8 de janeiro de 2023. No geral, são apenas os “bagrinhos” que executaram os planos terroristas de chefões fardados e civis, a começar do líder da Orcrim (Organização Criminosa), Jair Bolsonaro. Difusores, financiadores e organizadores do golpe seguem livres.

Dos 741 processados, 223 patriotários foram condenados por crimes graves, em razão da depredação do patrimônio público, e 42 foram punidos por incitação ao golpe de Estado. Outros 476 fizeram acordos com a Justiça. Apenas quatro pessoas foram absolvidas. Os julgamentos seguem no STF. Até 18 de novembro, mais 15 pessoas serão julgadas pelos crimes mais leves após se recusarem a firmar acordos.

O discurso da esquerda para virar o jogo?

Composição: Weslley Santos/CENARIUM
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Uma das análises mais interessantes sobre a vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana partiu do ex-ministro José Dirceu. Com sua lucidez e visão estratégica habituais, Dirceu assinala que os resultados econômicos da gestão de Biden seriam capazes de eleger seu sucessor até pouco tempo atrás. Não mais agora, quando fatores ideológicos e culturais ganharam protagonismo, em detrimento da economia.

Essa nova realidade dá um ideia do Everest a ser escalado pelos setores progressistas da sociedade no Brasil, na América Latina, Europa, Ásia, África e no mundo inteiro.

A conspiração contra o povo brasileiro

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O crescimento da economia, do emprego e do bem estar social, corresponde aos interesses maiores da nação e do povo brasileiro.

Mas, há forças poderosas, abrigadas no mercado financeiro, que conspiram diuturnamente contra o desenvolvimento nacional.

Atuam hoje destacadamente em duas esferas interligadas do tripé macroeconômico: a política monetária e a política fiscal.

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu aumentar novamente a taxa básica de juros (Selic), agora fixada em 11,25%, a segunda maior do mundo em termos reais (ou seja, depois de descontada a inflação).

Tarcísio é o maior inimigo da educação em SP

Por Francisca Pereira da Rocha, no site Vermelho:


Mal passou a eleição e as maldades do desgovernador de São Paulo, Tarcísio de Freitas saem da gaveta e começam a ser praticadas no estado mais rico da nação. Não bastasse os leilões na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) vendendo a gestão de 33 escolas públicas paulistas, o que deixa o futuro da educação totalmente incerto no estado, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) volta a discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual 09/2023, que muda o percentual destinado à educação em São Paulo, que passaria de 30% para 25%, que resultaria em R$ 10 bilhões a menos todos os anos para os investimentos em educação.

Desinformação e o júri de Marielle Franco

Conheça clã que se diz dono de Jericoacoara

O dever de casa é julgar quem ensaiou golpe

Lava-Jato comprometeu o futuro do Brasil

A vitória de Trump pode afetar o Brics

O plano de Bannon para Eduardo Bolsonaro

Eleição nos EUA é alerta para governo Lula

Bolsonaro aposta em Trump para evitar cadeia

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Bolsonaro está excitado com vitória de Trump

A volta de Trump, a tirania autorizada

Charge: Kap
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Há uma diferença entre esta eleição de Trump e a de 2016: desta vez, a maioria dos americanos o elegeram sabendo perfeitamente quem ele é. E deram de fato a ele um poder sem precedentes, como se dissessem numa grande hashtag no X de seu amigo Musk: eu autorizo.

Autorizam o populismo autoritário e o racismo, a xenofobia e a deportação em massa de imigrantes, o negacionismo climático e a volta da delinquência ambiental, o negacionismo sanitário e a sonegação das vacinas, o boicote ao multilateralismo, a perseguição dos adversários e até o abandono dos aliados, como a Europa e sua Otan.

Desta vez, tudo foi dito e bem ouvido.

A economia é mesmo o fator determinante?

EconomiaNasrin Sheykhi
Por Jair de Souza

Alguns fenômenos sociais recentes vêm transtornando a mente de muita gente no campo político de esquerda. É que tínhamos aprendido desde cedo a entender que a economia representava o fator social de maior relevância na determinação do curso das transformações sociais. No entanto, estamos vendo acontecer certas coisas que ameaçam fazer ruir esta idéia que vínhamos cultivando há muito tempo.

Os processos eleitorais que acabam de ter lugar em nosso país e nos Estados Unidos parecem desferir um violento golpe contra nossa crença de que é a economia o principal fator que dá o tom de como as pessoas vão se comportar. Como pudemos dar-nos conta, tanto lá como cá, a maioria dos eleitores emitiram seu voto motivados por questões que evidentemente não revelam nenhuma vinculação direta com fatores de cunho econômico.

Sindicalismo é ação e instituição

Charge: Nick Thorkelson/Labor Notes
Por João Guilherme Vargas Netto


O sindicalismo é a resultante de dois componentes que se equilibram como duas pernas: a ação e a instituição.

A ação é tudo aquilo que agita os trabalhadores e trabalhadoras e impulsiona o sindicato: sindicalização, campanhas salariais, assembleias, greves, comunicação e festividades.

O institucional é o que garante, em uma dada sociedade e época, a existência, as prerrogativas e os procedimentos do sindicato: Constituição, legislações, estruturas (o próprio sindicato!), negociações formais e costumes vigentes.

A vida de um sindicato se equilibra, portanto, entre estes dois polos; ora predominando, a ação, ora predominando a instituição, às vezes equilibradas, às vezes com predominância desequilibradora de uma delas. Em geral, fala-se “movimento sindical” obscurecendo o papel institucional.

BC eleva os juros e sabota a economia

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


Em mais um ato de sabotagem contra a economia brasileira, o Banco Central aprovou nesta quarta-feira (6) uma nova alta da taxa básica de juros. Desta vez, o aumento foi ainda maior, de 0,5 ponto, fazendo com que a Selic atinja o índice obsceno de 11,25% ao ano – o segundo maior do planeta. A desculpa apresentada agora foi o das incertezas resultantes das eleições nos EUA. Balela! A única certeza é que os abutres financeiros saíram novamente ganhando!

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O que explica a vitória de Trump nos EUA?

Por que o Brasil barrou a Venezuela no Brics?

Um balanço das eleições em Niterói

Eleições retratam declínio dos EUA

O mundoSherif Arafa
Editorial do site Vermelho:


A disputa presidencial dos Estados Unidos, concluída com a vitória de Donald Trump, ao revolver de cima abaixo a dividida sociedade estadunidense, crivada por elevada desigualdade social, racismo, violência, ódio aos imigrantes, ofensiva contra os direitos reprodutivos das mulheres e outros antagonismos, ao trazer à tona o pesadelo que se tornou o decantado “sonho americano” e uma economia regida pelo parasitismo financeiro, ao revelar as duas candidaturas em continência com a diretriz de guerras e genocídios contra os povos, e mais uma vez escancarar um sistema político, eleitoral e partidário com a legitimidade corroída, retratou com nitidez o declínio crescente do imperialismo estadunidense.

A vitória de Trump

O retornoAllan McDonald
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Donald Trump desbancou as pesquisas eleitorais, a mídia em geral e as expectativas de uma eleição acirrada. Ele acabou vencendo a eleição no voto popular e no colégio eleitoral, o que contrariou todas as previsões de violência política e conflito social em caso de derrota dele.

Trump foi eleito apesar das – ou devido às – suas propostas aberrantes, dos seus negacionismos absurdos e dos retrocessos civilizatórios que defende.

Ele foi absolutamente transparente. Daqui a alguns meses, durante seu governo, quando suas políticas serão implementadas, ninguém poderá alegar que não sabia o que poderia acontecer.

Trump venceu inclusive entre eleitores negros e latinos, apesar da campanha radical contra imigrantes, tratados como criminosos e causas de todos os males do país.

Câmara rejeita imposto sobre fortunas

Caso Mariana: atingidos lutam por reparação

Trump supera Kamala e reforça xenofobia

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Mídia ianque toma partido entre Trump e Kamala

Por Altamiro Borges


Diferentemente do Brasil, onde a mídia hegemônica finge ser neutra nas disputas eleitorais para enganar os incautos, nos EUA ela toma partido explicitamente em seus editoriais. Sempre sob a ótica dos interesses do império, ela assume qual seu candidato e as razões – e jura, o que também é uma falsidade – que isso não interfere na cobertura jornalística. Na acirrada disputa presidencial deste ano entre Kamala Harris e Donald Trump, a imprensa ianque voltou a se posicionar.

Um dos principais veículos ianques, porém, rompeu com sua tradição e optou pela “neutralidade” – o que gerou muitas suspeitas. Após várias décadas apoiando candidatos do Partido Democrata, o Washington Post anunciou a sua pretensa isenção. William Lewis, CEO do jornal, alegou que a decisão foi um retorno “às nossas raízes de não apoiar candidatos presidenciais”. Ele, porém, foi alvo de crítica dos jornalistas e dos leitores do próprio jornal.

Fátima de Tubarão cumprirá 17 anos de prisão

Por Altamiro Borges


Em decisão proferida nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a patriotária Fátima de Tubarão, comece a cumprir imediatamente a pena de 17 anos de prisão em regime fechado. A bolsonarista foi condenada por seu envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Fátima de Tubarão foi acusada pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. Além da condenação à cadeia, ela terá de pagar R$ 30 milhões de forma solidária com os outros condenados, a título de danos materiais.

Caiado e a exploração sexual infantil em Goiás

Por Altamiro Borges


Na semana passada, durante reunião no Palácio do Planalto de apresentação do plano nacional de segurança pública, o governador de Goiás, o direitista Ronaldo Caiado, tentou montar palanque para a sua pretendida campanha presidencial em 2026. Na maior caradura, o famoso ruralista – fundador da terrorista UDR em 1985 – criticou a proposta do governo federal e bravateou: “A minha proposta é que esse texto dê aos estados a prerrogativa da legislação penal e penitenciária para nós acabarmos com o crime no país porque, em Goiás, eu acabei com ele”.

domingo, 3 de novembro de 2024

Anistia para golpistas seria nova infâmia

Foto: Gibran Mendes/CUT-PR
Editorial do site Vermelho:


O debate sobre a Projeto de Lei (PL) de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 deve partir do pressuposto de que ele trata de crimes gravíssimos. Como disse a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF) na época, ministra Rosa Weber, a data “se consolida como uma marca indelével da história da democracia constitucional do nosso país” e “será sempre o dia da infâmia”. Segundo ela, o episódio foi “uma investida autoritária, espúria, obscurantista e ultrajante, insuflada pelo ódio e pela ignorância contra as instituições democráticas”.

Reunião atrasada, mas necessária

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Luiz Eduardo Soares e Manuel Domingos Neto

Na quinta-feira passada (31.10.2024), deu-se uma reunião marcada há 21 anos. A convite de Lula, governadores e o ministro da Justiça encontraram-se no Planalto para discutir a Segurança Pública. Essa reunião foi agendada e postergada, depois cancelada, no início do primeiro mandato de Lula, em 2003. O atraso de 21 anos diz muito sobre as dificuldades de enfrentar o problema.

Em 2001, Lula presidia o Instituto Cidadania e era pré-candidato a presidente. Um grupo de trabalho formulou, então, seu programa de Segurança Pública. Profissionais de origens, experiências e perspectivas variadas debateram em audiências públicas, visitas e seminários. A proposição resultante foi entregue por Lula às casas congressuais e ao ministro da Justiça em 27 de fevereiro de 2002.

Esquerdas voltarão ao poder no Uruguai?

STF e o desmonte dos direitos trabalhistas

Outra lapada: vereadora desmente Caiado

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Uma interpretação do naufrágio

Ilustração: Matt Kenyon
Por Roberto Amaral

Apenas 15 mil milionários brasileiros, nonada como estatística mas um mundo em termos de poder, titulares de salários superiores a R$ 8 milhões ao ano pagam o mesmo IRPF cobrado dos milhões de brasileiros que percebem R$ 6 mil anuais, ou seja, um rendimento mensal de R$ 500, muito abaixo, do valor do salário mínimo nacional, que é de R$ 1.412,00. Segundo o IPEA, a alíquota máxima de desconto (14,2%) é atingida pelo grupo que recebe, em média, R$ 450 mil líquidos por ano: “A partir deste patamar, o imposto cobrado é menor entre os que têm ganho médio de mais de um milhão por ano, que é 13,6%”. Assim as duas faixas extremas de renda, a dos muito ricos e a dos muito pobres, são taxadas com a mesma alíquota (Valor, 30/10/24) Esses números, porém, não levam mal-estar moral ou religioso ao que se pode chamar de consciência conservadora da classe dominante. Na última quarta-feira (30/10), por exemplo, a oligárquica Câmara dos Deputados rejeitou, por 262 x 136 votos, emenda apresentada pelo PSOL a um dos projetos da reforma tributária, que taxaria o conjunto de bens que ultrapassasse R$ 10 milhões.

Integração da América do Sul se deteriora

Mapa: Ayres Houghtelling
Por Ana Prestes

Uma das grandes expectativas, com a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022, girou em torno da volta de um Brasil líder do sul global e atuante com altivez no cenário internacional. De fato, estamos de volta, e com uma pauta bem delimitada em defesa do fim das desigualdades, da soberania alimentar, da paz e da construção de uma nova governança global. O que parece ter se deslocado desse carro chefe das prioridades na política externa é o foco na integração latinoamericana e sul americana em particular.