domingo, 8 de setembro de 2019

Fernando Holiday, vereador do MBL, vai cair?

Por Altamiro Borges

Fernando Holiday, dirigente do suspeitíssimo Movimento Brasil Livre (MBL), foi eleito vereador em São Paulo na onda direitista que devastou o país. Ele foi um dos líderes das marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff, que resultou na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer e criou as condições para a vitória eleitoral do fascista Jair Bolsonaro. Travestido de paladino da ética e alavancado pela mídia sem moral, ele foi candidato pelo DEM – um dos partidos mais corruptos da história do Brasil. Novato no parlamento, o demo arrogante achava que estava com a bola toda, mas agora ele corre até o risco de ser cassado.

Moro e seus comparsas têm de ser presos

Montagem: Gladson Targa
Por Jeferson Miola, em seu blog:   

As revelações do Intercept de 8/9/19 trazem provas impressionantes do atentado terrorista cometido por Sérgio Moro e pela força-tarefa da Lava Jato, em conluio com a Rede Globo, em 16 de março de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff.

Naquele dia, depois de interceptar ilegalmente conversas telefônicas da presidente Dilma com o ex-presidente Lula, Moro e seus comparsas – o procurador Deltan Dallagnol, o delegado Luciano Flores e outros/as procuradores, procuradoras e policiais federais – decidiram, assim mesmo, vazar criminosamente aqueles diálogos para a Rede Globo.

A Globo não desperdiçou a oportunidade. No Jornal Nacional daquela noite, dedicou nada menos que 68 minutos [1 hora e 8 minutos] para criar uma novela incriminadora.

O que emergirá do caos no Brasil?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

23 de julho de 2019, dia em que os famigerados hackers de Araraquara foram presos, suspeitos de serem os autores da interceptação e repasse para o The Intercept Brasil das mensagens chocantes trocadas entre procuradores da Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e outros personagens. Chamei um carro por um aplicativo de carona à tardinha. Entrei e cumprimentei o motorista, um cara simpático aparentando ter uns 50 e poucos anos. No rádio, falava-se sobre a prisão dos hackers. Pedi para ele aumentar o volume. Era o programa do Reinaldo Azevedo. O outrora antipetista mor desancava Moro, Dallagnol e a Lava Jato. Ouvíamos em silêncio. A certa altura do programa, alguém deu a informação de que Moro havia anunciado que o material encontrado com os hackers seria destruído. Não me contive e manifestei meu assombro. O motorista então falou: “Esses caras tinham que tá tudo preso!”. Desenvolvi um pouco mais a conversa para ter certeza de que ele estava falando de Moro, Dallagnol e cia. Estava.

Bolívia: um cenário eleitoral quase definido

Foto: Twitter de Evo Morales
Por Alfredo Serrano Mancilla, Gisela Brito e Sergio Pascoal, no site Outras Palavras:

A quase dois meses da eleição presidencial na Bolívia, seu desfecho se torna cada vez mais claro. Ao analisar o contexto de um processo eleitoral, é importante entender que sempre surgem questões na conjuntura com um impacto impossível de se prever, e que o fundamental é identificar as tendências nas preferências dos eleitores, assim como o mapa de sensações vigente na opinião pública. É cada vez mais comum observar a enorme proliferação de informações, de uma ou outra pesquisa, que determinam as chances de cada candidato na disputa, como se fosse uma corrida de cavalos. Porém, a chave de um estudo rigoroso está na coerência entre o número de intenção de voto e outras variáveis que dão uma visão sociológica e política mais ampla.

Uma semana de derrotas para Boris Johnson

Charge: Luc Descheemaeker/Bélgica
Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:

O Parlamento britânico retornou do recesso e para o início da atuação do conservador Boris Johnson como primeiro-ministro no dia 3 de setembro. Desde então, o debate foi conturbado e ele sofreu várias derrotas sobre a agenda do Brexit, que continua dividindo os partidos e a sociedade.

Johnson foi alçado ao cargo de primeiro-ministro após a renúncia de Theresa May, que estava governando desde 2016 em substituição a David Cameron que deixou o cargo devido ao voto favorável ao rompimento da Inglaterra com a União Europeia no plebiscito daquele ano. Tanto May quanto Johnson colocaram como objetivo principal de seus governos concluir o Brexit. Entretanto, May, que pertence a uma ala do Partido Conservador que defende uma saída mais suave da União Europeia tentou três vezes que o Parlamento britânico aprovasse um acordo negociado por ela com a Comissão Europeia e todas foram rejeitadas.

Bolsonaro deixa Moro vivo e mata sua imagem

Por Fernando Brito, em seu blog:

A afetação da intimidade com Sérgio Moro feita hoje por Jair Bolsonaro no Sete de Setembro chega a ser mórbida.

Exibiu o cadáver vivo, expôs o outrora indomado como um cachorro na coleira, amansado, que abaixou as orelhas e cedeu a sua agora mestre.

Moro perdeu e desfilou sua derrota com a humilhação estampada no rosto.

Seus adoradores que debandam, como faz aí abaixo [aqui], o desclassificado Arthur “Mamãe Falei” do Val, adorariam ser liderados pelo ex-juiz, mas sentem que ele não tem estofo para liderar coisa alguma, que se aceitou ser depenado vivo pelo “Mito”.

O golpe da Lava-Jato com a Globo

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Foi tudo uma grande farsa, sabemos agora, tramada pelos milicianos da Lava Jato com a Globo, para derrubar o governo do PT e prender Lula.

No atropelo às leis e à Constituição, para liberar logo as conversas grampeadas dos celulares de Dilma e Lula, Moro levantou o sigilo às 16h19 e, às 18h32, a GloboNews já estava no ar, ao vivo, com um repórter plantado na Polícia Federal de Curitiba, provocando uma comoção nacional.

16 de março de 2016: nesse dia, em operação conjunta da Lava Jato de Moro & Dallagnol com a maior emissora de TV do país, consumou-se o golpe contra as instituições que, ao final, acabaria levando Jair Bolsonaro ao poder.

A perseguição e o desmonte da cultura

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Uma das primeiras ações do governo de Michel Temer, logo após o golpe parlamentar de 2016, que resultou no impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff (PT), foi tentar extinguir o Ministério da Cultura. A reação de organizações e de artistas pressionou o então presidente a recuar. Apesar disso, os orçamentos das políticas públicas desenvolvidas pela pasta não resistiram ao movimento de desmonte que se seguiu. O orçamento geral da cultura, bem como sua participação percentual no conjunto das verbas federais, despencou.

Os retrocessos no audiovisual brasileiro

Lava-Jato era só um projeto golpista

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Da nova leva de diálogos da Vaza Jato, parceria do Intercept com a Folha, há uma frase que encapsula a tragédia:

“Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”.

Os procuradores se referiam aos grampos de Lula e Dilma e que foram a pá de cal no governo petista.

O “Bessias”, apelido do servidor Jorge Rodrigo Araújo Messias, ficaria nacionalmente famoso, assim como o “Tchau, querida”.

Independência em tempos de traição nacional

Editorial do site Vermelho:

Na conjuntura deste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, a soberania nacional está mais uma vez gravemente ameaçada. O governo Bolsonaro avança como um tanque de guerra para destruir os fundamentos da nação e os pilares da construção de um país que, a duras penas, aprendeu a prezar o direito de conduzir seus destinos. Armado com um discurso hipócrita sobre a posição da pátria - como num de seus slogans, onde ela estaria ao lado de Deus -, o bolsonarismo vem aplicando o seu programa de destruição nacional de modo a não deixar pedra sobre pedra.

Bolsonaro, Bachelet e a repercussão na mídia

Por Beatriz Bandeira de Mello e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

Desde que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro vem colecionando críticas acerca da maneira como conduz a política externa brasileira. Mantendo uma retórica agressiva, característica de sua trajetória política como parlamentar, o atual presidente já protagonizou episódios que afrontam princípios básicos das relações internacionais do Brasil, como o pacifismo, a não-intervenção e a prevalência dos direitos humanos. Atuando junto ao presidente na definição da agenda da política externa brasileira há um grupo ideologicamente orientado pelo conservador Olavo de Carvalho, no qual figuram o atual Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o Assessor Especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, e o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro. Adotando premissas questionáveis como o combate ao “globalismo” e ao “marxismo cultural”, o governo Bolsonaro tem buscado manter um alinhamento ideológico, e visivelmente assimétrico, com os Estados Unidos, além da aproximação com países economicamente liberais e politicamente conservadores na América do Sul, tais como Chile, Colômbia, Paraguai e a Argentina.