segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Militares prestarão continência a Lula?

Por que eleitor de Bolsonaro votará em Lula?

Charge: Brum
Por Esther Solano, na revista CartaCapital:


Durante estes últimos dias, ando a conversar com eleitores de Norte a Sul do País dos mais diversos perfis, mas todos com um denominador comum, votaram em Bolsonaro em 2018 e votarão em Lula em 2022.

Vamos entender os argumentos dos Bolsolulas, pois entendê-los é entender o Brasil. Entendê-los é entender as eleições deste ano:

1. Todos confessaram nas entrevistas ter votado em Bolsonaro por desejo de mudança, por um sentimento de frustração total com o sistema político. A tirania do novo. A desolação com um sistema representativo que abandona mais do que representa e deixa aberta a porta para os monstros.

2. Todos disseram também que a Operação Lava Jato foi um elemento decisivo do seu voto. Acreditaram nela, acreditaram em Sergio Moro, acreditaram na culpa do PT, acreditaram na culpa de Lula.

O que fazer no quartel?

Charge: Duke
Por Manuel Domingos Neto

Democratas sinceros dizem: os militares devem voltar ao quartel. Se mal pergunto: fazer o quê?

Formar novos Bolsonaros, Helenos, Villas Boas, Pazuellos, Etchegoyens ou coisa pior?

Desenvolver “sinergias” com o Judiciário e outros braços do Estado, como aponta Piero Leirner? Cooptar aliados civis distribuindo medalhas a mão cheia, como alerta Ana Penido? Melar a disputa eleitoral com tuitadas, versões contemporâneas de sempiternas ameaças à ordem democrática, como frisa Eliézer Rizzo? Pintar meio fio, como sugeriu, num desabafo, Cristina Serra? Atuar como empreiteira obras de engenharia, como mencionou Lula? Manter operante a “família militar”, a maior e mais tresloucada organização política reacionária do país?

Não basta a eleição de Lula

Charge: Jota Camelo
Por Fernando Morais

O estimulante anúncio de Lula de que, eleito presidente, anulará a reforma trabalhista, a exemplo do que ocorreu na Espanha, soou para a maioria dos trabalhadores brasileiros como uma luz no fim do túnel cavado pelos golpistas que derrubaram Dilma e elegeram Bolsonaro presidente.

A perspectiva de recuperar direitos trabalhistas tungados pela reforma e remontar a máquina social e econômica desmantelada pela dupla Temer-Bolsonaro desperta nos brasileiros a consistente esperança de que é possível, sim, reconstruir o país.

Mas sabe Lula e sabemos todos nós que isso não se dará num passe de mágica, um dia após a mudança de governo. Lembro-me de um episódio de iniciativa do então senador paranaense Roberto Requião (MDB-PR).

O perigo de ser injusto com Moro

Charge: Pxeira
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Há todo um reboliço porque o ex-juiz parcial e manipulador Sérgio Moro admitiu que ganhou de uma empresa estrangeira 656 mil dólares.

Considerando que isso seja verdade, ou seja, que tenha sido essa a quantia real, devo admitir que já ganhei bem mais. Muito mais. Com pequenas diferenças, é claro.

O que eu ganhei de empresas nacionais e estrangeiras foi ao longo de mais de meio século de trabalho, e ele teria ganho isso, se é que foi só isso, em menos de um ano sem que ninguém saiba ao certo o que fez.

Tudo bem: tenho amigos especialmente bem sucedidos capazes, como eu, de superar a quantia declarada pelo ex-juiz manipulador e desonesto.

Mas até mesmo o mais bem sucedidos deles dificilmente alcançaria esse patamar em menos de um ano de trabalho, considerando que, no caso de Moro, tenha existido algum trabalho.

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