quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

100 anos da morte de Rosa Luxemburgo

Por Augusto C. Buonicore, no site Vermelho:

No dia 15 de janeiro se completam 100 anos do brutal assassinato da comunista polonesa Rosa Luxemburgo. Ela foi uma combatente de primeira hora contra o revisionismo teórico de Bernstein no interior da social-democracia. Condenou duramente o oportunismo de direita presente na direção do sindicalismo alemão, e defendeu a experiência da Revolução Russa de 1905, especialmente o uso da greve geral como instrumento importante na luta revolucionária. Quando se iniciou a Primeira Grande Guerra Mundial, ocorrendo a traição da maioria dos dirigentes da II Internacional, Rosa se colocou ao lado de Lênin em oposição à guerra imperialista e na defesa da revolução socialista europeia. Foi fundadora do grupo spartakista de onde surgiria o Partido Comunista da Alemanha. Após sua trágica morte, em 1919, no discurso de abertura do congresso de fundação da III Internacional, Lênin fez uma pungente homenagem à águia polonesa, heroína do proletariado mundial.

As armas e a utopia macabra de Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje de manhã, quando comecei a ler uma manchete sobre o decreto de liberação de armas de fogo, uma funcionária de escritório que andava a meu lado, num ônibus no centro de São Paulo, não aguentou e disse: "Isso não vai resolver nada. O que resolve é saúde. É disso que o povo precisa".

Dentro de um táxi, um motorista puxou o assunto por conta própria e me disse: "não gosto de revolver, não sei usar arma, não gosto de quem usa. Sei que é muito perigoso. Sou velho, tenho mais de 70 anos, minha vontade é mudar de país".

A direita pode tudo no Brasil?

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

A dança de Queiróz foi emblemática. Verdadeiro deboche em cima da Justiça e daqueles que, embalados pelo “combate à corrupção”, elegeram Jair Bolsonaro. Estamos falando em movimentação atípica na conta de membro do “staff” da família do presidente, assessor de um senador da República, envolvendo a primeira-dama do Brasil.

Segundo o presidente é mais um “rolo” do Queiróz que, apesar de intimado a prestar esclarecimentos, não apareceu. Será que, agora, amigo de presidente se apresenta à Justiça quando quiser? E conta com entrevista chapa-branca? Não faz muito tempo, aliás, que um presidente da República sofreu condução coercitiva, apesar de se dispor a prestar todos os esclarecimentos possíveis.

Atuação de Fux causa revolta e ironias

Da Rede Brasil Atual:

Indignação, revolta e ironia são as expressões que hoje (17) tomaram as redes sociais, com a notícia de que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) as investigações que apuram as movimentações financeiras de ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ). Fux atendeu a um pedido do próprio parlamentar.

EUA sacramentaram opção por Bolsonaro

Por Eleonora de Lucena, no site Tutaméia:

Para o cientista político José Luís Fiori, a eleição de Jair Bolsonaro é resultado de uma “operação complexa, envolvendo vários atores externos, com o objetivo fundamental de interromper a série de governos petistas do país”, uma ofensiva iniciada em 2012/2013 e que sofreu mudanças com a derrota de Hillary Clinton em 2016.

No estilo Trump/Bolton/Mattis, Temer foi engavetado, e o ex-presidente Lula passou a ter confinamento militar. “Tudo indica que foi só depois da fragmentação definitiva das forças conservadoras tradicionais que se impôs um acordo do comando das Forças Armadas brasileiras com o sr. Bolsonaro, provavelmente no dia 7 de junho de 2018, um mês antes de ser sacramentada – com toda certeza – durante a visita do secretário de Defesa norte-americano, James Mattis, entre os dias 10 e 14 de agosto”.

Gleisi defendeu a paz na Venezuela

Por Marcelo Zero

É tocante ver a preocupação da mídia oligopolizada e da direita brasileira com a democracia... na Venezuela.

Segundo tais forças, Maduro seria um "terrível ditador", mesmo tendo sido eleito em pleito limpo, porque o judiciário daquele país seria parcial e teria prendido o principal opositor político ao governo.

Isso me soa vagamente familiar. Não sei bem o porquê.

Mas voltemos à Venezuela.

Antes da chegada dos "terríveis bolivarianos" ao poder, não havia democracia alguma na Venezuela.

Como o nazismo perseguiu a arte e artistas

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O governador do Rio de Janeiro, o bolsonarista Wilson Witzel, acaba de concretizar o primeiro ato de censura da sua gestão. Alegando “nudismo” (sic) em uma performance que fazia referência à tortura durante a ditadura militar, Witzel mandou encerrar antes do tempo a exposição Literatura Exposta, em cartaz na Casa França-Brasil.

Dias antes, o diretor da instituição, Jesus Chediak, já havia vetado uma instalação onde milhares de baratas de plástico saíam de um bueiro ao som de falas de Jair Bolsonaro. Witzel defendeu inclusive a censura prévia, ao dizer que o governo do Rio precisa ser avisado com antecedência sobre o conteúdo de exposições em espaços públicos.

Queiroz e o tiro no pé de Flávio Bolsonaro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em dezembro, Flávio Bolsonaro disse o seguinte sobre o caso Queiroz: “Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça para ontem”.

Mais: “Eu espero que esse processo, uma vez instaurado, ele se explique. Nada além disso”.

Em janeiro, o mesmo Flávio pediu a suspensão da investigação ao STF, no que foi atendido pelo ministro Luiz Fux, plantonista na presidência.

Macron sem resposta aos "coletes amarelos"

Por Joe Penney, no site The Intercept-Brasil:

Em novembro passado, os franceses deram início a uma nova tradição de sábado: manifestantes “gilet jaune” vestindo coletes de segurança amarelos começaram a sair às ruas às dezenas de milhares pela manhã, gritando slogans contra o alto custo de vida, contra o presidente francês, Emmanuel Macron, e contra seus impostos e reformas de serviço social.

Viagem didática ao mundo da vigilância

Por Víctor Sampedro, no site Outras Palavras:

Antes que Orwell escrevesse seu clássico 1984, Aldous Huxley publicou Admirável Mundo Novo, imaginando profeticamente o mundo do capitalismo digital. O livro retrata nossa visão da tecnologia, porque estamos entupidos de soma, a droga legal que Huxley imaginou, e que convertia em paraíso o inferno. No nosso mundo, estamos viciados em tecnologia e em consumo. Ou em consumo de tecnologia, que incita a consumir mais. As corporações digitais apresentam-se como solução a qualquer tipo de necessidade. Incluídas as existenciais, como o amor e a amizade.A indústria tecnológica sustenta que nos monitora para nos dar um “melhor serviço”. Isso só é possível se acreditarmos que as corporações e a sociedade possuem interesses idênticos. E que a publicidade é igualmente confiável e crível como a informação. Duas afirmações que, quando relidas (ou já à primeira leitura), resultam mentiras evidentes.

Kim Kataguiri e a liberdade de expressão

Por Altamiro Borges

Retornando das férias e voltando às telinhas do blog Nocaute, soube pela revista CartaCapital que a juíza Marcela Dias de Abreu Pinto Coelho, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo, negou um pedido de censura contra artigos que escrevi e que foram publicados no site Brasil-247 e nas páginas da CUT.

A ação judicial para retirar do ar os meus textos – acompanhada do pedido de indenização de R$ 30 mil – foi feita pelo fascista mirim Kim Kataguiri, líder do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL) e recém-eleito deputado federal pelo ético e probo DEM. Magoado, o fascistinha argumentou que foi rotulado nos meus textos de fascista mirim e pirralho fascista.