segunda-feira, 5 de março de 2018

Doria, Globo e Ibope sofrem apagão

Globo vai para o tudo ou nada contra o PT

Por Joaquim Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo publicou no Fantástico deste domingo uma reportagem de 14 minutos para mostrar os brasileiros que mais sofreram com a crise econômica que se abateu sobre o país desde 2104.

Até aí, nenhuma novidade.

Mas, à medida que a reportagem avança, percebe-se que não é exatamente um trabalho jornalístico. É propaganda. Propaganda contra Lula e o PT.

A reportagem é estranha do começo ao fim.

Carga tributária é para o lombo do pobre

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, no Estadão, na matéria em que mostram o absurdo da isenção de imposto de renda, que livra da tributação algo em torno de 30% da remuneração recebida pelos juízes brasileiros, dão outras informações muito mais importantes para entender-se a distorção da remuneração do Judiciário brasileiro.

“Em 2016, cada juiz, procurador, ministro ou conselheiro de tribunal de contas do País recebeu em média R$ 630 mil, sendo cerca de R$ 180 mil livres de qualquer tributação.”

Militares no centro da política com Temer

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Considerado o presidente mais impopular do mundo, Michel Temer chega ao último ano do governo sem conseguir aprovar a reforma da previdência, o que mancha a imagem de “homem que arrumou a casa” junto ao eleitorado de centro-direita. Agora, aposta no sucesso da intervenção no Rio como a última cartada para alavancar eleitoralmente ele e sua turma e, assim, garantir o tão necessário foro privilegiado. Tomar para si a pauta de Bolsonaro, que aparece bem posicionado nas pesquisas, lhe pareceu uma boa jogada. Ou melhor, “uma jogada de mestre”, como ele mesmo afirmou.

A economia e o Manual da Redação da Folha

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

O Manual da Redação da Folha presta um enorme desserviço para a disseminação do conhecimento básico de economia. São duas as principais impropriedades cometidas: o reforço do pensamento único e naturalização das elevadíssimas taxas de juros brasileiras.

O pensamento econômico único

O tema economia é desenvolvido no Manual de modo a reforçar o pensamento único, isto é, o texto dá ênfase à ideia de que, em economia, existe somente uma solução correta para os problemas de uma sociedade ou de um país.

O combate à violência contra a mulher

Do site Vermelho:

Já está pronta a pauta que a bancada feminina no Congresso Nacional pretende ver aprovada nesta semana em que é lembrado o Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Entre propostas que tramitam entre a Câmara dos Deputados e o Senado, 27 estão na lista das parlamentares. No Senado, quatro propostas que já passaram pelas comissões da Casa e estão prontas para a análise do Plenário foram consideradas prioritárias.

“É tempo de reinventar a política”

Por Lucas Vasques, na revista Fórum:

Depois de uma longa trajetória, na qual predominou a já tradicional aliança com o PT para a eleição presidencial, o PCdoB decidiu lançar candidatura própria em 2018. A pré-candidata do partido ao Palácio do Planalto é a deputada estadual, pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila.

Aos 36 anos, Manuela acumula uma larga experiência na política. Iniciou como militante estudantil e dirigente da UNE, depois se elegeu a vereadora mais votada em Porto Alegre, foi também a deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul por dois mandatos. Liderou a bancada gaúcha em Brasília, foi líder do PCdoB na Câmara e presidente da Comissão de Direitos Humanos. Manuela foi eleita deputada estadual em 2014, no Rio Grande do Sul.

WhatsApp deve ser o centro das eleições

Por Laura Castanho, na revista CartaCapital:

Lugar comum no cotidiano de qualquer brasileiro com um smartphone e acesso à internet, o WhatsApp deve ser crucial nas eleições deste ano. Alvo prioritário de marqueteiros políticos, a rede social tem diversas características que a tornam central para a disputa política: é amplamente disseminada; fechada e, portanto, com conteúdo de difícil verificação; e, ao contrário do Facebook, que comprou o WhatsApp em 2014, ainda não tem uma preocupação explícita com a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news.

Nobel Esquivel mostra dimensão real de Lula

Celso Amorim, Adolfo Pérez Esquivel, Lula, Paulo Okamotto
e Caro Proner. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa conjuntura em que nossa democracia enfrenta uma situação de beira de abismo, a visita do Premio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel ao país não poderia ser mais oportuna.

Após três anos de criminalização intensiva, era preciso um olhar protegido pela distância para recordar aos brasileiros e brasileiras a dimensão real de Luiz Inácio Lula da Silva, personagem que, mais uma vez, encontra-se no ponto de passagem no esforço da nação para reencontrar seu destino.

Sabemos que a perseguição judicial permanente não representa apenas uma ameaça a liberdade e aos direitos de Lula. Também vulgariza sua imagem pública. Apequena - para empregar o vocabulário da ministra do STF Carmen Lucia - o que fez de melhor, altera os dados da memória coletiva, corroendo verdades que deveriam ser puras e claras como o melhor aço.

O PIB e a propaganda enganosa de Temer

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Na semana que passou, o IBGE confirmou que a economia brasileira, após dois anos de encolhimento acumulado de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), voltou a crescer 1%. Essa constatação positiva, todavia, não resulta da adoção da política econômica neoliberal executada pelo governo Temer.

Isso porque a chegada da nova equipe econômica, em decorrência do afastamento da presidenta Rousseff, terminou por postergar a recessão para o segundo semestre de 2016. No ano passado, a expansão do PIB deveu-se fundamentalmente ao ótimo desempenho da safra agrícola, responsável pelo crescimento de 13% do setor primário da economia, uma vez que a indústria simplesmente não cresceu e o setor de serviços somente aumentou em 0,3%.

Segurança pública é um direito democrático

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A esquerda nunca gostou de falar da segurança. Pelo menos no que diz respeito às políticas públicas para o setor, sobretudo quando se tratava de polícia. O tema trazia uma proximidade com a memória da repressão, com ação violenta contra os movimentos democráticos e com organizações que nunca foram abertas ao controle social. Além disso, e em escala determinante para explicar a distância da questão, havia a presença do militarismo, tradicional e organicamente ligado à segurança pública no Brasil, desde que o samba é samba.