sexta-feira, 16 de outubro de 2020

As redes sociais e o submundo das eleições



Entrevista com Mauro Panzera, diretor da agência Grito Propaganda e ex-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), trata do papel das redes sociais, principalmente no ataque, nas eleições municipais

O clube do livro da Boitempo Editorial

Do site da Boitempo Editorial:

Assine o ARMAS DA CRÍTICA, clube do livro da Boitempo.

www.armasdacritica.com.br

Uma biblioteca para interpretar e transformar o mundo

Para comemorar os 25 anos da editora, temos a alegria de lançar o Armas da crítica, nosso aguardado clube do livro, que já nasce descomplicado: fácil de entrar, sem fidelidade, sem multa.

Deep-fake, arma radical contra a democracia

Charge: Sagar Vikmani
Por Tomás Rodríguez Ansorena, no site Outras Palavras:

Em menos de seis anos, o desenvolvimento da inteligência artificial tornou possível que quase qualquer um pudesse criar imagens falsas indistinguíveis da realidade. Do negócio pornográfico ao golpe no Gabão, a Internet dissemina essa nova ameaça fantasma: a de nunca mais sabermos o que é verdade.

Nas últimas eleições legislativas em Nova Déli, o candidato Manoj Tiwari surpreendeu seus eleitores com um vídeo falando em hindi, outro em inglês e outro em haryanvi. Antes de se tornar a figura principal do Partido Popular Indiano (BJP, na sigla em hindi) na capital do país, Tiwari foi ator, cantor popular e estrela de um reality show, mas ninguém desconfiava que ele falasse inglês (capital muito valorizado nas classes urbanas), e muito menos o dialeto da região de Haryana. 

Plataformas digitais e o discurso de ódio

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A base social que tem apoiado a ultradireita é um fenômeno global, consequência direta da precarização generalizada promovida pelo capitalismo em seu atual estágio. O discurso de ódio alimenta o crescimento deste fenômeno, que encontra terreno fértil nas plataformas digitais, conforme explica Marcos Dantas, professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ).

Em debate dentro da programação da 23ª Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, nesta terça-feira (13), o pesquisador avalia que “bancários, comerciários e industriários perderam seus empregos e a classe média também vê portas fecharem. Esta desagregação social encontra seu canal de manifestação na Internet”. “Este processo”, acrescenta Dantas, “passou a ser financiado por quem enxergou isso como uma ferramenta útil para atender seus interesses”.

O potencial da esquerda na eleição municipal

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A um mês das eleições municipais, em 15 de novembro, candidaturas do campo da centro-esquerda em capitais ou cidades importantes do país demonstram fôlego nas pesquisas para chegar à reta final e ir ao segundo turno. Maior cidade brasileira, São Paulo assiste ao avanço de Guilherme Boulos (Psol) e Jilmar Tatto (PT), segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (15). Em relação ao levantamento anterior, de 2 de outubro, Boulos oscilou de 8% para 10%, enquanto o petista foi de 1% para 4%.

Apoiado por setores importantes do próprio PT, como o cientista político André Singer e a filósofa Marilena Chaui, além de personalidades da cultura, como Chico Buarque e Caetano Veloso, o ex-candidato à presidência da República do Psol tem como vice em sua chapa a ex-prefeita Luiza Erundina.

Subserviência aos EUA custa caro ao Brasil

Editorial do site Vermelho:

As atitudes do governo do presidente Jair Bolsonaro de prolongar a isenção do etanol importado dos Estados Unidos, no momento em que o setor sofre com a queda do consumo, e de apoiar o candidato norte-americano para presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), rompendo uma tradição histórica da instituição desde a sua criação há 61 anos, têm o claro objetivo de tentar ajudar a reeleição de Donald Trump. O entreguismo bolsonarista já havia se manifestado explicitamente na facilitação da venda da Embraer, que não se concretizou pela desistência da Boeing.

Quando teremos o monumento para Ustra?

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:


Sempre pensei que, das muitas maneiras de dilapidar dinheiro público, dificilmente alguma delas seria mais idiota do que gastar para formar um general como Hamilton Mourão. Até a semana passada. Na entrevista ao programa Zona de Conflito, da Deutsche Welle, o vice do Bolsonaro prestou, enfim, um serviço à nação.

Mourão esclareceu, de forma importante e definitiva, o padrão de decência aceito e cultuado nas Forças Armadas. Aconteceu quando, atordoado pelas perguntas do apresentador Tim Sebastian – um tratamento que jamais recebeu do pet jornalismo nativo – descreveu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra como “um homem de honra”.

Pela democracia e a soberania na Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo, de El Alto

Acendendo uma fogueira próxima ao palanque, com um pedido de permissão à Pachamama (Mãe Terra), centenas de milhares de manifestantes enfrentaram o poderoso frio de El Alto no final desta quarta-feira para o ato de encerramento da campanha de Luis Arce e David Choquehuanca, candidatos à presidência e à vice da Bolívia pelo Movimento Ao Socialismo - Instrumento Pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP).

Em suas intervenções, os líderes se comprometeram a recuperar a democracia, a soberania e a estabilidade econômica no país andino e exortaram a todos os bolivianos a marcharem unidos contra o retrocesso praticado e proposto pelos que querem se manter no poder a qualquer custo.

Mídia não se levanta contra TV do Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Fui a primeira presidente da Empresa Brasil de Comunicação - EBC, cumpri um mandato de quatro anos (2007-2011), período em que foram implantadas a empresa e a TV Pública nacional, a TV Brasil.

Ao longo daqueles quatro anos, a mídia comercial vigiou obsessivamente a TV Brasil em busca de sinais de "governismo" ou "chapabranquismo".

O Ministério Público também fiscalizou severamente a EBC, especialmente em momentos eleitorais, para evitar partidarismo na cobertura. Os canais públicos precisam ser mesmo fiscalizados. Não perseguidos.

Brasil só perde com alinhamento total aos EUA

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Valor publica hoje o que deveria fazer muita gente repensar a ideia primária de que “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, frase estúpida pronunciada por Juraci Magalhães, embaixador brasileiro nos Estados Unidos no início da ditadura militar de 1964.

Estamos comerciando menos com o país de Trump do que fazíamos com o país de Obama, voltando aos níveis de comércio de 2009, quando a economia estava deprimidíssima por conta de crise do subprime.