Por Bepe Damasco, em seu blog:
Ainda estava com a entrevista do professor e especialista em comunicação Wilson Ferreira bem viva na cabeça quando estourou a crise das fake news sobre o Pix. Ouvido por Luis Nassif, na TV GGN, Ferreira propôs a criação, no âmbito do governo, de um grupo interdisciplinar de inteligência, voltado para a guerra semiótica.
O professor acerta o alvo ao explicar que há uma enorme confusão no governo Lula e nos setores progressistas da sociedade em geral entre publicidade e informação. Uma coisa é comunicar fatos e realizações do governo, o que é, por óbvio, muito importante. Outra, bem diferente, escreve Nassif no Jornal GGN, é entender as nuances da guerra de informações praticada especialmente pela direita, valendo-se do que Ferreira chama de "bombas de semiótica", que são maneiras de abordar fatos para que eles se tornem o centro da narrativa.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
O novo ano e o horizonte desafiador
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Charge: Genildo |
Os sonhos e as esperanças se desmancham no ar quando estamos apenas vencendo os primeiros 30 dias de 2025, promessa de projeção do ano que passou. Se parco é o inventário do que temos por comemorar, extensa é a pauta do que devemos temer, habitantes de nação dependente, de uma dependência geopolítica e ideológica inserida na periferia do capitalismo. Somos uma província no Sul Global para onde foram designados os subdesenvolvidos de ontem, após a repaginação do mundo determinada pelo fim da Guerra Fria, proclamando a vitória da globalização e dos EUA.
Posse de Maduro e o extremismo venezuelano
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Foto: Ariana Cubillos/AP |
Em 10 de janeiro de 2025, Nicolás Maduro Moros tomou posse como o presidente constitucional da Venezuela, renovando seu governo até 2031. Sem unidade, a oposição possui setores que aceitaram os resultados do pleito eleitoral, enquanto outros alegam fraude, qualificando o governo como ditadura. Internacionalmente, este quadro se repete. Há governos que reconhecem Maduro como presidente e outros que não. Por ser a maior reserva de petróleo do mundo e levar a cabo um processo político revolucionário há 26 anos, a Venezuela divide opiniões e é peça importantíssima no xadrez da geopolítica global.
O estrago causado com a fake news do Pix
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Charge: Aroeira/247 |
O assunto da semana é o estrago que vem sendo feito pelas redes bolsonaristas, sobretudo de Nikolas Ferreira, com a informação falsa sobre a taxação do Pix – o que já foi comprovado que não vai acontecer.
A narrativa falsa se escora numa instrução normativa que obriga instituições financeiras a reportar movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
O poder do alcance da fake news e do impacto na realidade preocupou o povo, e alterou até mesmo o número de movimentações em janeiro de 2025. Levantamento do jornal O Globo, com base nos dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do BC, entre os dias 4 e 10 de janeiro de 2025, mostra que foram feitas 1,250 bilhão de transações, representando uma retração de 10,9% em comparação ao mesmo período de dezembro.
O que fazer para estabilizar a economia?
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Desde o final de novembro de 2024, a economia brasileira passou por intensa instabilidade financeira e cambial. Foi o pior momento da economia no governo Lula. Os mercados ficaram mais calmos neste início de ano, mas o câmbio permanece acima de 6 reis por dólar, com impacto adverso sobre a taxa de inflação e os juros.
O que fazer? Vou passar em revista algumas alternativas, sem a pretensão de esgotar o assunto ou sequer de fazer justiça às possibilidades que serão aventadas.
Há dois tipos de medidas: as mais convencionais e as menos rotineiras. O mais natural seria começar pelas convencionais. O governo já está tomando ou programando algumas medidas desse tipo.
Desde o final de novembro de 2024, a economia brasileira passou por intensa instabilidade financeira e cambial. Foi o pior momento da economia no governo Lula. Os mercados ficaram mais calmos neste início de ano, mas o câmbio permanece acima de 6 reis por dólar, com impacto adverso sobre a taxa de inflação e os juros.
O que fazer? Vou passar em revista algumas alternativas, sem a pretensão de esgotar o assunto ou sequer de fazer justiça às possibilidades que serão aventadas.
Há dois tipos de medidas: as mais convencionais e as menos rotineiras. O mais natural seria começar pelas convencionais. O governo já está tomando ou programando algumas medidas desse tipo.
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