terça-feira, 11 de maio de 2021

‘Bolsolão’: o orçamento secreto de R$ 3 bi

Por Altamiro Borges

Para se salvar do impeachment e livrar seus filhotes – Flávio Rachadinha, Carluxo Pitbull e Dudu Bananinha – de qualquer punição, o "capetão" transformou o governo num verdadeiro balcão de negócios. O jornal Estadão de sábado passado (8) estampou no título: "Bolsonaro cria orçamento secreto em troca de apoio do Congresso". A denúncia é gravíssima!

Segundo a reportagem, "um esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro, no final do ano passado, para aumentar a sua base de apoio no Congresso criou um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas". O "bolsolão", como já foi apelidado nas redes sociais, não tem qualquer controle público e fere as regras orçamentárias federais.

Bolsonaro segue em queda nas redes sociais

As execuções sumárias no Jacarezinho

Os ricos ficam mais ricos na pandemia

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Depois de pouco mais de um ano convivendo com a pandemia da covid-19 nós assistimos e vivenciamos no dia a dia o drama do nosso país, o drama de nossa gente.

Chegamos a números assustadores, alarmantes, terríveis. Que não são só números e estatísticas, são vidas que adoecem, são vidas que se perdem. São pais, mães, avós, tios, filhos, amigos.

Temos no Brasil já mais de 15 milhões de pessoas infectadas e mais de 412 mil mortes. Isso sem falar que podemos estar trabalhando com números subnotificados. De acordo com as pesquisas nós podemos estar diante de um número de óbitos 30% maior do que aquele estabelecido formalmente. É dramática a situação.

Lula tem razão ao tentar alianças ao centro?

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:


Ainda que a resposta seja quase óbvia, diante do quadro de terror que o país atravessa, creio que é preciso assumir sem medo de patrulhas que sim, não apenas tem razão como é seu dever inescapável superar o quanto puder as rejeições movidas pelo preconceito e pela imensa campanha de demonização midiática que ele sofreu e que é o único empecilho que há hoje para afirmar que ele terá uma estrondosa vitória nas eleições de 2022.

A subjetividade fascista

Por Tarso Genro, no site A terra é redonda:

As determinações do fascismo como gênero, na crise do capitalismo, tanto nos seus conteúdos econômicos como sociais, são aquelas que fundam o seu surgimento e os seus contornos, em um determinado espaço territorial e cultural. Quando o fascismo, todavia, se torna um movimento político com perspectivas de poder – para compreendê-lo e combatê-lo – é preciso localizar na subjetividade dominante os seus esconderijos mentais mais reservados e na conduta dos sujeitos políticos as suas manifestações mais soturnas (e violentas) na vida cotidiana.

'Bolsolão': como esconder um escândalo?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O mundo desabaria se viesse à tona a informação de que os governos Lula e Dilma tinham um orçamento paralelo, no valor de R$ 3 bilhões, com o objetivo de comprar parlamentares, na forma de distribuição clandestina de emendas para seus redutos.

E se, para tornar ainda grave a história, o esquema fosse operado pelos presidentes da Câmara e do Senado? Faço ideia do latifúndio de tempo que o Jornal Nacional dedicaria à denúncia e das capas histriônicas da Veja a condenar sem julgamento os acusados.

O jornal O Estado de São Paulo, bastião do conservadorismo e do reacionarismo mais empedernidos, publicou no último fim de semana reportagem consistente e com riqueza de dados e detalhes sobre o orçamento secreto do governo Bolsonaro, fora do alcance do controle público.

'Misógino': Augusto Nunes perde na Justiça

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) venceu uma ação na Justiça contra Augusto Nunes e o jornalista foi condenado a indenizá-la em R$30 mil por danos morais. O motivo é o fato de Nunes ter, por inúmeras vezes, se referido à parlamentar como “amante” em textos veiculados na Veja e no portal R7.

A decisão, proferida por unanimidade pelos desembargadores da 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), também obriga os veículos que publicaram os textos de Nunes com ofensas à Gleisi a divulgarem a íntegra do acórdão condenatório pelo período mínimo de 30 dias.

A corrupção bolsonarista no orçamento

Editorial do site Vermelho:

As denúncias de “orçamento paralelo”, que teria movimentado R$ 3 bilhões desde o final do ano passado com a responsabilidade direta do governo Bolsonaro, têm enorme gravidade. Começa pela definição precisa de que se trata de corrupção e chega à manipulação dos recursos públicos a serviço de um projeto autoritário de poder. As evidências de negociatas se agravam quando se constata que o país passa por um “ajuste fiscal” violento, em meio ao avanço da pandemia e da crise econômica.